23 fevereiro 2018

Porque o comportamento dos filhos pequenos muda, quando os pais chegam?


Porque o comportamento dos filhos pequenos muda, quando os pais chegam?

Quando os pais chegam os filhos mudam!
Quem nunca ouviu essa frase, de que quando a gente (pai, mãe ou ambos) chega ao ambiente o (a) filho (a) muda completamente o comportamento?

Ou a frase do tipo:
- Seu filho é de um jeito quando você não está, mas quando você chega muda totalmente.

Se você já ouviu essas frases tenho boas notícias, fique calma (o), não é um comportamento tão ruim assim quanto à gente pensa.

Especialistas afirmam que na verdade os filhos têm essa reação ao verem os pais (ou quando os pais chegam ao ambiente que a criança está), porque sabem que estão seguros com a nossa presença. Somos o “porto seguro” dos filhos e eles podem relaxar e demonstrar o que estão realmente sentindo naquele momento.

E a gente como pais precisamos compreender que não se trata de manha ou de frescura, e sim de uma confiança na qual os filhos têm e perceberam que podem ter com a gente... Por isso “em alguns momentos os filhos mudam totalmente o comportamento”, após a nossa entrada no ambiente em que eles (ou elas) estavam.

E os filhos terem essa confiança nos pais, e perceberem que somos o porto seguro deles, é incrível, não é mesmo?

Perceber que podem confiar seus sentimentos a nós (pais), é algo fantástico, e por isso não podemos podar totalmente isso.

Não podemos e não precisamos podar os filhos, o bacana mesmo é ter a velha e boa conversa “em casa”, quando todos estiverem no ambiente tranqüilo, sem exposição dos pais e da criança, com os ânimos alinhados e em paz.

Eu entendo que às vezes as crianças demonstram esses sentimentos de uma maneira mais intensa, porém não se culpe, não brigue ou se irrite, apenas olhe com um olhar de compreensão, amor e empatia e acolha os filhos conforme as necessidades do momento.

Atenção, também não se trata de os pais realizarem tudo que a criança deseja por isso tem comportamentos diferentes em ambientes diferentes... É uma questão de cumplicidade, que faz com que a criança extravase quando encontra os pais...


Na verdade é uma relação de confiança, de amizade, de inteireza que tem por vocês (nós pais), que a criança se sente a vontade de ser pura, intensa, inteira, verdadeira com seus sentimentos e com quem confia!

A gente esquece que os filhos têm sentimentos e por vezes são ou podem ser pessoas, totalmente diferentes de nós.
Às vezes aquilo que oferecemos para os filhos é diferente do que esperam ou desejam, e por isso manifestam suas insatisfações, frustrações, chateações, etc.

Por isso a importância de não tratar com indiferença os sentimentos dos filhos, ouvirem o que pensam e sentem é importante nessa construção de empatia, confiança, amor, respeito.

Ouça os filhos, dê espaço para o diálogo e depois compartilhe como funciona a rotina da casa, porque isso ou aquilo acontece, ou seja, faça a criança participar e compreender basicamente como tudo acontece.

A criança não tem obrigação de entender tudo, mesmo o óbvio, por isso a conversa é sempre o melhor caminho, porque quando a gente simplesmente leva a criança para lá e para cá, ela também se sente angustiada desejando entender e manifestar seus sentimentos...

São crianças, mas tem sentimentos e desejam ser ouvidas também.

Em breve vou trazer um vídeo falando mais sobre esse assunto que é muito interessante e pode ajudar muitas famílias.
Um beijo grande,
Jú.

20 fevereiro 2018

Ensino fundamental. Nova etapa, hora de se organizar.



O primeiro ano ainda fazia parte da grade infantil.
A partir do segundo ano tudo é diferente literalmente.

Pouco parque e diversão, muito aprendizado e estudo, e é chegada a hora de aprender sobre organização.

Do segundo ao quinto ano é “Fundamental I” e do sexto ao nono ano é “Fundamental II”.

São muitas mudanças e a melhor coisa a fazer é aprender tudo sobre as novas mudanças, e junto com os filhos identificar e administrar diariamente essas mudanças na rotina.

No começo não tem jeito, os pais vão cobrar, perguntar, fazer junto, verificar se está certo diariamente... Isso tudo faz parte, porque é um processo continuo e constante, que precisa de paciência e consistência.

Mudanças:

- Agora as crianças podem comprar livremente na cantina, então precisa orientar sobre o dinheiro e a alimentação adequada e saudável na escola. A lancheira pode continuar normalmente.

