Elogie seu filho do jeito certo. Elogie o esforço, não a inteligência.
Esse texto não é meu, e pertence ao Marcos Meier, professor
de matemática, psicólogo, mestre em educação, escritor e palestrante.
Um dos maiores especialistas brasileiros na teoria da
Modificabilidade Estrutural Cognitiva, a famosa teoria da mediação de Reuven
Feuerstein.
Quem indicou esse texto maravilhoso para ser compartilhado
aqui no blog, foi a minha cunhada Adriana.
Eu já li vários textos sobre o assunto “elogiar os filhos”,
mas esse é fantástico, por isso que achei importante compartilhar com vocês.
Nenhum texto valeu tanto a pena ler e vir a compartilhar
como esse.
Acredito que não adianta “especialistas” vir dizer as “mães
e pais” que nós “não podemos ou não devemos” elogiar de mais nossos filhos,
porque assim distorcemos as situações... Estragamos nossos filhos com elogios
de mais...
E esse texto abaixo, não só ensina como elogiar, mas as
situações mais importantes que devemos elogiar.
Não adianta só dizer que não podemos fazer tais coisas... É
necessário exemplificar como podemos fazer então, da melhor forma possível.
E esse texto trás tudo isso para a gente aprender.
Boa leitura.
“Na vida não há
prêmios nem castigos. Somente consequência”
Elogie o esforço, não a inteligência.
Elogie do jeito certo.
Elogie o esforço, não a inteligência.
Elogie do jeito certo.
Recentemente,
um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante.
Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças
executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois
de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência.. “Uau,
como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de
ver o quanto você é genial!”… E outros elogios à capacidade de cada
criança.
O grupo B
foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou
na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência
você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!”, e outros
elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa
fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos
dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam
escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de conseqüência.
As respostas
das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A
simplesmente recusou a segunda tarefa… As crianças não queriam nem tentar. Por
outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram
a nova tarefa.
A explicação
é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos.
O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças
“inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar
uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu
não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas”
não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será
elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não
passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os
inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar
adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não
seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais
exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
No entanto,
isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender
valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o
preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se
consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É
preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com
elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos
filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom
coração”, “Parabéns, meu filho, por ter dito a verdade apesar de estar com
medo… você é ético”, “Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela
menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… você é
solidária”, “Isso mesmo, filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi
muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em
ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los.
Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
Por outro
lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é,
amor”, “Acho você muito esperto, meu filho”, “Como você é charmoso”, “Que
cabelo lindo”, “Seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão
baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas
impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão
fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos,
não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional
estará presente.
Homens e
mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas
encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença
deles. São frondosos, de copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor,
pois se alimentaram da terra fértil.
Que nossos
filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.
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Beijos,
Mãe Sem Fronteiras.
Fontes encontradas desse texto:
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