Livro Psicologia da Gravidez.
Fui completada com o livro Psicologia da Gravidez, da autora Maria
Tereza Maldonado, que veio para enriquecer minhas leituras, pesquisas e
conhecimento do mundo materno.
Na capa tem a frase “Gestando pessoas para uma sociedade melhor”,
e essa realmente é a proposta que o livro vem trazer...
Uma abordagem ampla, que trás a gravidez como um todo, tanto a parte
interna como externa da mulher, e todos que estão a sua volta, como família e
familiares, ambiente, assistência, ou seja, é uma mudança enorme que envolve a
todos ao redor e não somente a gestante.
Interessante que o livro já passou por várias revisões para acompanhar e
atualizar as mudanças significativas ao longo das décadas e principalmente
milênio. As descobertas, pesquisas e mudanças de gerações trazem também novos
conceitos.
O livro começou a ser escrito em 1973 e a primeira edição foi publicada em
1976. O bacana das revisões é que aprendemos e temos a oportunidade de comparar
como era antes e como é atualmente.
São muito forte e diferente alguns conceitos sobre família, amamentação,
gestação, parto, infertilidade, nas décadas passadas para os dias atuais, e
conhecer um pouco da cultura antiga e os dias de hoje é muito interessante.
Algumas
curiosidades e mudanças:
Em torno de 1500,
há registro de um parto cesáreo em que tanto a mulher quando a criança
sobreviveu: um castrador de porcos, aflito ao ver a esposa sofrendo há vários
dias em trabalho de parto, abriu-lhe o ventre com os instrumentos que utilizava
nos animais, retirou a criança e, em seguida, costurou a incisão. (pag.21)
Aos poucos, entre
os séculos XVI e XVII, começou a surgir, na assistência ao parto, a figura do
cirurgião e, com isso, a parteira foi perdendo a primazia. (pag. 22)
Nos dias atuais por exemplos, muitas mulheres têm optado pelo parto
natural em casa ou até em hospitais, com a presença principal da parteira e não
mais do médico. É feito todo o pré natal normalmente, mas o parto tem como
objetivoser acompanho pela parteira e/ou doula.
Vários fatos até o século XVIII indicavam uma conduta da indiferença
materna, devido ao alto índice de moralidade infantil. Existiam as amas de
leite, e nem sempre os cuidados e condutas de higiene eram bem conduzidos, onde
as crianças acabavam falecendo. (pag. 23)
Só no século XVIII,
quando se começou a enfatiza a importância da presença da mãe na transmissão
dos fundamentos da educação e da religião, estabeleceu-se o costume de colocar
a criança de até sete anos de idade sob a responsabilidade primária da mãe.
(pag.23)
Atualmente a ida para a escola a partir dos 2 ou 3 meses de idade é
muito comum, devido alguns fatores como cultural, financeiro, escolha pessoal
do casal ou da mãe, etc.
A impressão que tenho é que são várias mudanças, porém umas são extintas
definitivamente, outras transitam pelas gerações, ou seja, mudam e depois
voltam...
Antes de finalizar o texto quero compartilhar um fator importantíssimo ressaltado
no livro: as experiências dos primeiros
anos de vida, sejam boas ou ruins, literalmente modelam a arquitetura do
cérebro em desenvolvimento, que possui bilhões de neurônios e trilhões de
sinapses.
Resumindo, a importância e cuidado oferecido na infância refletem na
vida toda. Por isso os cuidados, a presença da família, a parte emocional
desenvolvida nos primeiros anos de vida são importantíssimos para a formação de
adultos melhores! Muitos pensavam que os cuidados maiores eram na adolescência,
mas está provado o contrário, ou seja, quando cuida-se da infância, o futuro
estará melhor direcionado.
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Já conhecia a autora, através da obra “Os Sambas dos Corações Partidos”,
que também amei muito a leitura do livro. Maria Tereza também tem livros de
assuntos diversos, publicados pela Coleção Jabuti, apesar de o seu trabalho ser
direcionada a educação, comportamento, relacionamento de pessoas...
Maria Tereza Maldonado é Mestre em Psicologia Clinica, atua como
consultora nas áreas da “saúde e educação”, é uma das autoras nacionais mais
requisitadas para palestras no Brasil, devido aos diversos livros publicados
sobre comportamento, relacionamento familiar, gerenciamento e solução de
conflitos familiares e no ambiente de trabalho, entre tantos outros assuntos...
Pessoal, amei o livro e super indico e recomendo a leitura!
Grande beijo, e até a próxima.
Ju.
Oi Ju!
ResponderExcluirQue beleza de leitura!
A maternidade e a infância são assim, cheias de avanço. E, infelizmente, em alguns aspectos, tem retrocesso.
Por isso se fala tanto em inteligência emocional. Sem ela, não há avanço.
Beijos carinhosos para você e Vitinho!!!
Re e Laura
Muito boa sua sugestão de leitura! É uma fase tão cheia de dúvidas e algumas preocupações. Nada como ler um bom livro recheado de informação!
ResponderExcluirNossa, que interessante. Fiquei super curiosa. E tenho certeza que os primeiros anos de vida marcam a nossa vida (e o nosso cérebro) para sempre.
ResponderExcluirNão conhecia o livro, e adorei saber das revisões afinal maternidade está sempre renovando, ótima dica de leitura.
ResponderExcluirBjs Mi Gobbato