- Todos os dias terão aulas diferentes. Então a criança precisa aprender a criar o hábito de todos os dias verificarem a grade de horários e ver qual matéria é a do dia, para colocar os livros corretos na mochila e retirar os livros e matérias que não vão usar. Verificar qual lição é para o dia seguinte e qual lição é somente para a próxima aula da matéria. É Organização” mesmo!

- A mochila já não tem mais condição de ser de costas, devido ao número de livros e cadernos. Fiz um post com algumas sugestões de voltas as aulas aqui.

- Nas aulas de ciências terão de usar jaleco, e tem outras exigências para evitar acidentes. Caso as orientações não sejam cumpridas, as crianças não participam da aula.

- Se tirar férias no período de aula, terão que arcar com faltas e acumulo de lição de casa após retorno das férias.

- Se perder prova sem justificativa médica (por exemplo), terá que pagar para ter uma nova prova.

- Esse ano literalmente terá notas, faltas e provas, ou seja, evite faltar a não ser quando estiver realmente doente.

- Os livros de leitura começam a aumentar de tamanho.

- Na biblioteca da escola agora tem carteirinha, ou seja, se atrasar a devolução do livro paga multa. Nós nunca atrasamos os empréstimos do ano passado, mas a partir do segundo ano tem essas regras para seguir e cumprir.

- Se atrasar para chegar à escola, dependendo do horário perde a primeira aula.

Citei algumas mudanças mais significativas na rotina, que requer atenção, adaptação e organização, mas com certeza tem muito mais mudanças, a cada ano que passa, em vários sentidos...rs

São várias mudanças que precisamos ensinar e ajudar os filhos adaptar na vida e na rotina, explicar e todos os dias acompanhar essa organização diária, para futuramente praticarem sozinhos.

Lógico que é um trabalho de formiguinha, por exemplo, esse ano eu vou acompanhar, orientar e observar diariamente o Vitor. Vamos fazer juntos, vamos descobrir qual a melhor rotina de horário para se organizar e poder aproveitar o tempo livre, para no futuro ser algo automático, sem estresse e cobranças...

Tudo na vida é conversa, é ensinar sobre ações e conseqüências, é ensinar sobre escolhas, caminhos...

Essa organização escolar é uma base para uma organização de outras coisas como, brinquedos, roupas, horários, esportes, compromissos, trabalho (futuramente)...

Esse é o nosso papel como pais, orientar, dar o suporte, mostrar as opções, caminhos, responsabilidades, compromissos e conseqüências das escolhas...  

É isso ai, borá seguir em frente para mais uma etapa, novos desafios.
Beijos e até a próxima.
Ju

16 fevereiro 2018

Livro Mudar Faz Bem – Regina Volpato.


Mudar Faz Bem.

Concordo plenamente com o título que a Regina Volpato escolheu para compor seu livro, porque mudar faz bem sim, principalmente as mudanças que começam de dentro para fora, do interior para o externo.

Recomendo muito o livro porque é uma leitura leve e a gente lê muito rápido de tão boa que é a leitura. Já faz um tempinho que terminei a leitura, mas faltou tempo para sentar e escrever um pouquinho sobre o livro, citar alguns trechos...

Mudar faz bem, mas nem sempre é assim que as pessoas recebem ou aceitam as mudanças em suas vidas, não é verdade?

O que poucas pessoas não se deram conta é que não estamos com o controle remoto da vida em nossas mãos sempre, por isso dificilmente aceitam as mudanças em suas vidas...

Mudar de opinião, de casa, de cidade, de emprego, de namorado, de rotina, de curso, de crença, entre outros assuntos, para muitas pessoas é uma tormenta, porém esquecem que mudar não é sinal de perda, erro ou fraqueza, e sim conseqüências de outros resultados, desejos, ou simplesmente algo inevitável que foge do nosso querer ou vontade...

Trechos do livro:

- Descomplicar não é sinônimo de abrir mão, de deixar para depois. Pelo contrário, é facilitar, simplificar o andamento da vida. (pg. 203)
-A auto-observação e a análise do ambiente ao meu redor, ajudam a moldar as minhas atitudes... (pg. 203)

- O imprevisível, a surpresa, o que acontece sem meu aval, sem meu planejamento, é a cereja do bolo da vida. É daí que vem o amor, a surpresa boa, a energia criativa. 
... Eu me flexibilizei com o tempo. E só tive ganhos com essa mudança de atitude. (pg. 51)

- Tudo tem seu próprio tempo. A energia, a vida e a inspiração não se rendem a minha vontade. Elas aparecem. Brotam. Muitas vezes, a idéia criativa surge depois de um período em que fiquei sem fazer nada.
... O passeio que faço com as cachorras, a volta no parque, a caminhada na praia... Tudo é produtivo! (pg. 49)

Eu me vi em várias páginas e trechos do livro da Regina Volpato, vivendo e revivendo muitas situações e transformações como ela descreve em seu livro, para alcançar a paz que busco todos os dias.

