Como perguntar ao filho: Como foi o seu dia na escola, hoje?

Esse assunto é sempre muito comentado, principalmente no início de todo ano letivo.

- Filho (a), como foi seu dia na escola, hoje?

E nem sempre esse assunto é muito positivo para alguns pais (pai e mãe), por vários motivos.

Na primeira infância, que vai até os 6 anos de idade, a criança nem sempre sabe, como indagar ou como detalhar seu dia, dando ou não importância para aquilo que foi bom ou chato. Sem contar que na maioria das vezes, a criança vai observando e direcionando o que é chato para ela, podendo ser diferente daquilo que os pais chamam de chato, verdadeiramente...

Muitas crianças são tímidas, quietas ou simplesmente não são muito de falar, ou não são tão detalhistas como os pais esperam que sejam. Até pela idade, nem sempre isso é possível, esse detalhamento, em ordem dos acontecimentos.

Tem um detalhe muito importante: A criança que fica o dia todo fora, tem um cansaço físico e mental muito mais elevado que o adulto, então pode ocorrer de ficar com preguiça de falar, explicar ou simplesmente ter que ficar lembrando ou recordando o que ocorreu na escola aquele dia. Porém, nem tudo está perdido assim, a criança pode começar a lembrar durante um processo corriqueiro noturno, como na hora do banho, do jantar ou na hora de dormir, se recordar e comentar algum fato que ocorreu na escola aquele dia. E se isso ocorrer, não despreze e ouça atentamente, dando lhe atenção e aproveitando o momento para conversar e ouvir suas histórias e ocorridos na escola.

E para facilitar esse diálogo entre pais e filhos, vou dar algumas sugestões de perguntas diretas, para fazer com as crianças, como:

- Você comeu tudo o lanchinho hoje?

- O que teve de lanche na escola hoje (caso o lanche seja servido na escola)?

- Você emprestou seu brinquedo para algum amiguinho (a) hoje? (Sabe aqueles dias de levar brinquedos na escola, então, explore as perguntas sobre as trocas, sobre quais brinquedos interessantes os amiguinhos levaram hoje...).

- Apendeu algo novo ou diferente na aula de balé ou de judô hoje?

- Como foi aquela atividade especifica que você fez hoje (tipo aula de trânsito, gincana, aula de inglês)?

- Você lembra alguma palavra nova, que você aprendeu hoje, na aula de inglês?

- Está sendo fácil ou difícil, o ensaio para a dança da festa junina?

- Seu amiguinho fulano de tal (e fale o nome do amiguinho ou amiguinha), foi hoje na escola?

- Como foi a aula de futebol, hoje?

- Você brincou no parquinho, hoje?

- Hoje a professora leu algum livro ou contou alguma história? (Aqui, a criança pode recordar de outro dia, mas o interessante é a conversa, sem se preocupar com o dia exato).

- Quando tiver alguma comemoração na escola, como o dia do índio, páscoa, o dia do circo, o dia das mães, pergunte o que a criança fez na escola nesse dia? O que teve de legal que você gostou?

Eu citei alguns exemplos de perguntas específicas e objetivas, que ajuda essa interação entre as crianças e os pais, porém VOCÊ precisa adaptar as perguntas, conforme as atividades e rotinas dos seus filhos.

E conforme a criança começa a conversar e explicar, outros acontecimentos do dia podem surgir na lembrança e o bate-papo começar a desenrolar... Ai é só dar continuidade e deixar bate-papo rolar...

Mas para que essa interação gostosa e produtiva aconteça, os pais precisam fazer a parte deles, ou seja, saber que o se passa na vida das crianças, acompanhar a agenda diária da criança e as atividades corriqueiras da semana, como o dia do balé ou do judô, o dia de levar brinquedo, o dia de aula de inglês ou trânsito, o dia da aula de futebol, etc.

Faça perguntas diretas e específicas, que o resultado será positivo e muito prazeroso, tanto para a criança que vai perceber que os pais sabem o que está se passando na vida delas, como será prazeroso para os pais, porque poderão escutar atentamente como seus filhos estão indo na escola, como estão sendo seus dias, suas dúvidas, medos e aproveitamento...

E outro detalhe muito importante é após fazer a pergunta e escutar a resposta, corresponder e interagir com a criança, evitando respostas curtas e pouco entusiasmada como: que legal, a tá, ok, tudo bem.

Se for possível (e sei que é), responda com entusiasmo, complemente a conversa com alguma associação bacana, tipo algo da sua infância, algo que aconteceu de interessante no seu dia ou no seu trabalho, etc.

Faça isso, e confira os bons resultados. Tenho feito isso na prática, com meu filho de 4 anos, e os resultados são fantásticos. Invista em um bom relacionamento com os filhos, não façam perguntas vagas ou vazias e despejam uma falta de atenção, porque isso dói no coração e na alma.

Beijos e fiquem com Deus, até a próxima.