Leitura Infantil: O Rei Bigodeira e sua Banheira.


Chega sexta-feira e logo vem a minha curiosidade para saber qual livro o Vitor trouxe emprestado da Biblioteca da escola. E dessa vez a leitura foi do livro: O Rei Bigodeira e sua Banheira, do autor Audrey Wood.

Sempre pergunto e questiono qual o motivo da escolha do livro... Porque podem ser vários os motivos, ou apenas o fato de não ter motivo, mas gosto de saber o que leva o Vitor, a escolher um livro... 
(Esse interesse pelos filhos... Por saber como ele escolhem os amigos, os livros, as roupas, fazem parte do amor, do cuidado e do conhecer os filhos, perceber como eles são e como eles pensam para poder ajudar, orientar... #ficaadica)

E dessa vez nem precisei perguntar, o Vitor já veio me dizer que essa capa lembrava um livro que ele já tinha escolhido para ler (A Bruxa Salomé), e por isso ele imaginou que poderia ser uma coleção... 
Sim, é um livro de coleção, e já lemos um livro que foi "A Bruxa Salomé". Segue o link da leitura que fizemos:

Gente, como ensinar a perceber detalhes desde pequeno, faz toda a diferença na criação dos filhos.
Confesso que sou muito detalhista e estou sempre explicando sobre como perceber e associar os detalhes... Mas ver resultados assim, tão cedo, deixa a gente bem pensativa, sobre como os exemplos são copiados MESMO!!!!!

E ele tinha razão, é uma coleção criada para identificar os autores da época.

O livro é muito legal. Vamos conhecer um pouco da história?

A história é sobre um Rei, que não queria sair do banho para nada, nem para comer ou realizar qualquer tipo de compromisso que tinha de costume ou por obrigação.

Seus criados estavam sempre trazendo idéias para convencê-lo a sair do banho, mas nada adiantava, porque o Rei Bigodeira fazia todos entrarem com suas idéias dentro da banheira, ao invés de ele sair para realizá-las fora do banho.




Passava dias e horas, e nada do Rei Bigodeira sair, e ninguém aguentava mais.

Tinha um garotinho, um pajem, que sofria mais do que todos no castelo, porque ele era o responsável por atender aos pedidos do rei, e levar tudo que foi dito como idéia para sair da banheira, para dentro da banheira, ou seja, se chamavam o rei para comer, ele dava a ordem para levar todo o banquete para dentro da banheira...
Se chamassem o rei para pescar, o pajem tinha que preparar e levar tudo para dentro da banheira, para o rei pescar, ou seja, um trabalho danado...

Até que um dia, o pajem teve uma ideia.

Como nada convencia o “Rei Bigodeira” a sair a sair do banho, através de conselhos, idéias boas e positivas, para o seu próprio bem... O garotinho cortou o mal pela raiz, foi logo puxando a tampa do ralo, assim a água escorria pelo cano, e acabava o banho.


Fala a verdade, se livro infantil é o não é uma boa leitura para adultos também?
Quantas vezes a gente já insistiu, pediu, deu boas idéias, e nada?
Nada da pessoa, amigo, chefe, pai, mãe, filho, vizinho, não escutar, não é verdade?

A gente fica cansada, assim como o pajem... E acaba puxando a tampa, que pode ser: desistir de um emprego e pedir as contas, por não concordar com certas atitudes e comportamento da empresa; não deixar um filho ou filha brincar ou sair com aquela amiguinha (o), por perceber que não está sendo uma boa companhia; terminar uma amizade por perceber que a pessoa escolheu caminhos diferentes do seu;

Enfim, são vários motivos que nos levam a puxar a tampa do ralo, após dar vários avisos, conselhos e boas idéias para a pessoa...

Nem preciso dizer que amamos a leitura...
Fica a dica de leitura, e reflexão para a vida...
Beijos e até a próxima.

Jú.

4 comentários:

  1. Ju,

    Os filhos nos "denunciam" sim!! Imitam tudo! Por isso temos que aproveitar mesmo cada fase com bons exemplos.

    Sim, literatura infantil ensina adultos, e muito.

    Beijos carinhosos para vocês!!!

    Re e Laura

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  2. Eu tive esse livro e a casa sonolenta quando criança. Lembro até hoje. Além da historia poder servir de parábola para diversas situackea cotidianas como jah notado no post (procrastinação, teimosia, vonselhos teoricos vs. práticos, etc) eles foram formativos no meu gosto por ilustração. Passei horas de minha infancia observando cada detalhe das ilustracoes deles. O ilustrador além do talento subjetivo, tem tbm imenso domínio técnico. Se folear as páginas, percebe que cada ilustração mostra o mesmo cenário, do mesmo ponto de vista, mas a cada página "camera" esta um pouco mais alta e o angulo um pouco mais inclinado. Um exemplo prático de perspectica. Da mesma forma, a luz vai mudando gradualmente a cada página demonstra do as diferentes paletas de cor de cada hora do dia/noite, assim como a movimentacao da sombra projetada de cada objeto. Como filho de arquitetos, e que eventualmente vim a me tornar ilustrador/designer gráfico, estes livros foram algumas de minhas primeiras referencias e inspirações.

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    1. Bom dia.
      Parabéns pelo seu trabalho. Boa escolha, tendo como referência a família e sua dedicação obviamente ampliada com seus detalhes em observar, aprender e executar. Os detalhes observados e colocados em prática, fazem a diferença na vida, no trabalho e em tudo...
      Muito edificante seu comentário.
      Deus abençoe.
      Abraços.

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