Bullying, uma arma letal.


Quem nunca foi criança?
Quem nunca em meio às brincadeiras de criança, já tirou sarro de um amiguinho ou foi motivo de sarro dos amigos?
Quem nunca foi incompassivo e riu, quando o colega fez alguma brincadeira com outra pessoa?

As brincadeiras e azarações sempre existiram, e talvez sempre existam...  Então, o que fazer para controlar essa situação, que já mataram muitos jovens e adultos?

Como agir? O que fazer? Como detectar um problema de bullying antes de uma tragédia acontecer?

Recentemente mais um caso de morte aconteceu, e foi nos Estados Unidos.
Uma jovem de 11 anos cometeu o suicídio, por não agüentar a pressão das brincadeiras excessivas (bullying), devido uma pequena deformação na boca e o cabelo crespo que a garotinha tinha. Matéria completa aqui: http://veja.abril.com.br/mundo/menina-que-sobreviveu-a-cancer-se-suicida-apos-sofrer-bullying/

Eu como mãe, me sinto responsável, tocada e chocada por uma ação dessas, mesmo que tenha sido com a filha de outra pessoa.

Somo responsáveis por nossas atitudes, e também somos responsáveis pelas atitudes dos nossos filhos.

Por isso, devemos investir tempo e dedicação, para não só ajudar os nossos filhos a superar e não ligar para o bullying sofrido, já que não temos o controle sobre as atitudes alheias... Mas também ensinar aos filhos a não praticar esse ato que machuca mais por dentro, do que por fora.

Do mesmo modo que desejamos ser tratados, assim devemos tratar o próximo.

O bullying pode começar dentro de casa, sem a gente perceber, a partir das atitudes preconceituosas nossas, dos pais (pai e mãe), familiares e principalmente através das programações de TV, vistas pelas crianças.

A criança até os quatro anos de idade tem pouca percepção real, sobre o bonito ou feio, magro ou gordo, burro ou inteligente.

Esses estereótipos negativos, de chamar as pessoas por algum apelido preconceituoso, vêm de alguma conduta vista ou aprendida com adultos, ou aprendida por outras crianças, no ambiente de convívio diário...

Criança não tem maldade ou malícias em brincadeiras, nas palavras ditas para outras pessoas ou coleguinhas... A não ser, que tenha aprendido ou visto em algum lugar...
Criança repete tudo que ouve, muitas vezes sem saber o sentido da palavra ou da expressão dita...
Em casa ou na escola, na convivência com amiguinhos, familiares, tudo é aprendido e copiado pela criança.

O que precisamos ensinar e passar para nossos filhos, é que nem toda brincadeira é engraçada. Nem toda brincadeira é encarada como engraçada e divertida.

Os adultos precisam ouvir mais o que as crianças e jovens falam, como se expressam nos diálogos do dia a dia, diante de uma situação corriqueira que comentam... E quando apresentarem palavras agressivas, preconceituosas, imediatamente deve-se chamar atenção, corrigir... E sempre evitar achar engraçado ou compartilhar das brincadeiras ofensivas, das palavras pejorativas sobre as pessoas, os colegas...

Nós adultos precisamos nos policiar mais sobre nossas condutas, nossas palavras ditas sobre o próximo. Porque a criança não tem discernimento para entender um contexto, e sempre acaba absorvendo as partes e palavras piores da história...

Nós (pai, mãe, educadores) somos os principais exemplos de conduta de amor, compaixão, educação, empatia e respeito pelo próximo, aprendido diariamente pelas crianças ao nosso redor.

Educar é realmente uma arte vivida e praticada diariamente, é como uma construção, que tem início debaixo para cima, primeiro o alicerce, depois tijolo por tijolo...

De vez em quando, meu filho traz algumas questões vividas na escola, e eu prontamente escuto, falo que as pessoas são diferentes na aparência, no comportamento, mas que cada um tem a sua beleza, seu jeito de ser, de se expressar...

E que a beleza mais importante é essa dentro de nós, que é expressa através da educação, da honestidade (não mentir, inventar mentiras ou falsidade), respeitar o próximo...
E no quesito respeito, está incluso não ofender ou falar palavras que venham chatear ou magoar os (as) amiguinhos (as).
Isso é respeito, isso sim, é digno de beleza, admiração ou aplausos. J

Vamos ensinar e valorizar o que realmente importa ou tem valor, ou seja, o ser humano como ele (ou ela) é, sem estereótipos negativos, e sim apenas respeitando as diferenças.

Não tenho (não temos) poder sobre o outro, então nunca teremos como acabar com o bullying, mas podemos fazer a nossa parte, ensinando nossos filhos:

- Ensine a se amar do seu próprio jeito, respeitar a si mesmo e ao próximo.
- Ensine e pratique a empatia. Só assim os filhos terão consciência das agressões, e poderão refletir sobre o mal causado a outra pessoa.
- Ensine que a opinião de outra pessoa, não define ou diz respeito sobre a verdadeira pessoa que seus filhos são.
- Mostre que muitas vezes a pessoa que pratica o bullying, tem muito mais problema do que a gente imagina... Talvez a alma dessa pessoa, está precisando de mais amor... Porque só damos aquilo que recebemos...
- Ensine e observe juntos com os filhos, as inúmeras diferenças entre as pessoas, na natureza, na vida...
- Ajude os filhos a não dar tanta importância ao que os outros dizem. Assim a criança sofre menos, e quanto menos importância der, mais rápido vai acabar o bullying.

