18 julho 2019

Vida corrida! E a maternidade como fica?



Eu tenho evitado essa frase que fala sobre “vida corrida”, porque temos sim muitos compromissos no dia, mas eu procuro seguir o fluxo da demanda, sem atropelar ou brigar com as pessoas, quando as coisas saem do eixo, e na verdade “como saem”... Filhos ficam doente, acidentes acontecem, imprevistos, desemprego, gastos fora do orçamento, morte, doença na família, enfim, a todo o tempo estamos parando e retomando...

Criamos muitas expectativas, muitas ilusões na mente, fantasiamos situações, e quando as coisas não saem conforme o planejado vem à frustração...

Eu acredito que tudo está ligado e interligado, e quando a gente desperta para esse consciente, mesmo o ritmo sendo acelerado e complexo, começa a se ajustar no fluxo da vida...

Os seres humanos não nasceram para ser sozinhos, todos precisa de companhia, direção, apoio, força, atenção, mas isso é uma construção diária que vem sendo ignorada e substituída pelas “redes sociais, amor próprio e falta de tempo”.

A vaidade tem sido o carro chefe do chamado “amor próprio”, com isso vem à falta de tempo e o ego inflado.
É mais importante parecer ter alguma coisa, do que ser uma pessoa íntegra, original, com imperfeições, porém sem máscaras...

Vejo pessoas que são verdadeiros monstros em casa, ou são pessoas mudas com a família, porém, com amigos ou no trabalho são as pessoas mais simpáticas e amorosas do mundo. Como isso é possível?
Vejo pessoas descartando idosos, amigos, casamentos, filhos, quando não convém, e trocam tudo como se nada tivesse conseqüência. Onde vamos parar assim?

Realmente, tem algo errado no dias de hoje, porque as pessoas estão invertendo valores, usando máscaras, maquiando as dores, amando as coisas e descartando pessoas.

Tudo está separado, porém tudo está ligado no fluxo da energia da vida, então eu entendo que não dá para ignorar uma situação difícil, um problema, algum acontecimento e fingir que nada está acontecendo, não dá! Cedo ou tarde essa conta vai chegar para pagar...

Se a gente não encarar os enfrentamentos da vida com honestidade, sem máscaras, tudo voltará cedo ou tarde. A maternidade, o casamento, os filhos, o trabalho, tudo está ligado, e se um adoece ou é pouco cuidado, todos sentem!

É necessário se conscientizar dos nossos compromissos, responsabilidade e escolhas!

Em Eclesiastes (1:1-18) Deus diz que tudo é vaidade, e que tudo passa como o vento... Uma geração passa e a outra vem, e que proveito tem o homem de todo trabalho debaixo do sol?

- Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá. (Jô 1:21)
- Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. (I Timóteo 6:7)
- Porque, onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração. (Mateus 6.21)

Precisamos tirar as máscaras, resgatar os bons costumes e buscar a sabedoria em Deus! Amar as pessoas e usufruir das coisas, e não o contrário.

Se tudo é vaidade, e nada tem proveito, para que correr ou separar a vida em partes, se tudo está ligado?
O segredo então é cuidar (amar), é servir uns aos outros com amor, se dedicar à família, as pessoas que estão próximas, “porque quando fazemos ao próximo estamos fazendo para nós também”!

Percebo que para tudo no mundo tem o seu tempo, então não precisamos correr, se desesperar por coisas, brigar, questionar, mas podemos sim fazer com amor o que for importante e essencial em cada fase, e aproveitar o momento... Porque tudo é passageiro, e na hora da morte ninguém lembra de coisas, mas sim da dedicação, dos momentos de alegria e companheirismo...

O post de hoje é uma participação da Blogagem Coletiva "Na Casa da Vizinha", das amigas Cris Philene e Te Nolasco.

Beijos doces,
Até a próxima,
Ju.


12 julho 2019

Guardiões dos filhos, guardiões do futuro!



Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida. (Provérbios 4:23)

Guardar o coração eu acredito que seja filtrar todas as influências que chegam até a gente, segundo os ensinamentos de Deus.
Por isso “os pais são os guardiões dos filhos”, porque diante da imaturidade e pouca idade, não tem discernimento para compreender os caminhos e as intenções do coração. E o papel dos pais é orientar, encorajar, ajudar os filhos a compreender todos os desejos, sentimentos, emoções, pensamentos, caminhos, sejam bons ou ruins.

