Como nasceu a “Mãe Sem Fronteiras”?
A “Mãe Sem Fronteiras nasceu” junto com o nascimento do meu
filho Vitor.
Aquela frase que diz: “Quando nasce um bebê, também nasce
uma mãe” é bem verdadeira.
Antes disso, não sabemos nada sobre ser mãe e a maternidade em si.
A área de Qualidade, na qual está voltada a minha profissão anterior (Analista de Processos e Auditoria) perdeu uma profissional “qualificada e
dedicada”, para uma criança ganhar uma mãe.
Decidimos eu e meu esposo, durante a gestação do bebê, que o
melhor seria eu cuidar do nosso filho, ou seja, parar de trabalhar fora.
Não queria delegar o meu amor, a minha responsabilidade,
para quem quer que seja.
Foi uma escolha minha e apoiada pelo marido, porém toda
escolha e caminho a seguir, tem seus ônus e bônus.
Além da questão financeira que é importante, abri mão de um
salário nada desprezível, tinha um cargo, perspectiva de vida profissional em
vasto crescimento, pois hoje em dia toda empresa para ter o seu valor, precisa
ter uma área de qualidade, com certificações exigidas pelo mercado de trabalho,
enfim, eu estava FEITA.
Precisei abrir mão de muitas conquistas, assim como essas
abaixo:
Abri mão da vaidade diária, ou seja, quando saímos para
trabalhar fora, esperasse uma funcionária bem vestida, de salto, alinhada.
Não que a mulher dona de casa não se arrume, mas
não dá para passar batom e correr de um lado para o outro dentro de casa de
salto (risos).
E como vou beijar meu filho o dia todo de batom? Não dá.
Vaidade sim, mas com moderação e oportunidade, e não como
uma obrigação como nos costumes de ir trabalhar fora.
Abri mão de ter tudo isso que vocês estão vendo.
Viagens fora do país, que estavam em nossos planos, mas agora terá que esperar por um bom tempo.
Vaidade de maquiar, perfumar,
comprar mais acessórios que muitas das vezes são caros.
Diploma, cursos e conhecimento na área de atuação e formação.
Guardar dinheiro para nossos planos de recém casados...
É isso que quer dizer Mãe “Sem Fronteiras”.
Todas essas conquistas acima criam uma barreira, uma
fronteira que faz você decidir entre a razão e o coração.
Entre cuidar do filho (a) ou ir trabalhar fora.
Isso tudo são “fronteiras”, porque as pessoas te cobram
muito todas essas conquistas, como sendo prêmios jogados fora.
Mas que prêmio é esse que vale mais que o meu filho?
Prêmio mesmo é ser mãe de uma riqueza e joia rara como meu
filho, isso sim é um prêmio.
Não estou jogando nada fora, não foi tempo perdido, nada
disso, foi apenas uma “escolha”, uma mudança de rumo, uma nova jornada de vida.
Quem cuidou de mim na infância, foi minha avó paterna e sei o quanto
uma mãe é importante para um filho.
A gente sente muito a falta da mãe, se é que você consegue
me entender (espero que sim).
Eu sou super a favor de escolinha e cuidados de avós, mas no
meu caso "eu escolhi” sim, essa
árdua e não muito cativante rotina de ser mãe.
Trabalhar fora, sem dúvida, é maravilhoso, pois não é aquela
rotina maçante de casa e filho para cuidar, a gente se arruma toda e sai para
trabalhar.
Tem tempo e motivação para cuidar do corpo, conversar com
adultos, mulheres, amigas, desabafar, dar risada, fofocar, falar mal da chefe
(risos).
Pois é, trabalhar fora é bom e ficar em casa não é nada fácil.
Mais o prazer de ser mãe, não tem preço.
Ver aquele filho bem alimentado na hora certa, dormindo
tranqüilo o sono da tarde ou até levantando mais tarde na parte da manhã, sem
aquela correria de ir trabalhar e levar o filho para algum lugar às 6 horas da
manhã, para mim é a minha satisfação.
Parece que eu me contento com pouco, pois na escola e com a
avó serão os mesmos cuidados que o meu, mas esse pouco para você é o muito para
mim.
Não podemos nos comparar com ninguém e também não podemos
dizer que uma mãe está certa e a outra errada, acredito que tudo é uma questão
de “escolha e oportunidade”.
Eu escolhi ficar em casa para cuidar do filho, tive o apoio
do meu marido e a oportunidade de parar de trabalhar fora.
