Nova forma de introdução alimentar para bebês, indicada a partir dos 6 meses, vem ganhando muitos adeptos no Brasil. É o método BLW.
Uma boa parte dos pediatras indicam as papinhas a partir dos 6 meses de
idade para os bebês.
O pediatra do meu filho, indicou a partir dos 3 meses a papinha salgada no
almoço e a doce no lanche da tarde, e após os 6 meses, a papinha salgada no
jantar.
Mas de um tempo para cá, o Brasil vem adotando e espalhando uma técnica
de introdução alimentar, utilizada a partir dos 6 meses de idade, que é oferecer
alimentos picados, porém em uma proporção que a criança possa segurar e manusear
os alimentos até a boca, ao invés das papinhas.
Eu não cheguei a usar esse método com o meu filho, mas é uma técnica
muito interessante e estimula a criança a provar e saborear todo tipo de
alimento...
Você não precisa usar essa técnica nos horários das principais refeições,
se não quiser. Pode usar como
alternativas, ou seja, em horários dos lanches da manhã ou tarde, oferecendo
pedaços de frutas, legumes cozidos, etc.
Vamos conhecer melhor esse método chamado de Baby Led Weaning (BLW).
Baby Led Weaning (BLW), que incentiva a autonomia do
bebê durante as refeições, tem conquistado cada vez mais adeptos na Europa, nos
Estados Unidos e, mais recentemente, também no Brasil.
Criado pela britânica Gill Rapley, consultora em saúde e autora do livro Baby-led
Weaning: Helping Your Baby To Love Good Food ("Baby-led Weaning:
ajudando seu bebê a amar boa comida", em português), o termo refere-se a
uma alimentação sem o uso de colheres, papinhas ou mingaus, guiada pelo bebê.
Saiba o que nutricionistas e pediatras dizem sobre este novo método e como ele
pode ajudar seu filho a comer melhor.
Como funciona a técnica Baby Led Weaning?
A Baby Led Weaning (BLW) é uma forma de introduzir os
alimentos sólidos diferente das papinhas tradicionais. A proposta é que por
volta dos seis meses de vida, o bebê comece a fazer as refeições junto com a
família, sentado em seu cadeirão. A comida é oferecida picada, em
formas e tamanhos que eles sejam capazes de segurá-la com as mãos e levá-la à
boca. Assim, a criança vai comer o que quiser e na velocidade que quiser, sem
pressão por parte dos pais – o que a incentiva a ter maior confiança. “Os bebês
aprendem fazendo. Eles são movidos por curiosidade e querem, naturalmente,
manipular e explorar coisas novas — incluindo alimentos”, afirma Gill Rapley.
Quais são as vantagens de introduzir os sólidos com
a técnica dos alimentos picados ao invés das tradicionais papinhas?
Segundo Rubens Feferbaum, nutrólogo e professor Livre Docente em
Pediatria da Faculdade de Medicina da USP, entre as principais vantagens da BLW
estão o incentivo à mastigação— importante no desenvolvimento motor
da criança — e a possibilidade da criança descobrir cada sabor e discriminar
frutas e legumes. “Algumas crianças rejeitam a papa e não gostam do gosto de
vários alimentos combinados. Comendo separadamente aumentam as chances de
experimentar uma maior variedade de comidas”, diz o nutrólogo. Com o alimento
picado, a criança sente o gosto, a consistência e outros detalhes que não
seriam possíveis em uma papinha.
Além disso, sem ser batido ou triturado no liquidificador, o alimento
mantém propriedades importantes, como as fibras que podem auxiliar no bom
funcionamento intestinal. Outro benefício é que o fato de o bebê comer de forma
devagar, aprendendo aos poucos a mastigar sua comida, também combate a
obesidade infantil. De acordo com um estudo conduzido por uma equipe da
Universidade de Nottingham, na Inglaterra, bebês que tiveram a introdução dos
sólidos baseada na técnica BLW são mais propensos a comer de forma saudável e a
ter um bom IMC (índice de massa corporal) na vida adulta.
Quais cuidados os pais devem tomar ao escolher essa
técnica?
O primeiro é entender que nem toda a criança vai estar preparada para
isso. Os especialistas acreditam que os bebês que são amamentados, por já
treinarem a musculação da boca ao sugar o peito da mãe, aceitam melhor a comida
picadinha. No entanto, quando a introdução dos sólidos ocorre antes do sexto
mês de vida ou antes que a criança consiga se sentar, ela pode ser rejeitada.
Além disso, “os alimentos não podem ser cortados em pedaços muito
pequenos e, dependendo da consistência, alguns não podem ser fornecidos deste
modo. Outro ponto importante é que com esta técnica, as crianças se alimentam
sozinhas e, desta forma, podem não consumir a qualidade e a quantidade
necessárias para seu crescimento e desenvolvimento”, explica Ilana Elman
Grinberg, nutricionista especialista em Nutrição Clínica. É preciso ter
bastante organização na criação do cardápio.
Neste sentido, a papinha oferece maior confiança às
mães, pois elas sentem que a criança consome todos os grupos alimentares e
nutrientes essenciais para uma refeição. A falta desse processo pode gerar
insegurança. Por isso é importante ter o acompanhamento de um pediatra ou
nutricionista e respeitar se a família tem o perfil para prosseguir com essa
técnica.
Com a técnica BLW há chances de o bebê engasgar?
O bebê pode engasgar com qualquer tipo de técnica de introdução aos
sólidos — ou até mesmo com o leite. Por isso, por mais autonomia que a BLW dê
para a criança, é importante que os pais estejam sempre observando a
alimentação dos pequenos. “No caso da técnica BLW, é preciso tomar cuidado com
alimentos que possam favorecer engasgos graves, como tomate cereja ou ovo de
codorna”, exemplifica Karine Durães, nutricionista especializada em Pediatria e
autora do site Nutrição Infantil. Também
é preciso retirar cascas, caroços e sementes. Legumes cozidos são mais macios e
fáceis de serem consumidos.
É possível mesclar essa técnica com a introdução
tradicional, oferecendo papinhas e alimentos picados alternadamente?
Como a BLW propõe que o bebê faça suas próprias escolhas e desenvolva
sua autonomia, os defensores desta técnica não indicam uma alimentação guiada
pelos pais, com colheres e alimentos batidos. Mas nada impede que as duas
formas de introdução aos sólidos sejam testadas pelos pais, a fim de
identificar com qual delas cada criança se adapta melhor. Assim a papinha
garantiria o consumo de todos os nutrientes importantes para o desenvolvimento
infantil e a criança também teria as experiências sensoriais com os alimentos.
Fontes: Ilana Elman
Grinberg, nutricionista especialista em Nutrição Clinica; Karine Durães,
nutricionista especializada em Pediatria e autora do site Nutrição Infantil; Rubens
Feferbaum, nutrólogo e professor Livre Docente em Pediatria da Faculdade de
Medicina da USP
Texto compartilhado: http://bebe.abril.com.br/
Eu morro de medo de engasgarem!! Acho tão pequenininho pra dar em pedaços!!
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar desse método. Acho fundamental os medicos conhecerem para nos acompanhar nas dietas dos nossos filhos.
ResponderExcluirAdorei conhecer. Obrigada por compartilhar conosco!
Passando para deixar um grande beijo!
http://meus-sonhos-meus-pesadelos.blogspot.com.br
Olha que interessante... não sabia desse método
ResponderExcluirSerá que eles se acostumam mesmo com mais facilidade?
Só no próximo pra descobrir
bjs