Do nascimento até os primeiros 10 anos de vida dos filhos, a personalidade vai sendo formada pelo que ouve, vê e sente através da convivência, o exemplo, os cuidados (ou a falta), o amor, e toda a referencia dos pais é fundamental. E tudo isso engloba a educação, paciência, atenção, carinho, respeito, empatia...

A “atenção e percepção dos pais” nas atitudes e comportamentos dos filhos, podem ajudar a conduzir e passar pelos enfrentamentos diários da vida, da melhor forma possível...

Tudo que os filhos ouvem e vê nos ambientes de convivência, formam as crianças.
Dizem que até a vida ainda no útero, durante a formação, tem um peso que não pode ser mensurado, mas é sentido e ouvido pelo bebe.

E nosso principal papel e desafio da vida, é conduzir, guiar e orientar os filhos, nessa jornada de uma boa convivência interna e externa, ou seja, com seu próprio eu (sentimentos, pensamentos, coração) e com os outros...

É um desafio diário, porque o principal exemplo é o comportamento dos pais, ou seja, se desejamos filhos pacientes, respeitosos, empáticos, precisamos observar o nosso comportamento em primeiro lugar!

Nosso papel é ensinar através do nosso comportamento a: gentileza, empatia, perdão, ética, cidadania, modo de agir, falar, comportamento, integração familiar, amor, compreensão dos sentimentos bons e ruins (como florescem), tudo isso através dos laços de amor, do diálogo diário, do exemplo, etc.

Essa primeira fase da vida da criança é a base, o alicerce sendo formado, uma construção diária na formação do “Ser”.

Na segunda fase dos 11 aos 20 anos os filhos vão seguir crescendo, colocando no mundo seus “desejos e escolhas”, e os pais seguem acompanhando e relembrando sempre que necessária à educação base, os valores praticados, e principalmente reforçando e refinando os limites porque aqui os filhos já estão em outra fase.

Nessa fase é à hora do pai e da mãe reforçar os limites, dizer Não sempre que necessário, relembrar os valores, porque a televisão, as amizades e as redes sociais são guias e interferências muito fortes... E se não houve essa base forte no início, fica difícil ser exemplo e referência depois, e às vezes a briga é acirrada. É muito importante os pais começarem a falar sobre “plantar e colher”, “toda ação terá uma reação de volta”... E podemos sempre dar nossos exemplos de vida, conversar bastante com os filhos, mesmo parecendo ser aqueles pais caretas (risos), faz parte! Essa fase é de muita descoberta e precisamos ter esse olhar atento e também muita paciência, porque tem muita “novidade” e é preciso sabedoria, para juntos dos filhos verem o que é possível e aceitável, e o que não tem como aceitar, enfim, tudo com muito amor e respeito, equilibrando os desejos e emoções.

A terceira e última fase é a partir dos 20 anos, onde os filhos serão amigos.
Vão desejar partilhar as angustias, trazem as dúvidas, compartilham os sonhos, porque seremos como amigos que os filhos poderão contar com a gente!
Não teremos o poder de escolher, mas podemos dar o velho e com conselho de pai e mãe, alertar e vibrar nessa jornada que são deles, e sempre iremos partilhar junto às dores e delícias dessa caminhada, se a gente não tentar interferir...

É sim uma trajetória longa, com muito trabalho e dedicação, na qual vamos construindo e deixando nosso legado do bem.

O papel de um guardião é guardar dos perigos na qual a inocência não permite ter conhecimento e percepção, é conduzir aos caminhos da boa e correta conduta da vida, com perseverança, paciência, amor e Deus no comando das ações.

Cuidamos do agora, e preparamos o futuro.
Eu sei, o contexto e o dia a dia são bem mais complexo que um simples texto, e sim posso afirmar que teremos muito trabalho, mas faz parte!
Um trabalho desafiador e diário, designado aos pais e que é muito gratificante, pois somos responsáveis por guiar e guardar nossos filhos. Vamos juntos nessa jornada, assumir nosso papel, sem transferir nossa responsabilidade de cada dia para terceiros, escola, templos religiosos, enfim, preparar e construir um futuro de pessoas do bem!

Esse texto eu dedico ao pai e empresário Ivan Maia Treinamentos, que inspirou esse texto (vídeo aqui), onde partilho das mesmas idéias sobre criação e educação dos filhos. Recomendo o canal, onde tem muito vídeo enriquecedor para todas as idades.

Beijos doces,
Até a próxima.
Jú.