31 outubro 2013

Culpada por ter largado o trabalho para ficar em casa com os filhos?


Esse é a tema do “Culpa, Não”, do mês de outubro (2013), da Revista Pais & Filhos.
Mães que trabalham fora, sentem alguma culpa pelo pouco tempo com os filhos, porém, as mães que param de trabalhar fora, também podem sentir alguma culpa...

Várias mães enviaram o seu depoimento para a revista, assim como eu, e eu fiquei super feliz em perceber, que não estou sozinha nessa jornada de mãe em tempo integral com os filhos, de incertezas, principalmente do que se diz respeito ao futuro....

O grande motivo para eu parar de trabalhar fora e se dedicar para casa e família, é meu filho.
Sou pós-graduada, com carreira profissional na área de “processos e auditoria”, porém paralisada para seguir o coração e cuidar do meu bem maior, “filho e família”. Vem conferir meu depoimento enviado para a revista. 

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Antes de encerrar, quero compartilhar um pequeno trecho do depoimento de uma mãe, que chamou muito a minha atenção.
Copiei abaixo um pedacinho do relato dela:

Minha filha sempre amou a escola e nunca reclamou de ter que ficar lá. Na verdade, tenho que admitir que eu sentia mais a falta dela do que ela de mim! Ela não sentia a minha falta! E a gente não sente mesmo falta do que nunca teve. E era assim que eu me sentia: totalmente ausente da vida da minha filha. Ela estava crescendo e eu só podia acompanhar este crescimento nos finais de semana. E se existe uma coisa que nunca volta, é o tempo!

Achei muito lindo e importante, o comentário dessa mãe. Porque apesar do tempo escasso com a filha, ela tem consciência do tempo que não volta, da falta que um tempo de qualidade com a filha, faz para ambas (mãe e filha), porém a filha não sente aquilo que não tem...
Tem crianças que se acostumam com aquela rotina diária e não sentem mesmo falta, daquilo que nunca teve.
E o tempo, então?
Ah...
Esse não volta nunca mais...

Um beijo.
Mãe Sem Fronteiras

27 outubro 2013

Acontecimentos da infância que guardamos na memória para toda vida. Interessante, não acha?

Os acontecimentos e histórias começam a ser guardados “na mente das crianças” a partir dos 4 ou 5 anos de idade, antes disso, o cérebro ainda não estaria pronto para gravar memórias para a vida inteira.

Do nascimento até os 4 anos de idade a criança desenvolve “técnicas de sobrevivência e de aprendizagem constante”, por exemplo:
O recém nascido “geralmente” chora para expressar sua fome, frio, calor, dor.
Depois a criança vai aprender a andar, falar, se expressar conforme sua faixa etária e os estímulos dados a elas.

Aos poucos, com muita paciência, as crianças vão aprendendo as regras de sociedade e de comportamento, que se iniciam desde sempre, visualizando e aprendendo a partir de nossas atitudes.
A partir dos 2 anos, um pouco menos ou um pouco mais, a criança desenvolve a fase do egocentrismo, onde precisa de muita orientação e paciência dos adultos, para ajudá-la a aprender a dividir e explorar todo o universo que está em sua volta.
É também a fase do “eu quero”, as manhas, as birras, etc.
As crianças até os 4 ou 5 anos de idade, estão nessa descoberta do ser “eu”, nós, vós, eles.
É a fase da criança, no mundo e o seu contexto, nessa descoberta diária da vida.

A articulação entre os diferentes níveis de desenvolvimento (motor, afetivo e cognitivo) não se dá de uma forma isolada, mas sim de uma forma simultânea e integrada.

"O afeto, o amor, carinho e ensino" dado a criança desde o seu nascimento até os 4 anos de idade, não é lembrado na adolescência ou vida adulta, mas é claramente apresentado pela criança em seu comportamento "da infância até a vida adulta".

Tem pessoas que dizem lembrar de alguns momentos da infância, antes dos 4 ou 5 anos de idade. São como alguns "fleches", guardados em suas memórias para a vida toda.
São sentimentos (bons, alegres, ruins, de medo, traumas), que ficam guardados em sua memória para sempre.

Alguns detalhes importantes, que faz toda diferença na vida das crianças.

Acho importantíssimo “saber e ter consciência” de quem são os cuidadores das crianças, as companhias de amigos vizinhos e amigos da escola, quem são as professoras.

Pais, que não são tão presentes na vida dos filhos, precisam reservar em suas agendas, datas para curtir momentos especiais com os filhos.

Pais, as crianças precisam de sua presença “e não de presentes”.

E o fundamental, que os pais precisam aprender, “é escutar seus filhos”.
E muitas das vezes, os filhos têm muitas coisas para dizer não só com a boca, mas também com seus gestos e jeito de ser.

