A desvalorização do SER, do extraordinário que existe na simplicidade
dos dias e das tarefas diárias, tem moldado uma geração de guerras, conflitos
internos e externos...
Filhos e família são bênçãos, mas é de fato responsabilidade em longo
prazo.
Eu gosto de afirmar
que “Filhos têm manuais sim”, porém, é como um “mapa a ser desvendado
TODOS os dias”.
Os livros, revistas, sites, blogs auxiliam e muito, “mas não definem os
nossos filhos”.
O que define a
criação dos nossos filhos é a convivência diária na rotina da família, o vinculo que se
forma na atenção necessária em cada fase, respeitando a individualidade e
observando todas as influências dos ambientes, enfim, é na prioridade e na
atenção que compreendemos o SER e desvendamos o manual de cada pessoa.
“Não
existe nada melhor para a criança e para o ser humano, do que a harmonia e a
paz dentro de casa”!
Não tem dinheiro que pague uma família acolhedora, que tem parceria nos
detalhes dos cuidados, um lugar que temos vontade de estar e principalmente de
voltar todos os dias!
Você nunca se perguntou?
Como é possível uma pessoa, um pai ou uma mãe não conhecer o próprio filho
ou a própria filha!
Precisamos parar de anestesiar a vida, é necessário ver a vida como ela
é, parar de se iludir para não enfrentar, sair dessa hipnose da televisão e
ligar o cérebro e coração.
É preciso coragem para sair da
ilusão e encarar os dias trabalhosos... É
preciso coragem para enfrentas as dificuldades, tirar as máscaras, deixar
de PARECER e passar a SER... É preciso
coragem para assumir a rédea da situação, reduzir refúgio infindável, que
oculta a vida real.
Família não é
emprego, mas sim tem trabalho duro, sem chefe para vistoriar, sem salário no
final do mês, mas a recompensa é em longo prazo, deixar um legado, é ver os
filhos crescer íntegro na vida.
E se tiver dificuldade na criação dos filhos, peça ajuda, MAS não fuja,
não adie, não delegue e terceirize o “amor e a educação”.
Filhos
são tesouros preciosos, mas que precisamos lapidar todos os dias.
Aproveite os filhos de pertinho, passando tempo juntos, participando do
crescimento e desenvolvimento, criando vínculo através das brincadeiras, das
conversas durante as refeições, do simples passeio rotineiro da família
(mercado, padaria, cabeleireiro), vá ao parque jogar bola, andar de bicicleta...
Ouça os filhos, faça perguntas, mostre
interesse pela vida deles!
Demonstre através da preocupação, do cuidado, da priorização o seu
amor... Converse, dê exemplos de vida contando sua história, e principalmente
não terceirize a educação e o amor.
E priorizar não é deixar os filhos mandar e viver a vida sem rédea, não
é isso... Priorizar é estar inteiro, é ser verdadeiro principalmente quando
precisar dizer Não, agora não vai dar... Não posso fazer isso, ou Não posso dar
isso agora...
Para conhecer uma pessoa é necessário conviver, andar juntos, superar e
administrar adversidades da vida e de personalidade, enfrentar juntos a
adversidades da rotina, e isso requer atenção, amor ágape que vai além do
próprio umbigo e vontade.
Não
existe fruto maduro direto na semente, tal como o amor jamais se consolida sem
o teste da convivência. (Reinaldo Ribeiro – O poeta do amor)
A vida é trabalhosa mesmo, temos trabalhos e desafios diários, e nossa
missão e compromisso é encarar! O que faz uma pessoa resiliente é a capacidade
de enfrentar e passar por diversidade, superar e aprender com as dificuldades,
porque o que não mata fortalece!
O primeiro passo para ter bons resultados é ouvir as pessoas sem
interferências, deixando as desculpas, culpas e o ego de lado um pouco...
Comece desistindo de competir, de mentir, de disputar, de comparar, de
tirar vantagem em tudo, e principalmente seja honesto (a). Honesto com você e
com as pessoas ao seu redor, assuma as responsabilidades, e coloque sempre Deus
à frente.
Não tem sucesso ou dinheiro que compense um lar destruído, com solidão,
brigas, discórdias e separação.
Acredite, toda guerra externa começou primeiramente interna, na alma, em
casa.
Não abandone esse barco da família, você é capaz, acredite!
Deus abençoe as famílias!
Beijos
Ju.