5 passos para prevenir ou eliminar as birras dos 2 aos 3 anos de idade.

Esse assunto é muito importante e um dos mais apavorantes, se tratando de filhos.

Vivenciando e observando as ações infantis na pratica, pude reunir algumas dessas ações que vão facilitar a vida dos pais e deixar as crianças mais tranquilas e os pais mais confortáveis durante os passeios.

Vou citar 5 atitudes que pode ajudar a prevenir e até eliminar as birras, e ter sucesso e tranquilidade nos passeios.

1-Não deixe a criança com Fome: Eu acho que o quesito fome é o campeão. Você já assistiu propagandas na televisão, de ataque de fome? É assim: o ator está tendo um ataque histérico ou de irritabilidade e vem um segundo ator e oferece algo para comer, o ator come e na mesma hora dá um retorno positivo, de alegre, feliz e calmo. Então, na prática e vida real é bem desse jeito, e com a criança é a mesma coisa. Fome deixa a criança irritada, fadigada e o mais importante, a criança não sabe o que tem, não sabe expressar o que está sentindo, e por isso a dica é: não faça nada de barriga vazia, se vai demorar para chegar ao local, ofereça um tira gosto, um suco, biscoito, enfim, algo que você está acostumada a oferecer a criança. A criança não tem noção de tempo, muitas vezes pegamos transito ao sair de casa, fila para comprar a refeição, e tudo isso pode deixar a criança esgotada, prestes a dar crises de birra porque simplesmente não entende o que ela (ou ele) tem, e deseja resolver essa situação, mas não sabe como.... E aí entram as birras.... Por isso, antes de qualquer diversão, forre o bucho (risos), e se for sair de casa de barriga cheia e for demorar para voltar, não esqueça dos lanchinhos, leite, enfim, de fazer a marmitinha com as coisas de costume da criança. Prevenir é sempre o melhor remédio em qualquer situação. E a fome é algo que irrita muito a criança, e por não saber o que está acontecendo, simplesmente vem a irritabilidade ou sono, o que pode prejudicar os planos e passeio.

2-Cansaço: Se nós adultos ficamos casados e estressados com a rotina do dia, imagina as crianças?  E para sair de casa com criança é necessário toda uma logística de horários, locais, refeições. Na verdade, você vai perceber que um tópico está ligado ao outro e tudo é uma questão de estratégia e pensar no passeio como um todo. Passear, se divertir em família é bom demais, depois de uma semana inteira de trabalho, escola, e atividades extracurriculares. E muitas das vezes, o que a criança mais quer, deseja ou precisa, é de momentos de brincadeiras, risadas, abraços e beijos dos pais. Nem sempre, o que a criança precisa é de shopping, passeios, viagens ou presentes.... Basta os pais sentarem ao seu lado no chão para brincar, depois fazer uma refeição em família na mesa, para a infância ser recheada de amor, carinho, atenção e boas recordações. Então, antes de sair, passear, observe o estado emocional da família, das crianças. Se todos apresentarem um cansaço físico e emocional, devido a rotina puxada da semana, espere, e não saia de casa ainda. Às vezes é melhor descansar, fazer atividades em casa, até todos estarem bem, do que oferecer mundos e fundos, para quem deseja apenas um dia de preguiça em família, em casa.

Muitas das vezes, bastam um cochilo à tarde, para todos carregarem as baterias e estarem prontos para sair.

Tem muitos passeios encantadores para criança, mas já deixamos de sair de casa várias vezes, por perceber e ouvir que meu filho desejava ficar brincar em casa. E já aconteceu da gente insistir em passear, mesmo ouvindo meu filho dizer que estava cansado ou perceber isso nele, forçar o passeio e depois brigar e se arrepender por sair de casa.

3-Momento do cochilo rotineiro: Sabemos que carro é um dos balanços mais utilizados em termo de cochilo ou sono profundo. E às vezes as crianças estão tão cansadas, por ter rotinas de adulto durante a semana (acordar cedo, escola, atividades extras), a família sai de casa e a criança já dorme no carro.

Tem criança que dorme no carro e acorda boa, renovada, tem outras que acordam irritadas pelo sono picado. Nesse caso, o melhor é analisar sua criança, e ver o que é melhor.

Às vezes, é melhor sair depois de um cochilo da manhã ou da tarde, para a criança não ficar cansada, e vocês aproveitarem a saída com tranqüilidade. Ou sair pela manhã e voltar antes do cochilo da tarde, evitando o aparecimento do stress, devido ao corpinho cansado.