Não deixe de perguntar para o seu filho, como foi o dia dele na escola.
Procure sempre saber, como anda o desenvolvimento do seu filho na escola, perguntando para os professores.
Fale para seu filho (a) trazer amigos da escola para você descobrir como ele é em sociedade, se sabe dividir, conversar, se expressar, se é uma criança feliz ou está sofrendo algum bullying.

Todos esses pequenos detalhes ditos acima ajudarão seu filho (a) crescer uma criança feliz, com ótimas lembranças de pais preocupados com eles (elas) e dispostos a sanar suas dúvidas.

Importante: Quando os pais não são presentes na vida de seus filhos, isso fica uma marca registrada em sua memória para sempre, e mais...
Pais ausentes, "dão a chance" desse vazio ser preenchido por coisas e acontecimentos ruins, que também farão parte das recordações de seus filhos, como más influências de amigos, acidentes que poderiam ser prevenidos, etc.

Eu sempre fui muito feliz, mas sempre senti muita falta da presença dos meus pais no dia a dia, principalmente da minha mãe.
Quem cuidou de mim, foi minha avó paterna e minha tia/madrinha Luzia.
Minha mãe sempre precisou trabalhar, e o pior?
Precisa trabalhar até hoje.

Por isso, não condeno e julgo a minha mãe (Maria Elisabete), jamais.
Foi e é uma guerreira, uma mulher que trabalha até hoje para ajudar a família.
Admiro e amo muito a minha mãe e entendo muito bem as mulheres que precisam ou simplesmente querem trabalhar fora.

Mas o recado aqui é:
- Não deixe de estar “presentes” na vida de seus filhos e observar seu crescimento, suas necessidades de criança.

- Faça parte dessa recordação gostosa, da infância de seus filhos, que ficarão na memória deles para sempre.

Cuidar e brincar com seus filhos, não é perder tempo ou jogar o tempo fora, é acrescentar momentos e sentimentos bons na vida deles.

É por isso que hoje escolhi esse trabalho árduo, sem salário fixo, sem recompensas físicas e moral, sem diplomas e méritos, sem ouvir “parabéns Senhora Juliana”, seu trabalho está excelente, terá aumento de cargo e salário...
Troquei tudo isso e muito mais, “simplesmente para ser mãe”.

Ser mãe é um trabalho injusto, porque não em tem salário, é intangível, é menosprezado e mal visto nos dias de hoje, é pouco aplausível, posso dizer até sazonal, porque chegará um dia, que ele será pouco importante, na vida adulta “vamos dizer assim”.
Porque um adulto é responsável pelas suas atitudes, já uma criança é responsabilidade dos pais.
O amor e preocupação de mãe nunca acabam, mas os cuidados, com o passar dos anos vão mudando, e posso afirmar que até diminuindo, até o filho (a) seguir sua vida, seu rumo e cuidar de si mesmo.

Quero dividir com vocês “alguns” momentos marcantes da minha infância.

Lembro não muito claramente, meu pai me levando aos domingos, nos chamados por mim “bar de balas”.
Na minha época de criança, não havia mercados, shoppings, açougues, laticínios, abertos aos domingos. (Nem parece que isso é possível, mas antes era assim. De domingo só padaria e bar abriam). Sessão nostalgia geral (risos).
Sou do ano de 79, e quem nasceu antes dessa época ou um pouco depois saberá do que eu estou dizendo.
E na verdade não existe “bar de balas”, chamamos assim (eu e meu pai), para justificar a ida de uma criança ao “bar”.
Amo balas e lembro só daqueles baleiros de três andares, com várias bocas cheias de balas, aquelas balas de hortelã embrulhadas com papel verde, “que eu nunca gostei”.
Também tinham chupetas nos baleiros.
Quem se lembra dessa época?
Achei uma foto na internet do baleiro.


Lembro dos bolinhos de chuva da minha avó paterna.
Era assim, chá da tarde com bolinho de chuva salgado e bolinho de chuva doce.
Gostava quando os bolinhos faziam aquelas pontinhas cumpridas, como um galho de árvore.
Essa foto sou eu e minha avó, que deixa muita saudade.


Já a casa da minha avó materna, era no interior de Astorga, no Paraná.
Era diferente, porque era no sítio, não tinha luz elétrica, o banheiro era um pouco distante da casa.
Aqueles animais de criação, plantas, matos, rios, "os pães feitos no forno à lenha", boas lembranças.
O que me encantava era o processo de fazer as malas, pegar um ônibus de viagem e viajar por 8 horas, até chegar no destino.
Eu saia do meu convívio diário e sempre tinha coisas novas, lugares e pessoas diferentes para fazer amizade, os tios e primos da região.
Essa sou eu no sítio.


