Ciúmes de irmão na infância? Como controlar?
Quanto
menor for à criança, menos imatura será, mais egocêntrica e menos consciência
exata terá de seus atos, atitudes e sentimentos.
Logo a
criança maior, tem mais consciência de
espaço, sentimentos, pertences pessoal. E a partir da chegada do novo irmão ou
irmã, tudo poderá ser divido ou reformulado devido à chegada de um novo membro
da família.
Mas
entenda, tanto a criança menor de 4 anos, quanto a maior, sempre existirá o
ciúmes, porém com intensidades diferentes.
O
primogênito perde o trono, mas ganha companhia, podendo compartilhar alegrias e
emoções, e esse sentimento feliz, de
amor, deve partir dos pais.
Nós
precisamos viver e demonstrar diariamente, que dividir e compartilhar o espaço,
o amor e atenção dos outros, também é bom e necessário para a vida...
Por exemplo: Se na casa tem apenas dois quartos,
provavelmente você terá que reformular o quarto para adaptar 2 crianças, então
em primeiro lugar pense no filho (a) mais velho (a), em agradar e mudar a parte
dele (dela), tanto quanto a parte do bebê.
Quanto mais
velha for à criança, mais ela irá sentir e perceber essa mudança, felicidade e adaptação
de toda a família, da casa.
E quando um
novo filho (a) entra para fazer parte da família, é normal a criança (mais velha) ficar com ciúmes, insegura, com sentimentos
confusos de que seus pais não vão mais dar atenção, carinho e amor... Que seus
pertences poderão ser compartilhados, mas que isso pode ser algo tranqüilo e
prazeroso...
Vamos às dicas e situações recorrentes:
- Devemos (ou
podemos) envolver as crianças (os mais velhos) em tudo, ou seja, na escolha das
cores do quarto, no nome do irmãozinho ou irmãzinha...
- E quando
o bebê nascer, deixe o filho (a) mais velho segurar no colo (com auxílio de
adultos sempre), ajudar nos cuidados, chame para acariciar e beijar o bebê...
Não deixe a
criança pensar ou imaginar que está atrapalhando, que não pode ou não sabe
ajudar com os cuidados do bebê, ou seja, não deixe o filho ou a filha pensar
que você está amando e cuidando do bebê e não tem tempo para os mais velhos...
Alias, o
que a gente precisa entender é que os mais velhos, vão precisar de atenção
redobrada, que por um bom período vão se sentir carentes e necessitar de uma
boa dose de carinho extra, porque o bebê precisa de cuidados diários, e isso
pode causar insegurança para os mais velhos...
E já posso
adiantar, o cansaço é intenso principalmente no começo, porque o mais velho (a)
vai precisar perceber que é muito amado SIM, e que aqueles cuidados são
necessários e essenciais, porque os bebês precisam disso diariamente.
Já li casos
de os mais velhos retrocederem, precisando de fraldas ou chupeta, fazendo xixi
na cama, brigando na escola, ou desejando não ir à escola para ficar na
companhia da mãe, querer dormir junto, entre outras coisas, pelo fato de achar
e pensar que assim receberão o mesmo afeto e atenção, dado ao bebê...
Por isso
falo e reafirmo preste atenção e cuide dos maiores, tanto quanto os menores.
Outros
exemplos:
-Enquanto estiver
amamentando, se o (a) mais velho (a) requisitar sua atenção, aproveite para
brincar e interagir, mesmo que seja apenas com uma das mãos... Assista a um filme ou desenho junto, conte
uma história... Mas não ignore a todos os chamados ou pedidos, porque é difícil
para a criança compreender, de que o fato de você estar com o bebê no colo,
seja amamentando ou fazendo dormir, não quer dizer que não o ama mais...
-Na hora de
levar na escola, ao invés de pedir para a avó ou tia levar, faça o contrário,
solicite que a ajuda fique com o bebê, para você curtir e levar o mais velho
(a) na escola, assim vocês tem um tempo juntos, para abraçar, beijar, conversar
e mostrar que você se importa sim, com ele ou ela (lógico que isso a mãe deverá
fazer quando tiver alta e se sentindo melhor após o parto)...
-Cuide do
bebê, e depois dê atenção para os maiores... É muito cansativo, porque a gente se sente esgotada, e essa
situação para a criança, pode parecer abandono, sendo que é apenas cansaço...
