Porque o comportamento dos filhos pequenos muda, quando os pais chegam?


Porque o comportamento dos filhos pequenos muda, quando os pais chegam?

Quando os pais chegam os filhos mudam!
Quem nunca ouviu essa frase, de que quando a gente (pai, mãe ou ambos) chega ao ambiente o (a) filho (a) muda completamente o comportamento?

Ou a frase do tipo:
- Seu filho é de um jeito quando você não está, mas quando você chega muda totalmente.

Se você já ouviu essas frases tenho boas notícias, fique calma (o), não é um comportamento tão ruim assim quanto à gente pensa.

Especialistas afirmam que na verdade os filhos têm essa reação ao verem os pais (ou quando os pais chegam ao ambiente que a criança está), porque sabem que estão seguros com a nossa presença. Somos o “porto seguro” dos filhos e eles podem relaxar e demonstrar o que estão realmente sentindo naquele momento.

E a gente como pais precisamos compreender que não se trata de manha ou de frescura, e sim de uma confiança na qual os filhos têm e perceberam que podem ter com a gente... Por isso “em alguns momentos os filhos mudam totalmente o comportamento”, após a nossa entrada no ambiente em que eles (ou elas) estavam.

E os filhos terem essa confiança nos pais, e perceberem que somos o porto seguro deles, é incrível, não é mesmo?

Perceber que podem confiar seus sentimentos a nós (pais), é algo fantástico, e por isso não podemos podar totalmente isso.

Não podemos e não precisamos podar os filhos, o bacana mesmo é ter a velha e boa conversa “em casa”, quando todos estiverem no ambiente tranqüilo, sem exposição dos pais e da criança, com os ânimos alinhados e em paz.

Eu entendo que às vezes as crianças demonstram esses sentimentos de uma maneira mais intensa, porém não se culpe, não brigue ou se irrite, apenas olhe com um olhar de compreensão, amor e empatia e acolha os filhos conforme as necessidades do momento.

Atenção, também não se trata de os pais realizarem tudo que a criança deseja por isso tem comportamentos diferentes em ambientes diferentes... É uma questão de cumplicidade, que faz com que a criança extravase quando encontra os pais...


Na verdade é uma relação de confiança, de amizade, de inteireza que tem por vocês (nós pais), que a criança se sente a vontade de ser pura, intensa, inteira, verdadeira com seus sentimentos e com quem confia!

A gente esquece que os filhos têm sentimentos e por vezes são ou podem ser pessoas, totalmente diferentes de nós.
Às vezes aquilo que oferecemos para os filhos é diferente do que esperam ou desejam, e por isso manifestam suas insatisfações, frustrações, chateações, etc.

Por isso a importância de não tratar com indiferença os sentimentos dos filhos, ouvirem o que pensam e sentem é importante nessa construção de empatia, confiança, amor, respeito.

Ouça os filhos, dê espaço para o diálogo e depois compartilhe como funciona a rotina da casa, porque isso ou aquilo acontece, ou seja, faça a criança participar e compreender basicamente como tudo acontece.

A criança não tem obrigação de entender tudo, mesmo o óbvio, por isso a conversa é sempre o melhor caminho, porque quando a gente simplesmente leva a criança para lá e para cá, ela também se sente angustiada desejando entender e manifestar seus sentimentos...

São crianças, mas tem sentimentos e desejam ser ouvidas também.

Em breve vou trazer um vídeo falando mais sobre esse assunto que é muito interessante e pode ajudar muitas famílias.
Um beijo grande,
Jú.

4 comentários:

  1. Oi Ju e Vitinho!

    Gostei muito de ler sua postagem. Realmente observar o lado positivo que você ressalta sobre a presença dos pais e a segurança dos filhos, é um aspecto pouco falado. O contrário sempre é mais falado de modo pejorativo, como se a criança fosse manipuladora e os pais fossem vítimas. E, na verdade não é nada disso. Pelo contrário, é algo que resulta de uma relação de amor e confiança.

    E este relacionamento só pode ser construído a partir do investir tempo uns com os outros. Como é bom ter tempo para ouvir nossos filhos, conhecê-los, amá-los e, por isso mesmo, protegê-los. Não há outra maneira de ajudar os filhos a ter autoestima, senão passando tempo com eles.

    Beijos carinhosos!!!

    Re e Laura

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    1. Oi Re, tudo bem.

      Obrigada por suas palavras e comentário, porque é exatamente isso que você complementou.
      Na verdade a criança pouco sabe e conhece sobre as malícias do ser humano, como manipular, chantagear os pais...
      É necessário exatamente isso que você falou, tempo juntos, convivência, uma construção de relacionamento diário para compreender os sentimentos dos filhos apresentados em cada ação e reação deles...

      E é como você falou, na maioria das vezes os adultos trata essa situação de maneira pejorativa, e precisamos refletir sobre o assunto, conhecer e observar o comportamento dos filhos, para entender aquela mensagem passada em cada momento e situação da vida...

      Muito grata por suas palavras.
      Beijos grande para vc e a Laura.
      Ju

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  2. Bom dia Ju e Vitinho,

    é realmente interessante como muitas vezes há uma mudança. Ficam distraídos à nossa presença ou as vezes se mostram mais porque estamos ali.
    Algo que sempre me incomodou qdo busco Maria em alguma festinha, é o fato dela nem prestar atenção à minha presença, mesmo ela me vendo. Esses dias conversei isso com ela. O fato, é que ela está se divertindo em outro ambiente, como ela mesma disse, com outras crianças, num mundo que é só deles. É preciso ter tranquilidade pra perceber tudo isso, mas a essência, essa nunca muda..
    Boa reflexão amiga..

    Beijos doces,
    Tê e Maria ♡

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  3. Bom dia amiga querida.

    Fico muito feliz por vc adaptar á uma realidade vivida com Maria, em uma fase da vida, porém estar aberta a refletir.

    Uma vez uma mãe vez o mesmo comentário que o seu, e ela me disse que se sentia muito triste por essa reação da filha...
    Mas se a gente analisar o contra ponto e refletir, podemos perceber que talvez não seja nenhum mal comportamento, desfeita ou coisa do tipo com a mãe, ou seja, apenas um momento de liberdade da criança, um momento exclusivo mesmo...

    E quando a gente faz uma reflexão com tranquilidade, tudo fica mais leve e ambas as partes não sofrem por mal entendimentos da situação, não é verdade.
    E é exatamente como vc disse, a essência, o amor e carinho da criança não muda, apenas são situações e ambientes diferentes...

    Vida real é assim né amiga, vivendo e aprendendo...

    Obrigada pelo carinho e visita.
    Beijos grande,
    Ju

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