 Eu e minha mãe no sítio. Atrás de mim, acho que é minha tia Jussara.


O momento marcante com os meus pais era as idas ao "Museu do Ipiranga" e na "Cidade das Crianças de São Caetano do Sul".
Eram os momentos de alegria, diversão e brincadeiras.
Nessa foto sou eu e meu primo Rogério na Cidade das Crianças. Aquele bebezinho fofo é meu irmão Cristiano, sendo segurado pela minha mãe.


Outro momento marcante eram as festas de aniversário feitos em casa e as festas de final de ano.
As festas de fim de ano eram na casa da minha avó paterna, e depois passou a ser na minha tia Dalva e tio Roberto.
A casa sempre cheia, com toda família feliz, trocando presentes, pelo menos “era assim que eu via”.


Um dia desses atrás, durante uma festa de criança, comentei com o meu primo Eduardo, "que eu gostava muito das festas de crianças" (da minha infância), quando eram feitas em casa.
A gente se divertia muito.
Fiz esse comentário com meu primo, porque hoje em dia, as festas de criança são geralmente em Buffet infantil. Dificilmente os pais fazem a festa em casa, como antigamente.

E o meu primo Eduardo me respondeu assim, logo após o comentário que fiz para ele:
- Você gostava daquelas festas cheias de brigas!?

Na hora fiquei sem reação, mas depois cheguei a conclusão que os adultos brigam sim, mas o correto é fazer isso longe das crianças, porque elas percebem tudo.
Como eu sou uns 10 anos mais nova que o meu primo Eduardo, nunca percebi nenhuma briga dos adultos. Imagino que ele sendo mais velho que eu, percebia tudo e teve essa lembrança ruim de infância, ou seja, adultos brigando em festas de aniversário de criança.
Ainda bem que eu nunca percebi as brigas, mas isso fica de “alerta” para os adultos
Brigas devem ser evitadas, ou em último caso, sair de perto das crianças.

Quando eu tinha 5 anos e 10 meses de idade, nasceu meu irmão.
Lembro claramente de alguns familiares na sala da minha avó paterna, esperando a notícia do nascimento do meu irmão, isso em 1985.
Nessa época, poucas pessoas tinham acesso como hoje, para saber o sexo do bebê, antes do nascimento.
Lembro da ligação.
Não lembro quem atendeu telefone, nada disso, desses detalhes. Só me lembro da notícia assim:
(Tipo um grito de gol, uma comemoração de copa do mundo).
- Nasceu. É um “menino”.
Na mesma hora eu comecei a chorar e os meus primos Rogério e Marcelo começaram a dar risada da minha cara, porque era um menino e não uma menina que eu tanto esperava.
Enquanto toda família comemorava feliz, a chegada do meu irmão, eu estava chorando, triste pelo fato de não ser uma menina (pura bobagem de criança).

Essa foi a melhor notícia da minha vida, ter ganhado um irmão.
Mas o fato de ser um menino, tinha sido uma notícia ruim para mim, na época.
Olha a cabeça de uma criança?
“E observe o despreparo dos adultos”, em não perceber minha falta de noção de que “tanto faz”, ser um menino ou uma menina.

Quando a criança não tem quem a observe (pais ou algum adulto), e sane suas dúvidas, seus anseios, oriente quanto as suas dúvidas, ela (ou ele) cria seu próprio mundo, suas próprias conclusões.

A foto abaixo é assim: da esquerda para a direita tem meu primo Eduardo (que lembra das brigas em festas), depois eu, meus primos Rogério e Marcelo (que brincava comigo, mas também me batia) e meu irmão Cristiano. 

Após os 6 anos de idade, eu tive várias recordações importantes, de brincadeiras na rua, com primos e amigos. Foi uma infância de recordações maravilhosas.

Essa é “um pouco da minha infância”, que impulsionou minha vida como ela é hoje.
Foram belas e difíceis situações e recordações da infância que me levaram a ser uma mãe em tempo integral, hoje.
É por isso, que nasceu a “Mãe Sem Fronteiras”.

Inclusive, o próximo post será: Como nasceu a Mãe Sem Fronteiras.
Essa infância boa e também difícil é o que me motiva hoje, em ficar em casa, se dedicando a casa e família.

Mas antes de finalizar, quero mencionar um acontecimento muito importante, na minha infância.
Foi um aprendizado que levo para a vida toda.
Mas vou deixar para contar em um texto específico, porque merece uma atenção especial.
Será o post: Professor, nunca desista de seus alunos.
Neste post, vou contar uma recordação muito importante da minha infância, inspirada em um ensinamento de “professor”.

Bom, não dá para colocar todas as recordações boas ou ruins, porque esse não é o objetivo aqui.