Se nós adultos ficamos cansados, imagina as crianças. Sempre perto dos horários de sono da criança, a agitação começa, pode aparecer os escândalos, birras, choros, sem motivo aparentes... Mas na verdade, é o sono, na qual a criança não sabe identificar (óbvio), e por isso nós adultos é que precisamos lembrar desses detalhes, e prevenir, oferecendo o descanso necessário para a criança, devido à idade. Veja a tabela neste post aqui http://goo.gl/KKF8iH, sobre a quantidade de horas ideal de sono, para cada faixa-etária.

4-Evite passar na frente das lojas de brinquedos: Nem sempre isso é possível, mas quando você for ao shopping, por exemplo, peça para o marido ir olhando, onde ficam as lojas de brinquedos, e passe no corredor do lado (risos). Isso ajuda muito. Prevenir é melhor que remediar. Evite, sempre que puder, caso não possa comprar nenhum tipo de brinquedo, no momento do passeio.

Muitas birras também ocorrem, devido a uma apelação de marketing, em supermercados, onde pais e mães precisam passar por momentos constrangedores todo mês, durantes suas compras. Nesses casos, o ideal é procurar mercados menos apelativos, e conversar muito, antes de sair de casa. Veja o post que fiz, sobre essa apelação, que facilitam e contribuem para momentos desagradáveis e totalmente desnecessários. http://goo.gl/nsi9Wt 

5-Combine, converse e tenha diálogos antes de sair: Essa prática aqui em casa sempre funcionou, mas fazemos desde sempre, com tudo, em todos os passeios, desde a ida na pracinha da esquina, até os passeios ao shopping, etc. Se vamos à casa de parentes, por exemplo, eu já aviso que quando a gente falar “vamos embora”, não era para responder ou chorar, porque os moradores da casa queriam dormir, e que a gente tem a nossa casa e precisava voltar para ela...rs

Não é fácil, mas funciona. Quando vamos ao shopping, combinamos o que vamos fazer por lá, e se não dá para ir ao play-landi, por exemplo, já avisamos em casa, antes de sair.

Em caso de passar na frente de lojas de brinquedos, a gente lembrava o Vitor das datas festivas próximas, como aniversário, natal, dia das crianças, e funcionava. Comece a conversar em casa, explicar tudo que vai acontecer no passeio, antes de sair, e já pode começar a partir dos 18 meses.

Já tive momento de brigas, de birras, mas foram bem poucos.

Outra dica que ouvi de outras mães, é que manter a calma é o melhor a fazer, e depois que a criança se acalmar, conversar calmamente e explicar que o passeio acabou, porque aquela atitude foi muito desagradável, ajuda muito. Ir embora, explicar o ocorrido, e dizer que se isso voltar a acontecer não poderão ir mais passear, ajuda a criança a entender o que está acontecendo, que atitudes de choro e manha impedem os passeios de acontecer...

Em casa, depois dos ânimos abaixarem, explique calmamente para a criança que aquela atitude, chateia o papai e a mamães, que vocês ficam tristes com isso... Conscientizar e sinalizar as coisas boas e ruins para os filhos, é a melhor maneira de ensinar e educar, diariamente.

A criança mesmo que pequena, entende perfeitamente pequenas regras, e conversar e explicar as situações, é sempre a melhor saída.

Sempre haverá uma birra, um escândalo, mas se você souber manter a calma e conversar, mesmo que em casa, nas próximas saídas você deve recordar a criança do ocorrido, e lembrá-la que se as birras voltarem a acontecer, os passeios não vão mais ocorrer.

As birras acontecem a partir dos 2 anos e perduram até por voltar dos 3 anos e meio, até 4 anos. Isso ocorre porque a criança tem desejos, as ofertas muitas das vezes estão na sua frente, porém não tão disponíveis quanto gostariam... E aí, não sabem se expressar, não entende o porquê não podem ter o que desejam.

Tudo isso é fase, passa, se você ajudar a sua criança, e educá-la com amor, carinho e respeito, explicando dia após dia, pacientemente, como a vida funciona, como devemos agir, se portar, saber esperar, ter paciência, e entender os Nãos da vida.

Educar é um processo contínuo, e a partir dos 2 anos, a criança já aprendeu várias coisas como comer sozinha, andar, falar, pedir, e então começa a ter outros desejos, que quando não atendidos, não sabe como agir, como proceder.

E nós adultos, conscientes disso, devemos entender esse processo doloroso, e ajudar nossas crianças a entender.

Em todo o texto e contexto da vida, acredito que a dica principal, e a chave do sucesso, estão em observar a criança e suas necessidades básicas, e sempre conversar.

Espero que tenham gostado das dicas, até a próxima.

Beijos,