Essa mudança interna por vezes dói, expõe, coloca a gente a prova de nós mesmos, tendo que enfrentar nossos medos e monstros... Nem sempre é tão fácil e simples mudar, mas resistir e persistir nem sempre é o melhor caminho...  

Finalizo esse post com um belo ensinamento e reflexão da Bíblia: Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. (Eclesiastes 11.5)

Essa foi à dica de mais uma leitura bacana que fiz e quero recomendar.

Esse livro eu comprei na pré-venda, porque sou fá do trabalho da Regina.
Além do livro quero recomendar o canal no Youtube da Regina Volpato, que tem vídeos maravilhosos, assiste lá.
Amo os quadros “Repensando e Prazer, Eu sou!”, entre outros quadros e vídeos... Apesar de o canal ter dado uma pausa, tem bastante vídeo incrível...
Espero que tenham gostado, beijos e até a próxima.
Jú.

09 fevereiro 2018

A rebeldia pode ser um sinal de que falta empatia!



A rebeldia dos filhos pode ser um sinal de alerta dizendo: estou aqui, me olhe, escute meus sinais e desejos, eu também sou um SER com desejos e particularidades, escute, compreenda, respeite.

Os filhos precisam de intervenção, de percepção e ação positiva dos pais, os filhos precisam de modelo!

Por trás da rebeldia, do enfrentamento, comportamentos de birras ou contrariedade, sempre existem um pedido de socorro, um sinal de alerta piscando de tempos em tempos... É preciso literalmente parar, olhar com os olhos do coração para entender a necessidade dos filhos.

Somente quando paramos para ouvir, identificamos os sinais e compreendemos as necessidades, e assim podemos agir e acolher...

Na maioria das vezes, precisamos identificar o que não está sendo dito.

A raiva, o descontrole, o castigo, quando os filhos não respondem ou correspondem aos comandos, às regras, só piora a interação entre pais e filhos.

Muitas vezes precisamos ouvir e perceber o que não está sendo falado com palavras. Observar o que está acontecendo conforme as ações ou perguntar diretamente (dependendo da idade) o que está acontecendo, o que a criança ou o jovem está sentindo por estar tendo certas ações e reações.

Essa conversa precisa transmitir acolhimento, empatia, compaixão, atenção total, então escolha um momento tranqüilo, sem interferências externas como TV e celular, e procure escutar atentamente, principalmente com o coração e sem interrupções, até que a conversa comece a fluir e os sentimentos compartilhados.

É preciso estar de corpo inteiro para compreender, para sentir e desvendar aquilo que nem sempre está sendo dito com palavras, é preciso estar atenta porque a necessidade por vezes é tão básica, tão simples, que os pais não se dão conta, como preparar uma refeição para o filho (a), estar presente em uma apresentação ou reunião da escola, ajudar na lição de casa, buscar na saída da escola, dar mais atenção devido o falecimento do bichinho de estimação...

São pequenos detalhes que na verdade de pequenos não tem nada!

São história e lembrança sendo construída nessa jornada de amor, de família, de valores, de importância sendo depositada nos pequenos gestos e atitudes dos pais.

Bater, gritar, colocar de castigo, agir de forma agressiva aos comportamentos rebeldes dos filhos, só piora a situação.

Experimente dar um abraço forte e demorado, dizer e afirmar que entende o que o filho ou filha está passando naquele momento, como um sinal de acolhimento, e convide os filhos para fazer algo junto, tomar um sorvete, brincar com o jogo favorito juntos, enfim, faça algo bom juntos.
Tente reverter à situação, a provocação, a rebeldia com atenção, carinho, uma boa dose diária de tempo de lazer juntos, que toda a euforia, todo o estresse, toda a ansiedade muda para dias harmoniosos em família.

Um mau comportamento dos filhos, geralmente é a única forma de chamar a atenção dos pais, de receber seu olhar e suas palavras durante o dia. Triste essa situação, porém muito comum.

Os filhos precisam de empatia dos pais, de acolhimento as suas necessidades em cada fase da vida, de um direcionamento amoroso, para se sentirem amados e automaticamente seguros.

Não basta dizer eu te amo, sou sua mãe é obvio que te amo.
É preciso mais que isso, é preciso demonstrar com afeto, atenção, na hora de conversar, de agir...

Para que a criança mude seu comportamento, os pais precisam muitas vezes mudar suas atitudes!

Quando damos amor, ele volta, como um ciclo.
Pense nisso!
Beijos e até a próxima.
Jú.