O objetivo é levar você, leitores do blog, a fazer uma retrospectiva da sua vida na infância.
Como foi sua infância, quais as dificuldades de criança e os momentos inesquecíveis dessa passagem da sua vida, tão importante?

É ajudar vocês que são pais, a não se esquecerem de seus filhos e da importância que vocês tem na vida deles.

Quando eu lembro a minha infância, eu me lembro de brincadeiras, de primos (as), de avó, de viagens ao Paraná e Mogi das Cruzes na casa da minha prima Morgana.
Eu me lembro das viagens a praia, festas, família.

E quando me lembro disso tudo, logo penso que agora é a vez do meu filho.

E “Hoje”, o que mais quero, é fazer parte da infância e recordações do meu filho.

Beijo no coração.
E...
...vejam mais algumas fotos, logo abaixo, de recordações tipo aqueles fleches, que a gente nunca esquece.

Mãe Sem Fronteiras.

Fontes:

Quando eu tinha uns 6 anos, pintei ao redor da minha boca, para fazer boca de palhaço.
Até ai, você imagina que tudo bem, pintar a boca de palhaço...
O pior é que era domingo, no dia seguinte tinha que ir a escola, e o batom da minha mãe era aqueles vermelhos 24 horas. No dia seguinte, fui para escola com a boca toda vermelha ...que dó de mim (risos).

Essa flor representa a minha infância, ainda na pré escola.
Lembro que fui ensinada a tirar o cabinho verde da flor, que saia um leitinho.


Nessa foto eu estou saia vermelha, meus primos e companheiros de infância. Da esquerda para a direita: Luciano, Marcelo e Rogério de óculos vermelho.


Nessa foto eu estou com meus primos Marcelo e Luciano.
Esse era o uniforme do colégio São Francisco Xavier.
Era inteiro de tons marrom (claro e escuro), mas eu insistia em ir para a escola com a minha meia vermelha que eu tanto amava.
Um dia tentei ir, mas minha tia Dalva fez eu voltar para a casa e trocar, porque era proibido entrar com qualquer peça que não fosse da cor do uniforme da escola.





18 outubro 2013

Meu Pé de Laranja Lima - telenovela (1998). O que podemos aprender com o garoto Zezé?

Meu Pé de Laranja Lima é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Bandeirantes.
Escrita por Ana Maria Moretzsohn e dirigida por Del Rangel e Giuseppe Oristânio, é a terceira e última versão do romance hormônimo de José Mauro de Vasconcellos para a televisão.

Teve seu primeiro capítulo exibido em 7 de dezembro de 1998, encerrando-se em 2 de abril de 1999 em 101 capítulos.


Obra baseada do livro de José Mauro de Vasconcellos, que em sua primeira foi adaptada por Ivani Ribeiro, na segunda versão usaram o texto original e nesta versão a terceira foi um remake da novela original adaptado por Ana Maria Moretzsohn.
Nesta versão realizada em 1998, a história do garoto Zezé não teve o mesmo sucesso das duas versões anteriores.

Zezé é um menino pobre de seis anos.
Inteligente, sensível e carente de um afeto que não encontra na família.
Sua mãe, Estefânia, trabalhava numa fábrica, o pai, Paulo, estava desempregado, e como tal passavam por muitas dificuldades, pelo que eram as irmãs mais velhas que tomavam conta dos mais novos; por sua vez, Zezé tomava conta do seu irmão mais novo, Luís.
O endiabrado garotinho sai pelas ruas fazendo mil travessuras. Aprende tudo sozinho, é o "descobridor das coisas".
(Fonte: WIKIPÉDIA – a enciclopédia livre) http://pt.wikipedia.org/wiki/Meu_P%C3%A9_de_Laranja_Lima_(1998)

Vamos as considerações de uma Mãe Sem Fronteiras...

O garoto Zezé de 6 anos de idade, não é uma peste ou endiabrado como dizem na telenovela.

É apenas uma criança, que solta em seu mundo, sai para passear, brincar e fazer descobertas com seu irmão menor, o Luís.
É uma criança extremamente inteligente, carente de atenção e amor da família, é muito sensível, e como toda criança, é curiosa.

Toda criança é curiosa e tem uma ânsia por mexer nas coisas novas, perguntar e se necessário for, ir até o local desejado da curiosidade...

"É um erro" dos adultos tacharem, denominar, um nome pejorativo nas crianças.
Porque futuramente essa criança levará esse mau costume de ser chamado de uma palavra negativa, como por exemplo, "peste".

Peste é doença, sinônimo de coisa ruim, calamidade, desgraça pública.

Olha quantas coisas ruins estamos dizendo de uma criança, quando falamos que ela ou ele é uma peste.

Pais, adultos e professores, isso também é uma forma de bullying, você não acha?

