Estava aqui pensando, porque é tão difícil de as pessoas compreenderem a
essência das minhas palavras... E essência está associada ao ser, um encontro
individual que cada pessoa precisa ter através das próprias experiências!
Eu entendo de isolamento, porque faz 10 anos que embarquei nessa jornada
de mãe, onde precisei rapidamente compreender que esse papel está mais
associado com doação do que desejo, entrega do que escolhas.
Crescer doe, e doe literalmente, no corpo e na alma.
Quem tem filhos sabe que nascer dente doe, porque tem a erupção da
carne, tem também a dor do crescimento no corpo, onde a criança se queixa de
dores nas articulações... Mas tem a dor das fases, onde já não cabem mais
certos comportamentos, os brinquedos vão perdendo a graça, e muitas obrigações
vão sendo inseridas no dia a dia... Sim, crescer doe muito... E quando nasce o
bebê também nasce uma mãe, e a filha precisa crescer! Os instintos surgem, mas
precisa ser aperfeiçoado com a vida, com as alegrias e dificuldades diárias, e
assim aguçamos nosso papel de mãe.
Eu entendo de dor, saudade, desejos que nem sempre podem ser supridos, como
um simples café quentinho na calmaria do dia, ou um banho completo sem precisar
prender o cabelo sujo sem tempo de lavar, quanto mais escovar...
Ninguém sabe das minhas dores, dos desejos não supridos, das inúmeras
vezes que chorei... Assim como é difícil para as pessoas compreender a minha
tranqüilidade e paz atual, porque isso não se deu da noite para o dia, mas foi
uma construção de auto-estima, autoconfiança, autoconhecimento nesses longos 10
anos de caminhada. Um mergulho no meu “Ser”, no meu “Eu Interior”, na minha
bagagem e história de vida aliado ao meu coração, para intuir e fazer escolhas,
traças rotas, seguir a minha jornada...
E nessa jornada tenho enfrentado as dificuldades e dores de forma
vertical, estudando e alimentando a alma, de onde vem à força, mansidão e
virtudes.
Os dias são de lutas sim, eu entendo de dificuldades e saudade sim, mas
aprendi na raça e estudando sobre o controle das emoções, o comportamento humano,
sobre o amor e desapego, etc.
Eu escrevi tudo isso para dizer que compreendo as dores do momento, eu
entendo de desemprego, de desanimo, não é negligencia ou insensibilidade... Aprendi
a administrar os dias enfrentando, mudando o olhar, elevando a alma, não
julgando, mas sabendo que cada pessoa terá seus enfrentamentos, assim como
tenho os meus também...
Os dias estão apertados, até mais apertado do que antes, porque assumi
um papel de suporte fundamental nos estudos do meu filho, para ajudar a escola
não parar e meu filho avançar. A manhã toda é de aula e a tarde é lição de
casa. Acompanho e anoto tudo, fico atenta nas aulas para ver se meu filho está acompanhando
e desenvolvendo, e se está respeitando as novas regras do formato de aula
on-line, enfim, os dias são bem puxados, fora a casa, as refeições, e tudo mais...
Por aqui seguimos o lema de prevenir é melhor do que remediar, então toda
a saída de casa é feita sem aglomeração, estamos seguindo as recomendações de
higiene e de prevenção, e as saídas é com máscara.
Adotamos o apoio consciente e mútuo, a colaboração e “trabalho em equipe” como diz o Bob Esponja do desenho (risos), então o mercado é meu esposo que faz e eu guardo, enfim, seguimos o de sempre por isso não tem muita diferença, "fazer tudo que chega com amor"!
Não
há nada de novo debaixo do sol, nada que seja novo referente aos séculos
passados. (Eclesiastes 1:9,10)
Mudar o mundo é
mudar o olhar.
Ouvi uma história na internet, que um Senhor de mais de 90 anos ficou
curado do covid-19 e após ser cobrado um alto valor pelo respirador, ele
agradeceu, porque percebeu quanto tempo respirou sem pagar nada por isso, e
mesmo assim nunca agradeceu. Que relato lindo, não sei se é verdadeiro, mas a
essência e o despertar é o que vale!
Seguir os dias com gratidão, nutrindo a esperança de passar por essa
fase do mundo com honestidade, humildade, responsabilidade, coragem, inteireza,
verdade, buscando força no interior e prazer na própria rotina, nos dias,
independente da dureza, esse é o nosso desejo.
O desenho do início do post é um desejo de criança, andar de bicicleta na
prefeita da cidade livremente.
Essa postagem é uma inspiração para a blogagem coletiva “Na Casa da
Vizinha” das amigas Cris Philene e Tê Nolasco. Para participar, basta comunicar
as criadoras.
Por: Juliana Pelizzari Rossini.