Ciúmes de irmão na infância? Como controlar?

Fonte: Pinterest
O que é o ciúme, se não o medo de perder algo ou alguém?

Quanto menor for à criança, menos imatura será, mais egocêntrica e menos consciência exata terá de seus atos, atitudes e sentimentos.
Logo a criança maior, tem mais consciência de espaço, sentimentos, pertences pessoal. E a partir da chegada do novo irmão ou irmã, tudo poderá ser divido ou reformulado devido à chegada de um novo membro da família.

Mas entenda, tanto a criança menor de 4 anos, quanto a maior, sempre existirá o ciúmes, porém com intensidades diferentes.
O primogênito perde o trono, mas ganha companhia, podendo compartilhar alegrias e emoções, e esse sentimento feliz, de amor, deve partir dos pais.

Nós precisamos viver e demonstrar diariamente, que dividir e compartilhar o espaço, o amor e atenção dos outros, também é bom e necessário para a vida...

Por exemplo: Se na casa tem apenas dois quartos, provavelmente você terá que reformular o quarto para adaptar 2 crianças, então em primeiro lugar pense no filho (a) mais velho (a), em agradar e mudar a parte dele (dela), tanto quanto a parte do bebê.
Quanto mais velha for à criança, mais ela irá sentir e perceber essa mudança, felicidade e adaptação de toda a família, da casa.

E quando um novo filho (a) entra para fazer parte da família, é normal a criança (mais velha) ficar com ciúmes, insegura, com sentimentos confusos de que seus pais não vão mais dar atenção, carinho e amor... Que seus pertences poderão ser compartilhados, mas que isso pode ser algo tranqüilo e prazeroso...

Vamos às dicas e situações recorrentes:

- Devemos (ou podemos) envolver as crianças (os mais velhos) em tudo, ou seja, na escolha das cores do quarto, no nome do irmãozinho ou irmãzinha...
- E quando o bebê nascer, deixe o filho (a) mais velho segurar no colo (com auxílio de adultos sempre), ajudar nos cuidados, chame para acariciar e beijar o bebê...
Não deixe a criança pensar ou imaginar que está atrapalhando, que não pode ou não sabe ajudar com os cuidados do bebê, ou seja, não deixe o filho ou a filha pensar que você está amando e cuidando do bebê e não tem tempo para os mais velhos...

Alias, o que a gente precisa entender é que os mais velhos, vão precisar de atenção redobrada, que por um bom período vão se sentir carentes e necessitar de uma boa dose de carinho extra, porque o bebê precisa de cuidados diários, e isso pode causar insegurança para os mais velhos...

E já posso adiantar, o cansaço é intenso principalmente no começo, porque o mais velho (a) vai precisar perceber que é muito amado SIM, e que aqueles cuidados são necessários e essenciais, porque os bebês precisam disso diariamente.

Já li casos de os mais velhos retrocederem, precisando de fraldas ou chupeta, fazendo xixi na cama, brigando na escola, ou desejando não ir à escola para ficar na companhia da mãe, querer dormir junto, entre outras coisas, pelo fato de achar e pensar que assim receberão o mesmo afeto e atenção, dado ao bebê...

Por isso falo e reafirmo preste atenção e cuide dos maiores, tanto quanto os menores.
Outros exemplos:
-Enquanto estiver amamentando, se o (a) mais velho (a) requisitar sua atenção, aproveite para brincar e interagir, mesmo que seja apenas com uma das mãos...  Assista a um filme ou desenho junto, conte uma história... Mas não ignore a todos os chamados ou pedidos, porque é difícil para a criança compreender, de que o fato de você estar com o bebê no colo, seja amamentando ou fazendo dormir, não quer dizer que não o ama mais...

-Na hora de levar na escola, ao invés de pedir para a avó ou tia levar, faça o contrário, solicite que a ajuda fique com o bebê, para você curtir e levar o mais velho (a) na escola, assim vocês tem um tempo juntos, para abraçar, beijar, conversar e mostrar que você se importa sim, com ele ou ela (lógico que isso a mãe deverá fazer quando tiver alta e se sentindo melhor após o parto)...