Associar uma criança a uma palavra tão desprezível como peste, endiabrado, ou coisas parecidas é o mesmo que inferiorizar e desprezar aquela criança, sem ao menos tentar entende - lá.
E se você assistir a novela, ou apenas leu o texto do Wikipédia logo acima, saberá claramente qual a carência do garoto Zezé, que é a falta de atenção e afeto da família.

Então você não gosta da telenovela “Meu Pé de Laranja Lima”, não indica assistir, Senhora Mãe Sem Fronteiras?
Eu gosto muito e indico assistir com toda a certeza.

Estou aqui, apenas como mãe, para mostrar algumas atitudes negativas que às vezes os adultos têm, sem perceber "talvez".

Precisamos perder esse costume que vem de uma geração antiga.
Para isso, é necessário ter consciência das atitudes e erros, para assim mudar, melhorar, repensar nossos comportamentos diante de situações adversas.

Se coloque um pouquinho, no lugar de uma criança, que tem um mundo todo para explorar e descobrir.
Se você já foi criança um dia, pode entender o que eu estou falando.
Curiosidade é diferente de desobediência.

O garoto faz sim, algumas travessuras, mas nada que mereça tal nome ruim, a ser dito a toda hora e momento.

Em um dos episódios, o garoto Zezé, viu a pilha de pratos, que lhe chamou a atenção.
Na tentativa de explorar sua curiosidade, até por falta de companhia e brinquedos, talvez, quem sabe?
Foi contar quantos pratos tinham empilhado e adivinha?
Caiu no chão e quebrou os pratos.
A irmã mais velha ficou furiosa e como de costume, “já chamou o garoto de peste” e teve a primeira atitude de sempre, querer bater no menino.

Não vou nem entrar no mérito de bater, porque ai o buraco é mais embaixo ainda, vamos ficar por enquanto só com as palavras pejorativas, que devemos observar para não fazer isso com nossos filhos, sobrinhos, netos, alunos, etc.

Todo comportamento, atitude, sempre tem um contexto, uma história por trás, vivida pela pessoa, criança, seja lá quem for.

Não devemos julgar aquilo que não sabemos ao certo o porquê acontece.

A criança, quando sai para fazer algo, ou mexer em alguma coisa, ela não sabe o perigo e risco que ela pode estar prestes a sofrer.
Cabe a nós, adultos, alertar, você não concorda?

E a realidade do garoto Zezé, é na verdade a realidade de muitas crianças.
Que os pais trabalham e não tem nenhum adulto “disposto” a ajudar essa criança nas descobertas da vida, nos conselhos de que, “isso pode ou não pode fazer ou mexer naquilo”.

Talvez essa carência do Zezé é a mesma de anos a fio, onde elas demonstram e precisam de adultos que de “afeto e atenção”, nessa longa jornada que está apenas começando, de toda a fase da infância.

O Zezé é uma ficção da telenovela, mas se você perceber existe muito “Zezés” por ai, que são mal compreendidos em suas jornadas de descobertas.

Vamos juntos, pensar melhor antes de condenar uma criança, tachando elas ou eles, de qualquer palavra ruim, sem ao menos entender melhor, o que se passa na vida delas, ok?

Para um futuro melhor, sem ofensas, bullying, palavras pejorativas...
E quem sabe, uma infância cheia de descobertas, alegria e felicidade para todas a crianças.

Aqui quem lhes fala, é uma mãe sonhadora.
Uma Mãe Sem Fronteiras para sonhar.

Um beijo,

Jú.

17 outubro 2013

Seu filho tem um Pediatra? De mãe para mãe e os conselhos e instruções de especialistas e afins.


O pediatra é “sem dúvida nenhuma”, o especialista qualificado da área da saúde, responsável por orientar pais e mães, sobre os cuidados com o bebê em tudo.

É muito importante a mãe encontrar durante a sua peregrinação gestacional, um pediatra fixo e de confiança, para ter uma ficha da criança, desde o nascimento, “se for possível” até a entrada da adolescência.
Só assim, o médico sempre terá o histórico da criança, para instruir em casos de doenças, prescrever uma medicação que a criança esteja acostumada, saberá se a criança tem alguma alergia ou alergia de alguma medicação, se a criança tem refluxo, se ela se alimenta bem ou se toma complementos, etc.

Enfim, ter um pediatra de confiança hoje em dia é o mesmo que ganhar na loteria, ou seja, muito difícil.

É verdade.
Vou contar apenas 1, dos vários casos absurdos que já escutei de mau atendimento médico infantil.

Esses dias atrás eu escutei um caso absurdo.
Eu estava passeando no parque com meu filho e minha sogra, e um Senhor, que estava com seu neto passeando também no parque, comentou que sua filha ou nora não me recordo agora (perdoa a minha memória), "perdeu a neta dele com 40 dias de vida".

