Maternidade sem Competição.


Hoje é dia "Blogagem Coletiva (BC) - Na Casa da Vizinha". Uma iniciativa das amigas queridas: Cris do Prosa de Mãe e Tê do Bolhinhas de Sabão para Maria. Essa ação é coletiva, onde outras mamães ou papais podem participar e também visitar as páginas de todos que participam, a fim de aprender, trocar, etc.

A competição está presente no esporte, em várias atividades em geral... Podemos competir sim, mas a vitória precisa ser associada ao nosso esforço, à fé, a coragem, determinação, a natureza que colaborou no dia... Porque se a gente colocar a vitória somente ao nosso eu, o ego infla e a arrogância predomina.

Mas não é essa competição que vamos falar hoje...

Competição é algo que trás muita negatividade para a vida, como brigas, discórdia, inveja, intolerância, etc. Competir infelizmente está associado a ser melhor do que o outro, e essa sensação de ser melhor que o outro trás amarguras para a alma.

E no caso da maternidade é a mesma coisa, se a gente ficar comparando os filhos, vamos inflar ou murchar no caso da competição ser injusta. Porque somos seres únicos apesar da semelhança, e cada um tem suas particularidades, fases específicas a serem vividas e exploradas.

Existem parâmetros médicos para indicação de normalidade, não para expor ou humilhar as famílias, mas sim para se ter uma clara percepção de que a criança precisa de intervenções e tratamentos médicos ou não. Os parâmetros médicos e as referências não são para competir ou comparar, e sim para possíveis intervenções ou futuros tratamentos.
E dentro de um padrão de normalidade tem as particularidades que fogem do nosso controle, porque cada ser é único em personalidades, tem também os estímulos externos, etc.

Eu não competia, mas recebia estímulos externos de comparação e competição que me deixavam bem triste... Até que parei e percebi que sou dona da minha maternidade, que não preciso fazer como as pessoas dizem a partir de seus próprios egos e comparações.

Acredito que toda nova mãe passa por essa fase, onde recebem sutis comparações com o intuito de ajudar, mas na verdade estão sendo estimuladas a competir e exercer isso em casa. Graças a Deus tive essa percepção quando meu filho estava com 2 anos e meio e decidi dar um basta. Recebia muitas sugestões como: quando meu filho deveria tirar a fralda; quando largar a chupeta e mamadeira; quando eu devia colocar na escola; até na minha vida pessoal, ou seja, se deveria voltar a trabalhar fora ou não.

Precisamos despertar internamente, porque são muitas influências externas, o que acaba confundindo a gente, e podemos ser manipuladas pelas más intenções, pela competição, pela inveja e ódio.
Graças a Deus percebi que "eu sou um ser que tenho a minha essência", e foi ai que mergulhei no meu interior em busca de respostas, de ser um "Ser" melhor a cada dia para mim e para a minha família, independente dos palpites baseados em competições. Decidi que tomaria as rédeas da minha casa, iria avaliar tudo que chegasse antes de agir, com confiança e determinação agiria segundo meus princípios (baseados em Deus).  

Recebemos enxurradas de estímulos, sem contar que seguimos padrões intrínsecos da nossa criação, que às vezes precisa refinar e passar por uma peneira, para melhorar e não reproduzir padrões negativos de criação.

A competição afasta, machuca, maltrata, mas a empatia acolhe.

Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar. Apesar de todas as consequências. (Osho)

Cuide do seu interior, analise tudo que chega até você antes de aprovar, repassar, aceitar como verdade. Não é fácil seguir nossa jornada, não é fácil ser a gente mesmo, nesse mundo que deseja impor suas verdades como perfeitas e únicas... Mas é preciso coragem, é preciso valorizar-se para poder se aceitar, e assim valorizar e respeitar o próximo, a opinião e o jeito do outro levar a maternidade.

E quando os adultos vivem em meio às competições, acabam comparando até um filho com o outro, com os amigos, o que gera competição de amor, aceitação, e isso não é bacana. Os pais precisam atentar a esses detalhes também, que cada é de um jeito... Uma vida de competição é uma vida de frustrações, porque não existem pessoas melhores ou piores, mas sim pessoas diferentes, com pensamentos e estilos de vida diferentes umas das outras...

Minha dica e mudança de vida: Siga seus instintos, acredite em você, e respeite a maternidade alheia. Todos estão no mesmo barco tentando acertar, aprender... Nunca compare porque cada maternidade tem suas particularidades.
Não imponha a sua maternidade, a sua verdade como única e certa... Apoio, orientações, dicas são sempre bem vindas quando a família pede... 

Não compare, ampare!
Vamos juntas mudar esse cenário de competição, por respeito e empatia.
Beijos, e até a próxima.
Ju.

5 comentários:

  1. Ahhh amiga, essa competição que nos cerca de todos os lados.. e que até nós cometemos o deslize vez ou outra de vivê-la, de competir... A empatia como você falou, acolhe, é bem isso e é o melhor a se fazer em todas as circunstâncias...E das nossas conversas, como as pessoas perdem por competir, por querer ser mais, por não terem simplicidade de vida... perdem grandes pessoas para se conviver e amar... Como eu falei e você falou, ajudar , trocar faz parte, é saudável, mas a forma negativa que existe em vários setores da vida e muito na maternidade, não é nada saudável. Não é bem-vinda....

    Que sejamos mais leves, menos competitivo, mais amorosos...Adorei Ju!!! Estou amando essa BC por essa troca maravilhosa! Muito obrigada mais uma vez.... Um beijo amiga... Vc viu la no blog né.. citei seu nome para o proximo tema...Sua sugestão :)

    Beijos Tê e Maria ♥

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  2. Amiga como relatou muito bem sobre a competição. É muito complicado lidar com esse mundo tão cheio de si mesmo e que mais se importa em ser melhor do que os outros de que em ajudar.
    Acredito muito nas trocas, conversas que podemos fazer, ainda mais no intuito de olhar para o próximo e se enxergar na situação.
    Sou grata por poder contato com vc em angústia minhas de fases do Joseph e não é que passou e agora vivemos um outro momento... Por mais amizades assim!
    Obrigada por estar sempre conosco, bjs Cris

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  3. Oi Ju!

    Competição anda lado a lado com julgamento. E quem somos nós para absolver ou condenar alguém? Falta simplicidade, humildade, amor. Porque o amor não é competitivo.

    Conhecimento infinito só Deus tem. Nós estamos aqui para aprender. E eu aprendo com vocês!

    Beijo!!

    Renata e Laura

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  4. Ju, abriste teu coração e falaste muito bem. Pena que essa competição exista e nela, os únicos perdedoras spmops nós que ficamos estressados com as comparações ridículas que aparecem em nossa vida de mãe! Até quando isso? Adorei teus conselhos sábios! Valeu! beijos praianos, tudo de bom,chica

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  5. Oi Ju, só hoje consegui te visitar e gostei muito de ver sua opinião.
    Somos humanos né e assim vamos seguindo um ritmo de comparar para tentar ser "normal" e o bom é justamente quando entendemos que podemos ser nós mesmos sem culpa, é libertador.
    Podemos ter o coração firme nos propósitos, sinceros em nossos sentimentos e comprometidos com o bem nosso e de nosso próximo; pronto, poderia ser simples assim (rsrs) e muitas vezes complicamos.
    Mas o lado bom é que vamos aprendendo, na maternidade especialmente, vemos que podemos entender a outra mãe, o que passa, suas dificuldades e facilidades e nem por isso precisamos ser igual a ela.
    Beijos!

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