A empatia é a escolha que me guia. Piquenique no parque com amigos.

A vida é feita de escolhas o dia inteiro, todos os dias.

E quando a gente tem filhos, família, os resultados das nossas escolhas atingem ou afetam diretamente outras pessoas próximas. Temos o poder da escolha dos filhos em nossas mãos, porém toda boa escolha precisa de uma reflexão para não ser uma escolha egoísta, imatura, insensata.

Todos os dias a gente escolhe a roupa que vamos vestir, se vamos ou não usar maquiagem, qual refeição comer hoje ou preparar em casa... Enfim, são escolhas diárias que fazemos todos os dias em várias situações da vida, seja na família, em casa, com amigos, no trabalho, no trânsito, qual destino na hora de viajar, etc.

Cada família, cada pessoa escolhe um ritmo de vida a seguir, e aqui em casa nós escolhemos diminuir o ritmo, para acompanhar os passos e adaptar tudo com a chegada do filho.

Tem pessoas que não mudam nada em casa, tanto na rotina familiar, como no trabalho, nos lazeres, ou seja, não abre mão do ritmo, a criança que se adapta a rotina e vida dos adultos, dos pais...

Porém nós escolhemos o equilíbrio em cada escolha, em cada momento e situação. A gente decidiu que tudo será avaliado conforme as necessidades de cada indivíduo naquele momento atual da vida, e nunca pensar somente no eu, mas no conjunto da ópera.

Por exemplo, sábado passado eu e o Vitor tínhamos três compromissos no mesmo dia e horário. Tínhamos dois aniversários infantis e o piquenique com os amigos da escola, em um parque ao ar livre...

Eu não pensei duas vezes porque eu conheço bem meu filho, então escolhi por ele e nem apresentei todas as opções. Depois o Vitor escutou eu comentar sobre os aniversários com meu esposo, e logo complementou: você escolheu a diversão certa, mamãe!

Sim, eu já sabia que para o Vitor muito melhor era estar com os amigos da escola, brincando no parque com eles ao ar livre, do que qualquer outra coisa.

Eu tinha dois aniversários de duas pessoas muito queridas, que eu gostaria muito de rever, conversar, me distrair, porém eu não penso somente no meu eu... Na verdade confesso que me sinto realizada em poder oferecer essa alegria para meu filho, escolher por ele, pensando nele.

Aqui em casa na verdade, essa maneira de escolher sempre pensando no prazer de todos, é uma decisão contínua e muito bem clara e definida na família.

O bem-estar de todos, do conjunto, da família, é sempre a melhor felicidade.

Essa felicidade individual, egoísta, que até muitos aconselham ter de vez em quando, é algo que não consigo colocar em prática.

Sempre coloco a decisão e a felicidade na balança, os prós e contras para cada um.

Eu penso que nessa vida, para tudo tem à hora e o momento certo, e colocar a carroça na frente dos bois, é algo que não dá muito certo, entende?

Eu dei preferência para a amizade e diversão do meu filho, do que para a minha amizade e a minha diversão.

Tenho certeza que meu filho iria se divertir em qualquer uma das festas, mas jamais se divertirei tanto quanto estando com os amigos dele, disso eu tenho certeza absoluta.

Voltando para a casa eu via no rosto do Vitor a alegria, satisfação e as perguntas que não paravam de chegar, sobre como aquela festa (piquenique) tinha sido organizada, porque ele ficou tão feliz, brincou tanto, que eu percebia que ele desejava repetir a dose e queria entender quem organizou para de repente preparar outra dose de felicidade como aquela vivida por ele...

Então, se alguém ainda tiver alguma dúvida sobre as minhas escolhas, meu prazer em priorizar o outro em certos momentos da vida, ao invés de eu mesma... A resposta está ai, a satisfação de fazer alguém feliz é um presente tão bom e significativo, quanto para quem recebe o presente.

Ver aquele olhinho dizendo: "estou feliz, obrigada por proporcionar isso para mim mamãe, é o meu combustível de vida".

Eu já fui criança e sei que brincar, e brincar com as pessoas que a gente gosta, é o melhor presente da infância.

Todo mundo tem um baú guardado dentro de si, cheio de recordações de alegria, tristezas, frustrações, felicidades... Acesse seu baú, e veja o que realmente as crianças gostam de fazer na infância. O que é sinônimo de felicidade para as crianças, e priorize isso na vida dos filhos e nas escolhas da família.

Ter alguém que cuide da gente com carinho, que priorize nossos sentimentos e alegrias, nossas pequenas doses de felicidades diárias, não têm nada melhor!

Que a gente seja esse semeador de felicidades, de alegria alheia, empatias, amor.

E esse é o meu maior sonho e desejo com o blog, compartilhar com vocês as alegrias da vida em fazer algo para o próximo.

Um beijo enorme no coração de todos.

Ju.