Esse Senhor comentou com a gente o seguinte: que a sua neta estava com um pouco de febre e a mãe da criança levou ela no hospital da região (em São Caetano do Sul) para consultar e verificar o motivo da febre.
A mãe da criança foi orientada a “internar a bebê” para verificação da causa da febre.
Após a informação, a mãe retirou a criança do hospital que estava e levou para internar no hospital da cidade vizinha (em Santo André).
Resumindo: A criança faleceu por infecção hospitalar e a causa da febre não foi detectada. 
Pois a criança era uma bebê, e sabemos que um bebê tem pouca imunidade e a internação em hospital deve ser um recurso de extrema necessidade.

Gente, isso é um alerta.

Mães vocês precisam começar a criar o hábito, de levar a criança em um pediatra de confiança sua ou de indicação da família.

Hospital nos dá a impressão de ter como ponto primordial o “salvador de vidas”, mas por incrível que parece, os hospitais seguem protocolos e raras vezes tem autonomia de pronto atendimento.
Protocolos, no sentido de regras de triagem.
Pode perceber.
O médico não tem muita autonomia para dizer ao paciente logo de cara, qual é o problema dasqueles sintomas e depois medicar.
Não, o médico não pode fazer isso no hospital.
Todo paciente precisa passar por uma triagem.
E você sabe, febre é um sinal de alerta do tipo: corre que o caso é sério e pode piorar.

O hospital é o local correto em casos de doenças?
Sim, mas também pode ser seu inimigo mortal, pois ali estão pessoas com todos os tipos de doenças que nem imaginamos, e no caso de um bebê, por exemplo, que não tem imunidade nenhuma, até que comece a tomar suas primeiras vacinas, pode ser fatal.
Assim como foi para a bebê dessa mãe, que foi orientada a internar-la.
Essa mãe não teve culpa, apenas seguiu uma instrução, uma triagem que todo paciente quando chega ao hospital precisa passar.

Não quero te apavorar Mamãe que me lê.
Mas não é de hoje que ouço mulheres dizerem que levam seus filhos aos hospitais.
Se você tem condições, leve seus filhos ao pediatra que não seja em hospitais.
Você só tem a ganhar, pois o médico sempre terá em mãos o histórico do seu filho (a).

Quando a mãe leva a criança desde bebê, em um único pediatra, o mesmo terá uma ficha completa de todo crescimento e desenvolvimento do seu filho (a).
É um histórico riquíssimo que ajuda as instruções imediatas e futuras de cada criança.

O pediatra do meu filho é o mesmo pediatra que foi do meu marido, ou seja, imagina a experiência de um médico anos trabalhando?
São mais de 30 anos trabalhando e isso é uma satisfação que nos passa total confiança.
Sou muito grata pelo trabalho do pediatra do meu filho, o Doutor Paulo Veullieme.
Na sala de espera daquele consultório já ouvi cada história cabeluda, que foi solucionada pelo “trabalho de amor e dedicação” desse homem, que nunca mediu esforços para cumprir sua missão com a vida do ser humano.
Sou mais grata ainda, por ele não ter se aposentado ainda (risos).

Nunca vi algo tão impressionante, como o trabalho do pediatra, porque a criança geralmente não sabe expressar onde dói, o que está sentindo, como iniciou aquele sintoma, se foi após uma refeição, um esforço físico, um tombo ou queda, enfim, o médico precisa ser bom.
E um bebê então?
O médico precisa detectar qual a causa do choro do bebê, mesmo quando não tem nada aparente, como febre ou falta de apetite.

Eu sei que nem todas as pessoas “encontram um bom médico” ou “tem condições de pagar” de repente uma consulta particular, porque não são todos os pediatras que aceitam convênio, mas vale a pena se sacrificar um pouco, principalmente pelos nossos filhos.

Além de um bom pediatra, que é o especialista na área da saúde, que cuida de bebês e crianças, não se esqueça do “instinto de mãe” e também das especialistas e afins, que são nossa mãe, sogra, tia, vizinha, amiga, etc.

Sempre que você mãe, tiver um filho doente, seu instinto de mãe e até a experiência que você vai adquirindo, também é um sinal que não se deve ignorar.

Ouça sempre seus instintos mamãe, e sempre que tiver dúvida, converse com outras mães, como sogra, sua própria mãe, uma amiga.
Essas pessoas já vivenciaram muitas coisas, e pode contribuir com alguma  informação, quando você estiver com dúvida.

E siga sempre o seu coração.

Não sei explicar, mas a gente sabe quando tem algo de errado com nossos filhos.

