5 razões para não bater em seu filho.


Por: Monica Pessanha.

ÀS vezes sou questionada do porque não devemos bater nas crianças.  Entendo que em muitos momentos a criança parece entender que a força física pode controlar aquele comportamento inadequado e parece que ela para, mas vamos fazer assim, depois de ler as 5 razoes para não bater, avaliamos juntas se vale a pena ao não o que acham?

1.Controle pela palmada.
Uma criança cujo comportamento é controlado por palmada é provável que continue este modo de interação em outros relacionamentos com irmãos e colegas, e, eventualmente, um cônjuge e filhos. Vale lembrar que uma palmada ocasional no fundo não vai incomodá-lo. Mas algumas crianças sentem tanto que não dá nem para racionalizar, que uma palmada faz bem. O castigo físico pode até parecer certo para quem está com raiva do comportamento da criança ou adolescente, mas se os pais querem ensinar sobre TOLERANCIA e RESPEITO, bater sabota esse ensinamento. 

Agressão verbal: Tudo o que dizemos sobre o castigo físico diz respeito à punição emocional e verbal também. Bronca e xingamentos podem realmente prejudicar uma criança psicologicamente. O abuso emocional pode ser muito sutil e até mesmo hipócrita do que os pais imaginam, a ameaça por exemplo, ao ameaçar uma criança pode por exemplo tocar em seu pior medo: o abandono. (“se você não se comportar, vou embora") Muitas vezes, ameaças de abandono estão implícitas dando à criança a mensagem de que você não pode suportar estar com ela (por deixá-la saber que você está retirando seu amor, recusando-se a falar com ela ou dizendo que irá embora ou dizendo que você não gosta dela, se ela continua a desagradar a você). Cicatrizes na mente pode durar mais tempo do que cicatrizes no corpo.

2. Bater desvaloriza a CRIANÇA.
A autoestima da criança começa com a forma como ele percebe que outros a veem - especialmente seus pais – percebo que alguns pais se confundem em suas formas de agirem. Os pais passam muito tempo construindo no bebê a sensação de que estão sendo valorizados, ajudando a criança sentir-se "bem". Em seguida, a criança quebra um copo, e uma palmada logo aparece, e ele se sente, "eu devo ser ruim."
Nem mesmo um abraço depois da palmada não remove da criança aquela mensagem, e verdade algumas crianças superam esses momentos, mas outras vão perdendo-se neste mundo confuso de agressão e carinho. E é provável que ela se sinta abatida por mais tempo do que a boa sensação do abraço. Já vi criança que em um pedido de misericórdia ou por alivio da culpa, se colocam na situação de abraçar ou dizer que amam os pais - "Se eu abraçá-lo, papai vai parar de me bater." Quando a palmada frequente, uma mensagem é levado para a criança: "Você é fraco e indefeso."

ESTAPEAR-MÃOS
Como é tentador um tapinha nas mãos das crianças! Muitos pais fazem sem pensar, mas considerar as consequências para isso também é importante. Maria Montessori, uma das primeiras adversárias do “batendo nas mãos das crianças”, acreditava que as mãos das crianças funcionam como ferramentas para explorar, uma extensão da curiosidade natural da criança. Bater nas mãos envia uma poderosa mensagem negativa, de que não podem explorar e explorar significar descobrir a capacidade das coisas e qual é o papel delas no mundo. Melhor separar a criança do objeto ou supervisionar a sua exploração e deixar as mãos pequenas ileso.

3. Bater desvaloriza os PAIS.
Os pais que batem nos filhos de forma a punir seus filhos muitas vezes sentem-se desvalorizadas porque no fundo eles não me sinto bem sobre o seu modo de disciplina. Muitas vezes, eles batem (ou gritam) em desespero, porque eles não sabem mais o que fazer, mas depois se sentem mais impotentes quando descobrem que não funcionou todo o estresse. Bater também desvaloriza o papel de um pai. Ser uma figura de autoridade significa que você é confiável e respeitado, mas não temido.  A autoridade não pode estar baseada no medo. Os pais ou outros cuidadores que repetidamente usam surras para controlar as crianças entram em uma situação de perda. Não só a criança perder o respeito para os pais, mas os pais também perder, porque eles desenvolvem uma mentalidade fixa e não percebem alternativas a palmada.  Bater desvaloriza a relação pai-filho. O castigo corporal coloca uma distância entre o pai e a criança. 

