Guardiões dos filhos, guardiões do futuro!



Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida. (Provérbios 4:23)

Guardar o coração eu acredito que seja filtrar todas as influências que chegam até a gente, segundo os ensinamentos de Deus.
Por isso “os pais são os guardiões dos filhos”, porque diante da imaturidade e pouca idade, não tem discernimento para compreender os caminhos e as intenções do coração. E o papel dos pais é orientar, encorajar, ajudar os filhos a compreender todos os desejos, sentimentos, emoções, pensamentos, caminhos, sejam bons ou ruins.

Do nascimento até os primeiros 10 anos de vida dos filhos, a personalidade vai sendo formada pelo que ouve, vê e sente através da convivência, o exemplo, os cuidados (ou a falta), o amor, e toda a referencia dos pais é fundamental. E tudo isso engloba a educação, paciência, atenção, carinho, respeito, empatia...

A “atenção e percepção dos pais” nas atitudes e comportamentos dos filhos, podem ajudar a conduzir e passar pelos enfrentamentos diários da vida, da melhor forma possível...

Tudo que os filhos ouvem e vê nos ambientes de convivência, formam as crianças.
Dizem que até a vida ainda no útero, durante a formação, tem um peso que não pode ser mensurado, mas é sentido e ouvido pelo bebe.

E nosso principal papel e desafio da vida, é conduzir, guiar e orientar os filhos, nessa jornada de uma boa convivência interna e externa, ou seja, com seu próprio eu (sentimentos, pensamentos, coração) e com os outros...

É um desafio diário, porque o principal exemplo é o comportamento dos pais, ou seja, se desejamos filhos pacientes, respeitosos, empáticos, precisamos observar o nosso comportamento em primeiro lugar!

Nosso papel é ensinar através do nosso comportamento a: gentileza, empatia, perdão, ética, cidadania, modo de agir, falar, comportamento, integração familiar, amor, compreensão dos sentimentos bons e ruins (como florescem), tudo isso através dos laços de amor, do diálogo diário, do exemplo, etc.

Essa primeira fase da vida da criança é a base, o alicerce sendo formado, uma construção diária na formação do “Ser”.

Na segunda fase dos 11 aos 20 anos os filhos vão seguir crescendo, colocando no mundo seus “desejos e escolhas”, e os pais seguem acompanhando e relembrando sempre que necessária à educação base, os valores praticados, e principalmente reforçando e refinando os limites porque aqui os filhos já estão em outra fase.

Nessa fase é à hora do pai e da mãe reforçar os limites, dizer Não sempre que necessário, relembrar os valores, porque a televisão, as amizades e as redes sociais são guias e interferências muito fortes... E se não houve essa base forte no início, fica difícil ser exemplo e referência depois, e às vezes a briga é acirrada. É muito importante os pais começarem a falar sobre “plantar e colher”, “toda ação terá uma reação de volta”... E podemos sempre dar nossos exemplos de vida, conversar bastante com os filhos, mesmo parecendo ser aqueles pais caretas (risos), faz parte! Essa fase é de muita descoberta e precisamos ter esse olhar atento e também muita paciência, porque tem muita “novidade” e é preciso sabedoria, para juntos dos filhos verem o que é possível e aceitável, e o que não tem como aceitar, enfim, tudo com muito amor e respeito, equilibrando os desejos e emoções.

A terceira e última fase é a partir dos 20 anos, onde os filhos serão amigos.
Vão desejar partilhar as angustias, trazem as dúvidas, compartilham os sonhos, porque seremos como amigos que os filhos poderão contar com a gente!
Não teremos o poder de escolher, mas podemos dar o velho e com conselho de pai e mãe, alertar e vibrar nessa jornada que são deles, e sempre iremos partilhar junto às dores e delícias dessa caminhada, se a gente não tentar interferir...

É sim uma trajetória longa, com muito trabalho e dedicação, na qual vamos construindo e deixando nosso legado do bem.

O papel de um guardião é guardar dos perigos na qual a inocência não permite ter conhecimento e percepção, é conduzir aos caminhos da boa e correta conduta da vida, com perseverança, paciência, amor e Deus no comando das ações.

Cuidamos do agora, e preparamos o futuro.
Eu sei, o contexto e o dia a dia são bem mais complexo que um simples texto, e sim posso afirmar que teremos muito trabalho, mas faz parte!
Um trabalho desafiador e diário, designado aos pais e que é muito gratificante, pois somos responsáveis por guiar e guardar nossos filhos. Vamos juntos nessa jornada, assumir nosso papel, sem transferir nossa responsabilidade de cada dia para terceiros, escola, templos religiosos, enfim, preparar e construir um futuro de pessoas do bem!

Esse texto eu dedico ao pai e empresário Ivan Maia Treinamentos, que inspirou esse texto (vídeo aqui), onde partilho das mesmas idéias sobre criação e educação dos filhos. Recomendo o canal, onde tem muito vídeo enriquecedor para todas as idades.

Beijos doces,
Até a próxima.
Jú.

3 comentários:

  1. Oi Ju, Boa noite!

    Somos aqueles que despertam nos filhos o amor. Amor à Deus, a si e ao próximo.

    Desta maneira, com grande afetividade, bom senso e bom gosto vão aprendendo a fazer boas escolhas.

    É preciso ter consistência na hora de instruir para que a fala esteja de acordo com a vivência.

    Devemos estar profundamente sensíveis ao bem estar dos filhos, somos a segurança deles para que também aprendam a confiar em Deus.

    Muito sensível o seu post. Gostei muitíssimo.

    Beijo!!!

    Re e Laura

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    1. Oi Re, eu que agradeço seu carinho, suas palavras que sempre tocam o coração.
      Obrigada pela visita, amo visitar seu blog, seus post sempre inspiradores...
      Gratidão sempre!
      Beijos doces,
      Ju

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  2. Precisamos ter a dimensão do que é sermos pais e responsáveis por esse ser que nos é confiado. Infelizmente muitos pais não apreendem a dimensão que é criar um filho. Na mídia em geram há uma romantização da maternidade/paternidade. Como você mesma colocou, não é simples como um texto.
    Querer essa responsabilidade, esse caminho, abraçá-lo com amor, coragem e fé torna tudo mais fluido.
    Eu também acredito que essa base nos anos iniciais são alicerce. Os que não tiveram essa base firme, não estão fadados a dificuldades, mas terão que buscar com os próprios esforços essa base negligenciada.

    Estou vivendo com meus filhos a fase da adolescência que é bastante desafiadora e enriquecedora ao mesmo tempo. Poder chegar a ter os filhos como amigos e vê-los fazer boas escolhas deve ser o sonho de todas as mães!

    Que essa missão de criar, educar um filho seja feita com belos exemplos e amor transbordando.
    Gostei tanto dessa reflexão Ju! Beijo

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