08 março 2019

Meditação.



Texto baseado no livro: A Monja E o Professor.

A meditação pode silenciar um pouco os estímulos provocados pela própria mente ou por estímulos externos.
A mente é como um computador de última geração, capaz de processar inúmeras informações simultaneamente.

Só que, às vezes, ficamos ocupados com tantas coisas inúteis que não conseguimos acessar o que é essencial.
É necessário, então, um pouco de silêncio.

Meditar exige disciplina e orientação. É preciso seguir alguma linha, algum princípio. Caso contrário pode-se estar sentado, “em aparente meditação”, e pensar em bobagens, viajando mentalmente, pensando em pornografia, em comer, em armas, em dormir.

Atenção plena não é meditação.
Se não houver ética, princípios, valores, se não houver aprofundamento do ser com o Ser, apenas fazer tudo com muita atenção não é suficiente.

Meditar é ir além do eu, além até mesmo da atenção plena. É penetrar em profundidade na essência da mente e tomar decisões benéficas para todos os seres, pois há identificação com todos. A atenção plena pode ser o início de uma prática, mas não o objetivo final.

A meditação é o encontro do eu, com o próprio eu, e nem sempre é prazeroso, mas pode dar muita alegria e contentamento quando você atravessa as fronteiras, entre aquilo que não tem fronteiras, que é “o eu com o próprio eu”, medite.

Como saber se está no caminho desse encontro com o eu?

Se não houver mudança no olhar, no falar, no pensar, na maneira de se relacionar consigo mesmo e com o mundo, para que serviu esse esforço, esse encontro?
A mudança está na aplicação a nossa realidade, nas experiências diárias...

Meditar é conhecer a mente humana, a nossa mente, para não ficar presos em nossas limitações. Podemos romper e ir além das nossas limitações e fronteiras...
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Por isso esse canal se chama mãe sem fronteiras, porque precisei quebrar barreiras e fronteiras, limitações que a mente humana cria, de que: tenho formação, estudos, experiência de trabalho, ou seja, como posso jogar tudo fora em prol de um lar, filho, sendo que hoje em dia existem muitos meios de delegar muitas coisas?

Na verdade não se trata de jogar tudo fora, de desprezar títulos, formação, remuneração, trabalho... Trata-se de vivenciar o novo, de escolhas, da essência, porque toda a maternidade é única, apesar de muitas semelhanças...

Não se trata de estacionar, e sim diminuir o ritmo, adaptar novos caminhos e conceitos, experimentar a vida e o amor através de um outro SER (filhos)... É uma faculdade que só aprendo vivendo, uma formação que precisa de prática, porque os filhos misteriosamente trazem tudo que precisamos aprender, reviver, aperfeiçoar, enxergar, etc.

Filhos e família não é competição, não se trata de ser mais ou menos, e sim de viver e conhecer o EU e os caminhos de cada um.

Hoje particularmente é o dia Internacional da Mulher, e aproveito para declarar a minha admiração e gratidão pela Monja Coen, porque apesar de eu ser Cristã, foi através dos seus textos e vídeos, que consegui identificar e nomear meus sentimentos e caminhos...

Recomendo muito a leitura desse livro que citei logo no início do texto, e deixo aqui um dos seus maravilhosos vídeos sobre meditar: https://www.youtube.com/watch?v=a83EmojkwcQ

Até a próxima.
Beijos
Ju.

4 comentários:

  1. Oi Ju, bom dia!

    Ser mãe é um doutorado geral. O mais maravilhoso de todos, que completa o nosso ser e nos desenvolve de forma incrível.

    Sou muito melhor depois da Laura. Muito mais feliz, inteira, liberta.

    Para mim, um filho ou filha é a certeza da presença e do cuidado de Deus. Que à mim, ensinou a confiar mais nEle do que em mim mesma. Ele sabe dos mistérios desta vida e das lutas que ela traz. E com ela, as muitas vitórias também.

    Você tem razão, são escolhas. Fazemos escolhas em todo tempo. E são elas que vão iluminando os nossos caminhos quando feitas por amor.

    Beijo!!!

    Re e Laura

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  2. Cada vez que eu venho aqui, minha admiração aumenta!
    Ser cristã e também apreciar algo bom de outras tradições... faz todo sentido ser sem fronteiras!
    Estar nesse lugar de silêncio dentro da gente é também ampliar as fronteiras. Muitas vezes nos apegamos a títulos,ao que a sociedade impõem e isso traz sofrimentos.
    Filhos são mesmo uma faculdade, um ensinamento constante que pode, se assim quisermos, nos tornar melhores.

    Já listei essa indicação do livro. E são excelentes suas reflexões e colocações sobre a meditação: nem sempre é prazeroso, não é uma fuga para um lugar gostosinho a meditação, mas sim, na persistência, e no ir além dos limites, traz mesmo a alegria genuína.
    Beijo Ju!

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  3. Oi Ju , bom dia amiga!

    Eu posso dizer com propriedade que os ensinamentos da Monja são maravilhosos. Uma pessoa do bem, simples, transparente... Não tem como desprezar algo tão significativo que só nos edifica.
    Ouvir pessoas, independente de religião ou outras crenças, é sabedoria. Mas é preciso ouvir pessoas, mensagens do bem.

    É amiga.. filhos é escola... desde a sementinha até .... a vida toda! Infância, adolescência, juventude. Precisamos estar com o ouvido atentos para aprender todos os dias com eles... Isso também é meditação.

    Lindas e acertadas palavras Ju. Fico feliz que você esteja aberta à outras palavras, pensamentos do bem, à simplicidade e verdade da vida..

    Beijos doces no coração!


    Tê e Maria ♥

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  4. Ju, amiga!
    Que palavras e reflexão mais do que acertadas! Como precisamos aprender e nos reconhecer, perceber nosso próprio eu.
    Acredito que nesse auto conhecimento vamos seguimos mais serenos, com mais sabedoria para lidar com o dia a dia.
    Amei sua indicação.
    bjs, Cris

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