Faz pouco tempo, meus pais mudaram para Minas Gerais, em uma cidade
pequena chamada “Nova Serrana”.
Meu pai recebeu uma proposta para trabalhar em Minas e resolveu
aceitar... Foi ai que ele e minha mãe decidiram mudar para lá.
Minha mãe veio para São Paulo passear, nesse feriado da paixão de Cristo,
e ai aproveitamos a volta dela para Minas, para acompanhá-la, matar ainda mais
a saudade e conhecer um pouquinho da cidade.
Nós já sabíamos que a vovó Betinha ainda estava sem TV a cabo, telefone
e internet, mas isso não foi empecilho para a gente passear, brincar e se
divertir muito.
Não precisamos de eletrônicos para se divertir, precisamos de
criatividade para brincar e inventar nossas brincadeiras.
E assim foi um pouquinho das nossas brincadeiras.
Brincamos de:
Esconde-esconde e o Vitinho estava batendo cara.
Rasgar papel;
Pintura;
Pirata.
O “x” feito com dois pedaços de pau, era a representação de onde estava enterrado o tesouro, o
rodo usamos para cavar (como se fosse a pá) e a caixa de pregadores era o baú
do tesouro;
Com seus bonecos;
A vovó fez dois sacos de Box, com pano velho dentro, para o Vitinho
brincar.
Um ela fez com um saco plástico, mas depois rasgou.... O outro fez com
pano de saco e encheu de pano velho sem uso.
Ficou ótimo e o Vitinho brincou muito...rs
Como ele adora luta, ficou perfeito os sacos de Box, feito e improvisado
pela vovó Betinha.
Fez uma luva de pano.
Ficamos admirando por horas o tempo, o céu, e tudo que era de curioso que
passava pelas ruas.
O Vitinho gostou de passear pela cidade, no meio da rua.
É novo e curioso para ele, pois aqui em São Paulo , nunca na vida
que poderíamos andar e caminhar pelo meio da rua, mas lá em Minas, em uma
cidade pacata como a Nova Serrana, podemos fazer essa caminha pela rua, pois o
movimento de carros durante a semana é baixo.
Brincamos de correr da cachorrinha Tica.
A Tiquinha adora crianças, brincar, e correr é a maior diversão dela...
Brincou tanto de correr atrás da gente que ficou até cansada...rs
Aprendeu com a vovó sobre a costura e sua máquina.
Também brincamos de bola, luta de espada com cabos de madeira
improvisados e muito mais.
Foram 5 dias de muita brincadeira, diversão, improvisos de brincadeiras e
sem os famosos eletrônicos da nossa geração.
Levamos alguns DVDs para assistir nas horas vagas, mas brincar foi a
nossa prioridade. Em cima da casa da minha mãe tem uma laje que pega a casa
toda, o que foi a maior diversão para correr, brincar, rolar o tempo todo.
Casa de vovó é sinônimo de infância feliz, de brincadeiras, de alegria, de diversão com
as coisas simples da vida.
Por isso o título é “Cultivando as boas recordações e brincadeiras de
infância, na casa da vovó”, porque lá temos a oportunidade de brincar, se
sujar, trazer à tona as brincadeiras antigas, tradicionais, deixando um pouco
os eletrônicos do dia a dia. E essas brincadeiras serão preciosas recordações
de uma infância feliz, diferenciada do cotidiano.
Acho "importante e fundamental" a gente saber preservar as essências das
coisas, da vida...
Não acho “certo e justo” os mais velhos, os avós serem obrigados a
inserirem os eletrônicos, a internet para agradar ou ser um “chama ris” dos
netos em sua casa.
Por isso fiz questão de visitar minha mãe e aproveitar sua presença para
brincar.
Quero incentivar meu filho a gostar das pessoas e dos lugares mesmo sem
a presença de internet, jogos eletrônicos, etc.
O que importa são as pessoas, e não o que elas tem para nos oferecer,
suas acomodações, etc.
E ainda tive a maravilhosa surpresa de reencontrar pessoas queridas, que
fizeram parte da minha infância feliz.
Foi um passeio maravilhoso, que ficará em nossas memórias para sempre.
E se o Vitor gostou?
Olha a carinha de feliz dele.