4. Bater pode levar a abusos.
Punição se agrava. Uma vez que você começar a punir uma criança "um pouco", onde você parar? Uma criança pega um copo proibido. Você bate a mão como um lembrete para não tocar. Ele chega novamente, você bate mais forte na mão. Sinto que para alguns pais é como se eles tivessem começado um jogo ninguém pode vencê-los.  O perigo de começar o castigo corporal em primeiro lugar é que você pode sentir que você tem que trazer cada vez mais força ao tentar a criança obedecer, isso é perigoso, porque um dia os pais podem erra a mão e não conseguir para ocasionando o que chamamos de espancamentos.

5. Bater não melhora COMPORTAMENTO.
Muitas vezes ouvimos os pais dizendo: "Quanto mais batemos, mais ele se comporta mal." Então por que bater torna o comportamento de uma criança pior? Aqui está o porquê. Lembre-se a base para a promoção de comportamentos desejáveis: A criança que se sente bem age certo. Apanhando prejudicará este princípio.  Queremos que a criança saiba que o ele fez é errado, e sentir remorso, pode mostrar o aprendizado, mas ainda acredito que bater muda o comportamento, isso apenas oprime os sentimentos. E nós queremos crianças feliz capazes de reconhecer seus erros pelo princípio do amor, certo?
Centenas de estudos vêm às mesmas conclusões:
Quanto mais duro for castigo que uma criança recebe, mais agressivo ele ou ela se tornará. 
Quanto mais as crianças são espancadas, o mais provável é que eles vão ser abusivo em relação a seus próprios filhos. Nesse processo de criar nossos próprios filhos, podemos concluir que uma palmada dói sim e que há outras opções de ajuda-los a perceberem que nem sempre vamos deixá-los farem o que querem com suas vidinhas. E é isso que vai fazer de nos melhores mães e pais, acharem opções como o diálogo constante com as crianças, para torna-las bem comportadas.

Mônica Pessanha, Psicoterapeuta infantil e de adolescentes, além de ser MÃE DA MEL. Trabalha a mais de 10 anos atendendo e auxiliando pais e famílias, onde também desenvolve um trabalho e projeto de interação entre Mães e Filhos, que chama-se BRINCADEIRAS AFETIVA.
Você pode encontras outros trabalhos e textos da Monica aqui: 
https://www.facebook.com/brincadeirasafetivas?fref=ts e http://monicapessanha.tumblr.com/

12 comentários:

  1. Oi Ju, muito bom o texto da Mônica e concordo de cima abaixo com o ensinamento. Certa vez ouvi uma psicóloga em uma radio dando entrevista e disse que se batemos, chegamos ao limite da nossa paciência. Não é pra educar, é para extravasar nossa raiva de alguma desobediência ou algo "errado" que a criança fez...
    Eu concordo. Hipocrisia falar que uma mãe e pai nunca perdem a paciência ou ficam nervosos... Somos humanos e a criança desafia o tempo todo... Mas existem maneiras de ensinar à criança que o que ela está fazendo é errado e ir reciclando isso todo dia..

    É mesmo o que Mônica falou: se agredimos a criança, ela provavelmente passará isso pra frente, afinal, pq podemos bater se ela não pode? Se ensinamos que para corrigir um erro deve ser através de um tapinha ou algo mais forte, com certeza ela irá aprender esse "ensinamento" e devemos ter o bom senso de pensar que nós que estamos promovendo isso...

    Um beijo e bom fim de semana!

    Tê e Maria ♥

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    1. Amei suas palavras Tê.
      Verdade, existem maneiras de ensinar as crianças, sem perder a paciência ou partir para agressão...
      Sim, as crianças nos desafiam, mas precisamos buscar diariamente sabedoria com muita paciência, para ensinar, sem violência e agressão.
      O texto da Monica é excelente, né.... Também adorei e concordo. :)
      Bjs
      Ju

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  2. Excelente. É um aprendizado diário. E um exercício diário de paciência para nós pais, não extravasarmos neles, mas precisamos nos policiar para não cair nessa tentação de bater ou gritar. Para mim as vezes o bater nem tanto, mas não gritar é bem difícil, e a cada dia eu me esforço para não fazer, mesmo nas horas de raiva rsrsr... Obrigada, assim me dá mais argumentos para ser mais forte em minha luta!!!
    Um beijo
    www.mamaeaprendiz.com