O Bullying é um problema de toda a sociedade, que deve ser encarado e não escondido debaixo do tapete... Deve ser evolvido com toda a seriedade do assunto, aos pais e adultos responsáveis pelas crianças e jovens, o que está acontecendo, e todos abordarem a questão e tomar uma atitude em casa, ensinando e apresentando aos filhos, que a agressão verbal é uma arma letal.

Para a família da jovem que cometeu esse suicido recentemente, e todos os outros que já ocorreram até hoje é muito triste, muito sofrimento para os familiares... Porém, ser responsável pela morte de um colega, que se matou por não aguentar a pressão, também é um peso que ninguém precisa carregar pelo resta da vida...

Vamos refletir mais sobre o assunto, conversar com os filhos, e espalhar mais amor, ao invés de dor...


Beijos, e até a próxima.

4 comentários:

  1. Bom dia Ju e Vitinho!!!!
    Ju, lindo texto e concordo com você, a agressão verbal é uma arma letal, prejudicial demais ao ser humano. Devemos mesmo ensinar a empatia aos nossos filhos, mostrar que na diferença somos iguais. Aqui faço isso todos os dias.

    O Bullying é triste demais amiga... Já vi pessoas praticando, já sofri com ele.
    Me lembro também que eu e mais três amigas implicávamos com um colega de sala... Eu tinha 10 anos mais ou menos. E claro, ele também em resposta implicava com a gente. Não sei por que começamos isso, acho que ele era meio implicante de graça, um dia vou perguntar isso a uma das meninas... sei que era da gente pra ele e dele pra gente...
    Resultado: ele cresceu e ficou anos sem conversar comigo.. com as outras não sei. Só passamos a nos cumprimentar quando adultos, acredita? Acho que já te contei isso..

    Enfim, se fosse hoje nada teria acontecido. Criança é muito influenciada por outras crianças mas graças a Deus a consciência chega com a maturidade, por isso a bondade que temos devemos passar todos os dias aos filhos, mostrar que qualquer implicância, seja pequena ou grande não é legal...
    Lembro-me de certa vez também ja adulta que sofri bullying, eu já não aguentando mais me voltei contra a pessoa e falei sobre o problema e que ja estava de saco cheio daquilo. Deixei ela tão sem graça que nunca mais ela fez. Mas antes quem ficava sem graça era eu... A vida é cercada de maldade.. e são maldades enormes, não apenas simples implicância... e também acredito que quem pratica o bullying provavelmente vem com um histórico de problemas em casa...

    Parabéns pelo post amiga e que ensinemos a nossos filhos terem um coração bom independente de qualquer coisa..

    Beijos e um lindo dia..

    Tê e Maria ♥

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Te.

      Obrigada pela visita, por suas palavras...
      Concordo com vc, porque me lembro de ser influenciada na infância...
      E basta as vezes uma boa conversa, para a criança ou jovem compreender que aquela atitude não é legal...

      Obrigada por suas palavras...
      Bjs grande para vc e Maria.

      Ju

      Excluir
  2. Oi Ju e Vitinho!

    Quanto temos a vigiar e ensinar neste sentido, não é Ju...

    É muito sofrimento por causa do bullying. Muitos terminando, inclusive, em tragédias.

    Mas, conforme você bem relata ao longo do post, não adianta só a escola tratar o assunto, fazer palestras, trabalhar textos e imagens nas salas de aula...

    Enfim, esta é uma educação que tem que vir de casa, do ambiente familiar. E, infelizmente, não vem, em muitos casos.

    Daí, resta-nos fortalecer nossos filhos para que não fiquem tão vulneráveis à estas "brincadeiras de mau gosto".

    Em casa, falo sempre com a Laura: O que você quer guardar com você? O bom ou o ruim? Ela responde: o bom, é claro!!! Então digo para ela que certas brincadeiras do colega ou para com o colega, ainda que eles assim chamem por "brincadeira" é falta de respeito e por isso é ruim.

    Como diz a nossa amiga Teresinha, vamos tentando né Ju! Com fé em Deus e amor no coração alcançamos êxito na educação das nossas crianças, ainda que na contramão do mundo.

    Beijos carinhosos, minha amiga!

    Re e Laura

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Re, tudo bem...

      Obrigada pela visita, pelas palavras...
      Sim, como diz a querida Te, vamos tentando, e vamos tentando sempre...

      Que o amor nos guie nessa caminhada, nessa jornada, de mãe, ede exemplo, de educação...

      Sim, o diálogo, educação, conselhos, devem vir de casa... Em casa devemos saber do que acontece lá na escola, e se necessário for, intervir, principalmente em casos como esse, de bullying...

      O segredo é sempre fazer parte da vida dos filhos, interagir, só assim podemos guiar, orientar, passar nossos valores...

      Beijos grande para vc e na Laurinha...

      Ju

      Excluir