Quando a instrução de um médico está muito fria para o seu gosto e você percebe que não é só um resfriadinho ou virose, como os médicos costumam dizer, procure outro especialista, outro pediatra.
Mas nunca se conforme quando você perceber algo errado.
Veja a história da mãe Luísa Aranha, do blog Mamãe Neura, contando o caso do seu filho, na busca de um médico competente, não aceitando apenas o tal do diagnóstico “virose”: http://www.mamaeneura.com/nao-desista-filho/#more-2000

Tenho ficado preocupada quando ouço tantos relatos de mães “justificando” certos conselhos e instruções, vindas dos pediatras de seus filhos, tipo assim:

-O pediatra do meu filho mandou não colocar salnenhum” em suas refeições até 1 ano de idade.
Na seqüência a mãe fala que a criança não quer comer mais nada salgado e me pergunta se eu coloco sal na comida do meu filho.
(A minha vontade é perguntar para a pessoa se ela come comida sem sal, ou se alguma vez na vida ela comeu comida sem sal. Eu já comi comida sem sal, da minha avó paterna que tinha diabetes. Horrível, coitada da minha vó, quando lembro...)
Mas voltando ao assunto...
Eu respondi que sim, eu coloco sal na comida e ainda adoço com açúcar o suco de laranja lima, pois prefiro que meu filho tome o suco com um pouco de açúcar, do que não tome nada.

Neste caso acima, eu perguntei para a mãe se a criança tinha algum problema de saúde, ou diabetes, mas a mãe disse que sua filha não tinha nada, foi apenas orientação do pediatra para não colocar sal na comida da criança.

Ora, bolas, então porque “raios” não colocar sal na comida da criança?

A criança está iniciando seu paladar, experimentando as comidas doces, salgadas, frutas e como o médico orienta a mãe a tirar o sal da comida, se a criança não tem problema com o sal?

Bom, esse foi somente “um relato” do que eu tenho ouvido por ai e confesso que tenho ficado abismada, e de queixo caído.

“Penso” que os médicos precisam deixar suas “crenças e particularidades” de lado e orientar o “correto e usual”, desde que o mundo é mundo.

Por isso digo, siga seu coração, pois já ouvi cada coisa por ai.
Muitas das vezes seguimos conselhos ou instruções que no fundo achamos sem fundamento e fazemos por pensar que está correto, por entender que aquela pessoa tem mais conhecimento do que a gente.
Nesse caso, seja forte e faça o que você acha correto e bom para o seu filho (a).

E não deixe de buscar um “médico pediatra de confiança”, para levar seu filho (a), pelo menos em casos de extrema urgência. Porque todo cuidado é pouco, se tratando de doenças, principalmente em nossos filhos.

E se o médico tiver idéias, conselhos e instruções radicais e fora do contexto da sua educação e conhecimento, procure outro médico.
Se você tiver dúvida, sobre qualquer conselho ou instruções vindas de pediatras ou até parentes mesmo, pense na coerência e use seu instinto de mãe.

E nunca perca a fé em Deus.
Um forte abraço.
Ju.

Recomendo Pediatra Doutor Paulo Veullieme
Novo endereço:
Rua Visconde de Inhaúma 859 - sala 25.
Osvaldo Cruz - São Caetano do Sul - SP
Telefone: 4238-1803

13 outubro 2013

Se a babá fizer tudo, o que eu Fiona e o Shrek vamos fazer?


No filme Shrek 3, a princesa Fiona informa ao seu marido Shrek e a todos que estavam próximos, que estava grávida.

No decorrer do filme, as princesas de outros contos de fadas, fazem um chá de bebê para ela.
E o presente da Branca de Neve para a Fiona, foi um anão.

Um "anão babá”, com intuito de cuidar do bebê da “Fiona e do Shrek” quando nascer.
Destinado a dar banho, trocar, dar a mamadeira, fazer arrotar, colocar para dormir, enfim, realizar todos os cuidados “essenciais e básicos” que todos os bebês precisam.

Então, sem hesitar a princesa Fiona perguntou:
- Se a babá fizer tudo, o que eu (Fiona) e o Shrek vamos fazer?

E a resposta das princesas foi unânime.
Assim você terá mais tempo para cuidar de si mesma, cuidar do casamento, para não ficar exausta, cansada, blá, blá, blá...

Enfim, foram objetivas em dizer que ela iria precisar de cuidados, precisar cuidar do casamento.

Mas a pergunta é:

Como assim cuidar de si mesma?
Quem precisa de cuidados “básicos e essenciais”, não é o bebê?

E como assim cuidar do casamento?
Por acaso, quando nasce um bebê também nasce o divórcio do casal?

Acho que o mundo está precisando parar e descer, porque eu quero continuar.

Quero continuar o processo de vida seguido “anos a fio”, onde a mulher, esposa, mãe, “sempre” foi a responsável pelos primeiros cuidados do bebê.
Tirando exceções de “morte ou doença”, esses cuidados cabem a mim, mãe de primeira viagem ou não.

