Fui convidada pela Monica Pessanha, a mais nova parceira aqui do blog,
para participar de uma atividade realizada por ela, chamada Brincadeiras
Afetivas.
Eu fiquei super feliz com o convite e não pude recusar, mesmo sendo
destinada a pais e mães, com filhos entre a idade de 5 a 8 anos. A oficina terapêutica brincadeiras afetivas, tem como objetivo promover de forma lúdica e criativa, a interação entre mães ou pais e seus filhos.
Ao chegar ao encontro, primeiro fizemos um círculo, nos apresentamos uns
aos outros (os adultos se apresentavam e também ao filho (a)) e depois foi
iniciada as brincadeiras.
As brincadeiras eram conduzidas e orientadas pela Monica e sua parceira de trabalho Renata.
Cada brincadeira proposta pela Monica, sempre estava acompanhada de uma música,
onde nesse período em que a música tocava, nós realizávamos as brincadeiras, cada um
com seu filho ou filha.
A música terminava, todos sentavam novamente em círculo e um bate papo
rolava, com perguntas feitas aos pais ou as crianças, e todos poderiam
interagir, caso quisessem compartilhar suas experiências ou opiniões.
As brincadeiras foram as mais simples possíveis, na qual todos nós
adultos já brincamos, e a diversão foi garantida. A primeira brincadeira foi jogar aviãozinho de papel.
Uma brincadeira tão gostosa, que pode ser proveitosa para ambos (pais e
filhos) desde a criação do avião, até o início da brincadeira. Você pode
ensinar a criança a fazer o avião ou fazer passo a passo e a criança tentar
fazer copiando suas dobraduras, e ai depois é só brincar...
Brincamos de: bola, bambolê, pega-pega, cabra cega, simular dançar na chuva com um guarda-chuva aberto...
E assim prosseguiu por 2 horas, essa interação entre pais e filhos, com
muitas brincadeiras e risadas.
E para o final das atividades, ficaram as brincadeiras mais amorosas, como
pegar e abraçar o filho (a) e encher eles de beijos, ficar com a criança no
colo, revendo algumas fotos desde a barriga até os dias atuais, etc.
Algumas crianças ficaram com vergonha dos beijos, principalmente os
meninos. (risos)
Os filhos sempre nos surpreendem, porque aqui em casa todos os dias tem
a nossa brincadeira chamada sessão de beijos, onde eu encho o Vitor de beijos
no rosto, braços e mãos, barriga, depois ele retribui... Mas lá na hora da
atividade em grupo, ele falou que estava com vergonha, e nada o convencia, e ai
eu não quis forçar, mas no final consegui dar dois beijos na bochecha...rs
Mas o importante, é que foi bastante falado sobre essa prática de
abraçar e beijar as crianças, porque é um exercício que as vezes os pais
esquecem, devido as rotinas e correrias da vida de hoje em dia, ondem todos saem cedo
e chegam somente no final do dia, todos exaustos...
E essa prática de abraçar, beijar, ficar juntinhos revendo fotos, é uma
atividade deliciosa, que devemos praticar sempre.
E ai lembrei que fazemos isso geralmente aos finais de semana, de rever
fotos. A gente acorda mais tarde, fazemos o Vitinho de sanduíche na nossa cama,
onde o pai beija de um lado e eu do outro, e depois de todo esse carinho e
muitas risadas, ele mesmo pede para ver as fotos. É uma brincadeira afetiva
deliciosa, que o Vitinho adora.
Mas voltando a oficina de atividades, eu percebi como é importante essa interação
dos pais com os filhos na prática, e como essa proposta feita pela Monica é
interessante, principalmente para os pais que trabalham o dia todo, que quase não
brincam ou tem tempo até para um simples abraço no filho (a).
E quando a gente não tem tempo, a criança vai reagindo cada uma a sua
maneira, as vezes ficando ansiosa, irritada, nervosa, agressiva ou vai ficando
mais fechada, tímida, enfim, cada criança tem uma reação diferente...
E durante os bate-papo, também percebi o quanto a criança tem dúvida
sobre algumas questões relacionadas a vida, aos pais, que as vezes querem
perguntar e não conseguem, seja pela falta de tempo dos pais, medo, falta de
abertura, ou até mesmo pela falta da devida atenção que eles tanto querem.
Por isso, a Monica deu como atividade para casa, as mães e pais, prestarem mais atenção
aos filhos, e quando eles chamarem por mais de 3 vezes seguidas (pela mãe ou pai), devemos parar e dizer:
- Filho (a) o que foi, pode perguntar.
Mas também não adianta só escutar, temos que ouvir e prestar atenção com
os ouvidos e coração, porque por trás de uma pergunta, sempre tem uma intenção
e sentimento que não percebemos de imediato. Precisamos entender o que a
criança quer dizer com tal pergunta.
Um exemplo que achei fantástico que a Monica deu, foi sobre a pergunta
de um menino para a sua mãe (desculpa não recordar os nomes deles agora), onde o garoto pergunta para a sua mãe, sobre
a tal viagem que eles pretendem fazer em família, quando vai acontecer...
A mãe respondeu que em breve fariam a viagem, mas que estavam se
preparando financeiramente, se programando para fazer a viagem, mas que por enquanto não dava.
E a Monica fez uma observação interessante: As vezes a criança não
está interessada na viagem em si, e sim talvez na felicidade de toda a família
estar junta, reunida.
Isso foi só um exemplo que a Monica deu, para mostrar que uma pergunta as
vezes pode ter outros significados, que a própria pergunta não mostra, e que
precisamos perceber a fundo, o que a criança está dizendo e precisando naquele
momento. (Claro, que para chegar a essa ou outras conclusões, a Monica precisa analisar a família em si, ou seja, foi só um exemplo).
A criança sente muito carência afetiva, principalmente dos pais que
viajam e trabalham muito, e ficam muito tempo fora de casa ou do convívio
familiar. Não estou dizendo que esse é o caso do menino que fez a pergunta da
viagem a sua mãe, mas mostrar através do exemplo que a Monica citou, como uma
pergunta pode ter vários significados por trás dela.
E no final do encontro, fizemos um lanchinho, e a Monica nos presenteou
com um caderno charmoso e um CD.
Depois desse encontro, pude perceber como é importante a gente sempre
avaliar como está a nossa casa, família, e quando não estiver bem, procurar uma
ajuda psicológica familiar, para ajudar os filhos a expressarem suas angustias,
fazerem suas perguntas, e também para orientar os pais, sobre o retorno que
teve com as crianças, dar um feedback das conversas, para orientar onde podem
melhorar no relacionamento entre pais e filhos.
Adorei o encontro, e recomendo o trabalho da Psicoterapeuta Monica Pessanha, a todos os
pais e filhos, que estejam passando por alguma dificuldade de relacionamento
interno em casa, na escola, com os amiguinhos... As vezes a criança é muito
tímida, ou muito agitada, ou até mesmo quando os pais estão passando por um
processo de separação, enfim, essas e outras dificuldades podem ser melhor
vista e orientada por alguém de fora, no caso uma profissional muito bem
qualificada e experiente, como a Monica Pessanha.
Dúvidas ou informações sobre o trabalho da Monica, você encontra logo
abaixo.
Mônica Pessanha, Psicoterapeuta infantil e de adolescentes, além de ser MÃE DA MEL. Trabalha a mais de 10 anos atendendo e auxiliando pais e
famílias, onde também desenvolve um trabalho e projeto de interação entre Mães
e Filhos, que chama-se BRINCADEIRAS AFETIVA.
Contato: monicatpessanha@hotmail.com