A leitura do final da semana passada foi o livro Borba, o Gato, da Ruth Rocha.
Gosto sempre de analisar o livro, ver a capa, o desenho, autor,
ilustrador...
Quando vi que o livro era da querida Ruth Rocha, fiquei feliz e
exclamei: Que legal, o livro é da Ruth!
E antes mesmo de terminar a frase, o Vitor disse, eu sei, é da Ruth
Rocha, eu já sei ler o nome dela aqui na capa... Ou seja, ele percebeu minha
empolgação pela autora e agora já sabe reconhecer quando um livro é dela, e já
escolhe porque sabe que é bom.
Fiquei impressionada com a leitura desse livro, e quantos podem aprender
com uma simples leitura infantil.
Resuminho.
Borba é um gato e Diogo um cão, que cresceram e foram criados juntos,
criando um laço de amizade e cumplicidade muito importante e bonita de se ver.
Como de costume e esperado pela vida e por todos ao redor, Diogo por ser
um cão de porte policial, quando ficou mais velho e chegou a época, entrou para
a escola de polícia.
E seu amigo e companheiro Borba ficou muito intrigado, e foi logo sondar
e questionar sua mãe, sobre a possibilidade de ele ser um gato policial também...
Infelizmente, para o desgosto de Borba, sua mãe riu, porque nunca tinha
visto ou ouvido falar em gatos policiais, e que essa ideia parecia um pouco
contraria do comum.
Mas Borba não desanimou, pelo contrário, toda vez que o gato via seu
amigo cão se preparando para ser policial, mais animado e com vontade de ser um
gato policial ele ficava...
Apesar da família, da televisão e de todos os indícios mostrarem para
Borba, que a natureza de um gato não serve para se tornar um policial, Borba
não desanimou...
Borba percebeu que precisava apenas encontrar um jeito, uma
maneira de mostrar que suas habilidades como um gato servem sim, para se tornar
um Gato Policial... Então todos os dias, o gato saia pelas ruas para fazer a ronda, junto
com seu amigo o cão Diogo.
Não demorou muito e a oportunidade do gato apareceu...
Eles avistaram um ladrão no telhado, e nenhum cachorro consegue ou é
treinado a subir em telhados, escalar muros e árvores, assim como os gatos
fazem naturalmente, por ser da natureza deles...
Borba não temeu e não perdeu tempo, foi mais que depressa no telhado,
aproximou e soltou um MIAUUUUUU...
O ladrão se assustou, o cão Diogo rendeu e
prendeu o ladrão, e com isso a dupla de amigos fez o maior sucesso pelo
trabalho em equipe.
Com isso, o Borba foi condecorado como o mais novo membro da policia,
pela coragem, e não precisou nem fazer o curso, por mostrar ser um bom policial
através da sua atitude...
Agora Borba, o gato, é o mais novo membro da policia, que fará a ronda
dos telhados, enquanto seu amigo Diogo o cão, faz a roda das ruas...
Gente, nem preciso detalhar quanta coisa para aprender com uma breve
leitura como essa, mas algo eu quero destacar... Quantas vezes não somos
bombardeadas por pessoas ao nosso redor dizendo que isso ou aquilo não vai dar
certo, que nunca ninguém fez isso ou aquilo que você deseja fazer... Ou que isso não é para você... Enfim,
o texto mostra que quando realmente temos um sonho, somos pessoas boas, que se
esforça, e vai atrás desses sonhos, mesmo que tudo ao redor seja contra, o
resultado é positivo.
Mas observe uma coisa, o gato não foi invejoso, nem traiçoeiro, nada
disso... O gato foi fiel ao amigo, acompanhou o cão no trabalho dele, e no
momento oportuno ajudou e colaborou com o amigo... Em nenhum momento o gato foi
soberbo, pelo contrario, Borba se sentiu muito realizado, por provar para si
mesmo que tinha capacidade de ser um gato policial... O gato teve o prazer de
realizar o que tanto desejava, e na seqüência e naturalmente, veio uma
recompensa que nem o gato e nem o cão esperava... O Borba agora fazia parte da
corporação policial, e ainda com muitas honras.
Pessoal, muito, mas muito aprendizado mesmo...
E uma dica que deixo como mãe, como educadora de formação, escritora, é
que devemos prestar atenção em nossas atitudes com nossos filhos (as), para que
a gente não faça parte desse time de pessoas que afoguem os sonhos dos filhos
(as), suas esperanças, seus desejos...
Claro que estou falando de uma forma abrangente, mas antes de colocar
limites ou decretar um sonho como impossível, que a gente possa acima de tudo ser
o alicerce dos filhos, o apoiador, o incentivador... Que os filhos (as)
encontrem na gente o apoio necessário de um ombro amigo para ouvir, para
motivar, e se lá na frente não der certo, também estar disponível para abraçar
e recomeçar...
Sonho é sonho, cada um tem o seu, e ninguém tem o direito de dizer se é
certo ou errado, se não a própria pessoa em sua jornada descobrir, digerir,
aprender e escolher se deve prosseguir ou começar de novo, com novos horizontes...
Fica a dica de leitura desse livro incrível, que fizemos eu e o Vitor, do
empréstimo da biblioteca da escola. O livro é pego emprestado na sexta e
devolvido na segunda. Um incentivo e projeto de leitura da escola, em parceria
e compromisso com as famílias...
Beijos, um forte abraço e até a próxima.