Minha mãe, quando teve seus filhos, não teve a mesma
oportunidade do que eu, pois ela precisou e precisa trabalhar fora até hoje
para ajudar em casa.
É tão gostoso ver a família tranquila, sem aquele stress de
acordas as 5 horas da manhã e começar a correria.
Pegar várias malas, uma do filho, outra da escola do filho, bolsa de
trabalho e correr contra o tempo, contra o trânsito...
É tão bom poder fazer o jantar da família, cuidar da
família.
Hoje a minha vida de dona de casa é boa, difícil mesmo, foi
na época das minhas avós que não tinha máquina de lavar louça, máquina de lavar
roupa, televisão.
O homem, o pai de família hoje em dia é mais participativo
na criação dos filhos, ajuda a mulher, é mais carinhoso com a esposa e filhos,
enfim, tudo está bem mais fácil do que antigamente.
Podemos contratar uma pessoa que ajuda na limpeza de casa,
as fraldas não são mais de pano, são descartáveis, enfim, hoje em dia está
muito mais fácil para a mulher poder trabalhar em casa.
Você já assistiu esse filme? “Não sei como ela
consegue.”
Se não assistiu ainda, assista, vale a pena e é bem bacana.
É disso que estou falando e que não quero mais para a minha vida.
Essa vida correndo a mil por hora.
Já vivi tantas coisas boas e bacanas, porque não viver uma nova vida, a de ser mãe?
Quem está certa?
Não sei dizer e também não penso dessa forma.
Penso que o importante é "estar feliz e realizada com as nossas escolhas".
Não que eu não sinta falta de muitas coisas, de tudo que eu
poderia ter ou estar fazendo, se eu estivesse trabalhando...
Não que eu não me preocupe com o futuro...
Mas é que agora, esse sorriso, essa alegria, é o que me faz
tão bem...
Então é isso.
A Mãe Sem Fronteiras nasceu no mesmo dia do nascimento do
meu filho, em 2010.
A minha amiga e companheira diária foram as buscas na
internet.
Onde eu buscava orientações para mim e o meu bebê, em
pesquisas de blogs e afins.
Falei sobre isso no segundo texto do blog (http://www.maesemfronteiras.com.br/2013/09/o-blog-e-novo-mas-vontade-de-comecar-e.html)
Mas "oficialmente" o blog e página do Facebook "Mãe Sem Fronteiras" iniciaram em
setembro desse ano de 2013.
A minha intenção era começar só ano que vem, em 2014, quando
colocasse meu filho na escola.
Mas as idéias, pensamentos, vêm e vão.
E se a gente não anotar, elas desaparecerão, como um raio e
trovão.
Gostaria de compartilhar e escrever mais, porém só consigo
fazer esse trabalho, nas horas de sono do meu filho Vitinho.
No post anterior tem um pouquinho mais, da minha história, sobre as mães que pararam de trabalhar fora, também sentem uma certa culpa...
Eu sei que nesse MUNDÃO exitem muitas Ju's como eu, muitas Mãe Sem Fronteiras, e também muitas Maria Elizabete, como a minha mãe, que precisaram trabalhar fora.
E também não podemos esquecer todas as mães que "por opção ou por profissão importantíssima", como a da minha prima querida (por parte do marido) Erika Betti, que é médica, também são mães maravilhosas e merecem todo o respeito e amor de seus filhos.
Mande seu tema, dica de assuntos que gostariam que eu abordasse, para maesemfronteiras@gmail.com.
Até a próxima.
Super abraço.
Mãe Sem Fronteiras.
Que bonito Ju.
ResponderExcluirEstava buscando a origem do nome, pois sempre aguça minha curiosidade pelo nome dos blogs. Como foi o de Teresinha para Maria que sigo desde muito tempo quando a Maria era miudinha.
Uma decisão forte e precisa e sei que para o Vitinho foi tudo de bom e será por muito tempo uma lembrança gostosa. A formação de uma criança nesta fase com presença maciça da mãe é e sempre será a mais produtiva. Lembro que a Teresinha também fez esta opção. Uma opção que muitas mães não podem e delegam esta missão tão importante. Que você consiga manter sua missão com toda dedicação com o belo apoio do marido.
Interessante todas as suas colocações desta importância sem recriminar as outras mães.
Muito grato por toda atenção e carinho dado aos meus escritos.
Deus ilumine e abençoe você com sua família na paz e harmonia.
Beijo no coração.