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    1. Imagina Dani.
      Todas nós, mães, temos nossos momentos difícil ou de luta... Mas com esforço, carinho e dedicação, podemos melhorar nossos dias, nossas atitude e comportamento...
      Que bom que gostou do texto. A Monica é uma psicoterapeuta excelente, que sempre trás bons conselhos.
      Eu (Ju) também amei o texto, e serve como uma luz, para a gente melhorar cada vez mais.
      Bjs
      Ju

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  3. Eu sou TOTALMENTE contra bater em crianças, contra violência.
    Isso não resolve nada só piora a situação
    Bjcas
    http://www.estou-crescendo.com/

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    1. Verdade, Shai.
      Além de não resolver, pode ainda piorar a situação...
      Bjs
      Ju

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  4. Eu parei pra ler com calma esse texto, pois busco uma solução, não gosto de castigo físico, e minha filha está numa fase bem difícil, desobediente, respondendo, educar não é fácil, e tento tomar as melhores atitudes para contornar bem essa situação!!!
    Otima matéria!

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    1. Oi Aline, obrigada pelo seu comentário.
      Aqui o intuito é compartilhar informação, histórias, maternidade real, etc.
      Nunca julgar, mas sempre oferecer alternativas e reflexões sobre alguns assuntos...
      Tem fases que são complicadas mesmo.
      Desejo boa sorte, sempre muita calma em todas as ações, porque no fundo quem acaba ficando mal é a gente, não é mesmo...
      Sim, educar é um arte continua e individual, porque cada filho é de um jeito, e cada um tem uma maneira de entender e compreender as regras, sobre a vida e educação.
      Fica com Deus.
      Beijos
      Ju

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  5. Que post rico em ensinamentos!
    Qual de nós nunca se estressou e perdeu a cabeça... sim acontece, sim nos arrependemos e sim percebemos que o caminho não é esse. As crianças e seus desafios diários é sim uma luta... de paciência, controle... e sabem que é errado, mas continuam, acredito que inconscientemente para nos desafiar...
    Vamos aprendendo com eles... trabalhando em técnicas e oferecendo muito amor, que acalma e cura tudo.
    bjs

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    1. Sim Cris, com certeza, quem nunca perdeu a cabeça, se irritou em algum momento que a criança estava testando nossa paciência...
      Mas esse post é muito rico mesmo, de informação, e nos leva a pensar em como agir, como podemos ver a ação e reação de nossas atitudes, né...
      Eu também amei o post, a Mônica sempre traz textos que nos levam a pensar e refletir sobre vários assuntos.
      E com certeza vamos vivendo e aprendendo a cada dia...
      Obrigada pela passadinha por aqui.
      Bjs
      Ju

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  6. Dar um bom tapa ou beliscão forte não é errado
    Sou contra a violência infantil..
    Mas tem pai e mãe que mimam, e idolatram seus filhos...
    Tem filho que responde, xingam E é mal educado com pai, mãe , professores
    Se meu filho faz isso sou um bela chinelada forte na bunda ..

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    1. Boa tarde.

      Respeito sua opinião...

      Sim, tem pessoas que mimam, idolatram seus filhos, mas responda a si mesma, isso é certo?
      Se a criança está tendo comportamentos agressivos, faltando com respeito a outras pessoas, essa criança não está precisando apanhar, está precisando de pessoas disponíveis (pai, mãe ou responsáveis) para ensinar, ou melhor dizendo, para ser um exemplo de amor, de carinho, de respeito ao próximo...

      Nessa vida tem pessoas e pessoas... Mas garanto, que violência gera violência...

      Muitas das vezes o que a criança precisa de muita atenção para brincar, para conversar, para compreender o mundo...

      Falta pessoas para investir tempo no amor, na educação, nos cuidados...

      Hoje em dia todos querem cuidar apenas do seu próprio EU, dos seus desejos, e esquecem que colocaram um "ser" no mundo, que precisa de pessoas com tempo e paciência para ensinar sobre a vida...

      Não estou julgando nem vc e nem ninguém, apenas te convido a refletir e perceber melhor sobre as atitudes de agressão.

      Garanto que a dor e a culpa de quem bate, é maior do que quem apanha.

      Obrigada pela visita ao blog, pelo comentário.
      Volte sempre.

      Mil beijos
      Ju

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