Por isso devemos ficar atentas, e sempre conversar, para não causar
frustrações. Peça ajuda para o marido, executar alguns cuidados básicos com o
bebê, enquanto você atende as necessidades do maior, e dividi a atenção...
Outra dica
é tomar cuidado com as mudanças bruscas, justamente com a chegada do bebê, como
a retirada de mamadeira e chupeta, a ida para a escola...
Com a
chegada do bebê, a criança vai querer ficar em casa mais do que nunca, porque
deseja ficar perto da mãe, então o interessante é começar na escola antes do
nascimento e já ficar adaptada (o), ou um período depois, para não ficar com
aquela sensação de que a mãe está levando o mais velho, para ficar com o mais
novo... Atenção, isso não é verdade,
mas na cabeça da criança, essa informação negativa e distorcida pode ser
imaginada sim...
E sempre
envolva os mais velhos nos cuidados do bebê, como ajudar no banho, nas trocas
de fraldas, deixar pegar no colo, empurrar o carrinho (com auxílio) para que
eles percebam que cuidar de bebê da trabalho SIM, que aquilo que está sendo
feito é necessário, e não porque você ama mais o bebê do que ele ou ela...
É um período difícil, de muito cuidado
e amor, mas que se trabalhado com atenção e dada à devida importância, atenção,
e também não ignorado esse sentimento de ciúmes e perda (que toda criança sente
no começo), em pouco tempo a criança
mais velha percebe que é amada sim, que são apenas cuidados naturais, que mesmo
estando com o bebê, você ama por igual...
Os cuidados
são diferentes devido à fase e idade de cada criança, de cada bebê, mas o amor de
pai e mãe é sempre o mesmo.
Se os mais
velhos ficarem manhosos, chorando além do normal, não querendo comer, brincar
ou ir para a escola, retroceder em alguns assuntos já resolvidos, como ir ao
banheiro, dormir em sua cama, entre outras coisas, então o momento é de parar,
observar, abraçar e dizer em alto e bom som EU TE AMO. Depois complementar
dizendo: que tal a gente sentar e brincar juntos?
No dia
seguinte ou no final de semana, chamar a criança para dar uma voltinha e tomar
um sorvete (por exemplo). O ato de dar uma volta é para mostrar que você tem
tempo sim, que você ama sim, que você quer conversar e ouvir a criança...
Toda
mudança requer paciência, adaptação, muita conversa sobre as mudanças, amor e
dedicação pelo novo.
Esse é um
trabalho de formiguinha, de percepção e cuidado que os pais precisam ter juntos,
para dividir o carinho e atenção tanto do bebê quando dos mais velhos.
Somente com
muita observação, paciência e amor, em pouco tempo tudo se normaliza e a
família segue a rotina tranquilamente.
O
ciúme sempre existirá, mas cabe aos pais dosar e controlar, mostrando que os
filhos são amados e educados igualmente. E isso tudo são fases, porque se a
gente cuidar dessa fase na infância, na vida adulta os filhos serão grandes
amigos, e toda essa diferença e luta por espaço, amor e lugar, será preenchida
por amizade, cumplicidade, preocupação um com o outro...
Mas lembrem-se,
cada filho é único, cada qual com suas qualidades e diferenças, que requerem
atenção, mas de formas diferentes, devido à idade e personalidades diferentes...
Neste caso, cabe aos pais entender cada
filho (a) e atender suas demandas individuais, mas isso é um assunto bem
importante, que precisa ser tratado em um outro post... Em breve, volto para
falar mais sobre o assunto...
Beijos e
até a próxima.
Bom dia Ju... pra mim, tudo que é necessário fazer quando chega um irmão você citou... É mesmo de extrema importância mostrar que seu primeiro filho é importante como o outro e fazer atividade sozinha com ele...
ResponderExcluirImagino que por mais que um filho peça um irmão o ciúme vem em algum momento, mas com amor, paciência e sabedoria, tudo pode ser controlado...
Beijos e um lindo dia Ju!!!!
Tê e Maria ♥
Amiga... aqui temos crise de ciúmes no caso com o primo. É bem delicado... pq eles sentem a diferença.
ResponderExcluirGostei bem das dicas e orientações, bjs