Tudo na vida são fases que precisamos compreender e adaptar, assim como
um bebê precisa de líquidos por não ter dentes e estômago preparado para
alimentos sólidos, do contrario é o adolescente que já não quer mais o
leitinho, a papinha, a banana amassadinha...
Eu costumo dizer que filho (a) tem “manual de instrução” SIM, porém cada
um tem o seu próprio manual, na qual vamos desvendando dia após dia, na
convivência, na paciência, na educação diária vivida e exercida na família.
Eu penso que no fundo, nunca estamos preparados para nada, porque
somente a vivência é que nos trás as experiências, a vida é cheia de surpresas
pelo caminho, e vamos desvendando seus mistérios em cada nova fase e situação!
Eu acredito que nada é por acaso, tudo tem um propósito, tem uma razão,
e quando observamos e refletimos, podemos compreender e aprender... Os filhos
estão sempre dando sinais do nosso próprio EU em seus comportamentos, é a gente
que às vezes está embriagada em nossa razão e verdade, que não conseguimos enxergar
o que está ao nosso redor.
Os filhos, os animais, a natureza com seu ciclo perfeito, até mesmo as
situações de perdas e doenças, enfim, tudo acontece com um propósito e razão, para
ensinar algo para gente, e não o contrário!
Por mais que a gente conheça, passe ou estude sobre um assunto, nunca
estaremos completamente prontos, porque cada situação é única, assim como cada
indivíduo também é único!
Eu vejo que o grande desafio da adolescência é refinar nossa paciência, para
ajudá-los a desvendar seus sentimentos, anseios, humor, beleza, alegria,
empatia, dons, amizades...
Um dia a gente foi adolescente, e sabemos que no mundo tem muita beleza,
porém tem muita maldade também, e a briga é acirrada, por isso se o alicerce
não foi construído ainda na infância, a dificuldade será ainda maior nessa
fase!
E nosso desafio como pais de adolescente são ajudar os filhos a
identificar essas adversidades da vida, as atitudes externas e as próprias internas
que vem do SENTIR... E ao identificar, conseguimos nomear sentimentos, combater ou controlar tudo que chega...
A vida não é somente administrar o externo, mas é uma linha tênue que
envolve corpo, alma, Espírito e mente, e ajudar a identificar os sentimentos e
escolhas, a fim de criar um SER com caráter e responsável por suas escolhas,
não é fácil!
Não temos o poder de escolha dos filhos, mas podemos ajudar a
identificar as ciladas do caminho e maldades do mundo... Agir e mostrar atitudes
positivas, embasadas nos valores da família, fazer escolhas que levam ao caminho
do bem, esse é o nosso papel diário...
Na adolescência os filhos percebem que é um SER independente de nós, por
isso tem muitos desejos e começam a fazer as próprias escolhas, e nossa
obrigação é orientar que toda escolha tem conseqüência, seja boa ou ruim... É também
uma fase de muitas frustrações, porque o mundo não mima ninguém...
Todo jovem é meio sonhador, tem os hormônios a flor da pele, está sempre
cansado e com preguiça para as tarefas obrigatórias, porém para estar com os
amigos e fazer o que gosta tem muito pique e disposição (risos)... E dentro
desse cenário, podemos encontrar o equilíbrio com “firmeza e paciência”, dando
espaço mas com responsabilidade, a fim de que os filhos cresçam percebendo que podem
contar com os pais, mesmo sendo cobrados diariamente por suas tarefas diária da
casa, da escola, etc.
A jornada é desafiadora e apesar do Vitor estar naquela fase que não é
nem criancinha e nem adolescente, ainda está com 9 anos de idade, conversamos sobre
responsabilidade, assumir compromisso, escolhas, perigos, enfim, todo tipo de
assunto oportuno que chega, seja de amigos, escola, família...
É uma fase de muita repetição, firmeza e lembrete das obrigações
(risos), acho que faz parte... Mas acima de tudo, o adulto precisa estar
disposto a ouvir o adolescente, compreender suas mazelas e curiosidades,
observar, conversar e ser sincero com os filhos sobre o assunto “VIDA”!
Bom, essa é a minha contribuição e participação de mais uma Blogagem
Coletiva das amigas queridas Cris Philene (Prosa) e Tê Nolasco (Bolhinhas).
Beijos doces,
Ju.