-Cuide do bebê, e depois dê atenção para os maiores... É muito cansativo, porque a gente se sente esgotada, e essa situação para a criança, pode parecer abandono, sendo que é apenas cansaço... Por isso devemos ficar atentas, e sempre conversar, para não causar frustrações. Peça ajuda para o marido, executar alguns cuidados básicos com o bebê, enquanto você atende as necessidades do maior, e dividi a atenção...

Outra dica é tomar cuidado com as mudanças bruscas, justamente com a chegada do bebê, como a retirada de mamadeira e chupeta, a ida para a escola...
Com a chegada do bebê, a criança vai querer ficar em casa mais do que nunca, porque deseja ficar perto da mãe, então o interessante é começar na escola antes do nascimento e já ficar adaptada (o), ou um período depois, para não ficar com aquela sensação de que a mãe está levando o mais velho, para ficar com o mais novo... Atenção, isso não é verdade, mas na cabeça da criança, essa informação negativa e distorcida pode ser imaginada sim...

E sempre envolva os mais velhos nos cuidados do bebê, como ajudar no banho, nas trocas de fraldas, deixar pegar no colo, empurrar o carrinho (com auxílio) para que eles percebam que cuidar de bebê da trabalho SIM, que aquilo que está sendo feito é necessário, e não porque você ama mais o bebê do que ele ou ela... 

É um período difícil, de muito cuidado e amor, mas que se trabalhado com atenção e dada à devida importância, atenção, e também não ignorado esse sentimento de ciúmes e perda (que toda criança sente no começo), em pouco tempo a criança mais velha percebe que é amada sim, que são apenas cuidados naturais, que mesmo estando com o bebê, você ama por igual...

Os cuidados são diferentes devido à fase e idade de cada criança, de cada bebê, mas o amor de pai e mãe é sempre o mesmo.

Se os mais velhos ficarem manhosos, chorando além do normal, não querendo comer, brincar ou ir para a escola, retroceder em alguns assuntos já resolvidos, como ir ao banheiro, dormir em sua cama, entre outras coisas, então o momento é de parar, observar, abraçar e dizer em alto e bom som EU TE AMO. Depois complementar dizendo: que tal a gente sentar e brincar juntos?
No dia seguinte ou no final de semana, chamar a criança para dar uma voltinha e tomar um sorvete (por exemplo). O ato de dar uma volta é para mostrar que você tem tempo sim, que você ama sim, que você quer conversar e ouvir a criança...

Toda mudança requer paciência, adaptação, muita conversa sobre as mudanças, amor e dedicação pelo novo.

Esse é um trabalho de formiguinha, de percepção e cuidado que os pais precisam ter juntos, para dividir o carinho e atenção tanto do bebê quando dos mais velhos.

Somente com muita observação, paciência e amor, em pouco tempo tudo se normaliza e a família segue a rotina tranquilamente. 

O ciúme sempre existirá, mas cabe aos pais dosar e controlar, mostrando que os filhos são amados e educados igualmente. E isso tudo são fases, porque se a gente cuidar dessa fase na infância, na vida adulta os filhos serão grandes amigos, e toda essa diferença e luta por espaço, amor e lugar, será preenchida por amizade, cumplicidade, preocupação um com o outro...

Ciúmes de irmão na infãncia

Mas lembrem-se, cada filho é único, cada qual com suas qualidades e diferenças, que requerem atenção, mas de formas diferentes, devido à idade e personalidades diferentes... 

Neste caso, cabe aos pais entender cada filho (a) e atender suas demandas individuais, mas isso é um assunto bem importante, que precisa ser tratado em um outro post... Em breve, volto para falar mais sobre o assunto...

Beijos e até a próxima.

2 comentários:

  1. Bom dia Ju... pra mim, tudo que é necessário fazer quando chega um irmão você citou... É mesmo de extrema importância mostrar que seu primeiro filho é importante como o outro e fazer atividade sozinha com ele...

    Imagino que por mais que um filho peça um irmão o ciúme vem em algum momento, mas com amor, paciência e sabedoria, tudo pode ser controlado...

    Beijos e um lindo dia Ju!!!!

    Tê e Maria ♥

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  2. Amiga... aqui temos crise de ciúmes no caso com o primo. É bem delicado... pq eles sentem a diferença.
    Gostei bem das dicas e orientações, bjs

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