Espera ai dona Juliana Pelizzari Rossini, o mundo mudou e vem mudando a cada dia, e está tudo diferente agora, você ainda não percebeu?
- Então quem deve parar tudo e descer é você, Senhora “Mãe Sem Fronteiras”.

Ok.
Desculpa, quem vai descer sou eu.
Imagine o grito, na voz do Shrek: "Pare o mundo que eu quero descer”.

É verdade, está tudo bem diferente mesmo.

Mas a essência da vida não mudou.
Não se deixem levar por essa onda que gira em volta e por trás dessa maçante propaganda sobre a beleza da mulher.
A beleza vai além do corpo físico.

Lógico, cuidados com o corpo e a beleza, todos devem ter, mas o que me preocupa é a apelação das mídias, em dizer de uma forma bem sutil e cruel, que se a mulher não correr atrás dos cuidados pessoais, irá ficar para trás, o marido vai procurar outra.
(Puta covardia, para falar o português correto).
  
Mas penso Assim:

- Ao invés do marido cobrar “beleza e atenção” da esposa, logo após o nascimento do bebê, precisa ser compreensivo, amoroso e gentil, com a mãe e bebê. 
E juntos, nessa parceria, pai e mãe, devem ver as necessidades imediatas do bebê.
O pai, sem muitas cobranças, ajudar no que for possível, nessa parceira de amor e cuidados com o bebê.

E posso afirmar.
Os pais de hoje em dia, tem sido esse exemplo de amor, cuidado e paciência, tanto com o bebê quanto com a esposa.

Não serei hipócrita em dizer que não ficamos cansadas e exaustas, devido aos cuidados com o bebê, por mudar completamente nossas rotinas, horários e vida por completo...
Mas essa fase inicial é passageira e aos poucos tudo vai se ajeitando.

Essa entre linhas que fica no ar: Cuidado, se cuida mamãe, se não o teu marido vai te deixar porque você não tem cuidado de si, e só se dedicado ao bebê, precisa acabar de vez.

Quantos casais não caem nessa onda absurda imposta pela mídia e sociedade, e se separam?
Em busca de corpos perfeitos e atenção exclusiva...

Ah, quanto egoísmo...

E quantas mulheres perdem essa oportunidade de estarem com seus bebês, para cuidar do corpo?

Como se aquele ser, tão inocente que acabou de vir ao mundo, pudesse receber cuidados de qualquer pessoa, que não fosse sua própria mãe.

Na verdade, um bebê pode mesmo, receber cuidados de qualquer pessoa, porém pergunte ao recém nascido, se ele prefere ser cuidado pela babá ou avó mais amorosa e cuidadosa do mundo, ou se ele prefere que a sua mãe pare tudo para cuidar dele.
Mesmo que os cuidados sejam simples, que qualquer outra pessoa possa fazer.

Putz, esqueci....que cabeça a minha....

Bebês não falam.

Que sorte a nossa, porque se falassem o que será que iriam dizer, sobre suas escolhas de cuidados, sobre o amor da mãe que ele ou ela tanto estava desejando e sentindo, quando ainda estava no ventre.

Pense nisso mulher, jovens que ainda não são mães.

A vida de casados a dois é totalmente diferente da vida de casados com filhos.

A princesa Fiona, do filme Shrek, mesmo diante de lindas princesas dizendo que ela iria precisar cuidar de si mesma, não esmoreceu e seguiu em frente com a decisão do seu coração e assumindo sua nova responsabilidade, de cuidados com os filhos.

Claro, a Fiona faz parte de um desenho....

Não, não.
É realidade das mulheres sãs, que não abrem mão de serem felizes, ao lado dos seus filhos e marido.

Olha...essa imagem distorcida dos “verdadeiros e reais” valores da vida me preocupa.

Finalizo o texto com a foto de uma linda mulher.
Que apesar de tanta nobreza, beleza e realeza, deixaram expor seu corpo conforme a natureza da maioria das mulheres, que saem da maternidade, ou seja, com uma barriga que pouco a pouco irá voltando ao normal.
E o mais importante, saiu da maternidade com um sorriso que mal cabia em seu rosto.

Que tal valorizar o que realmente importa?
A vida.
Essa sim é bela e precisa ser cuidada.

Uma Mãe Sem Fronteiras.
Abraços,
Até a próxima.

06 outubro 2013

Se as praças estão vazias, porque não levá-las lá para dentro?


Mas levá-las para dentro de onde?
- De onde estão as crianças de 4 meses a 4 anos de idade, ué.
E onde elas estão?
- As crianças estão nas escolas, em sua grande maioria a partir dos 6 meses de idade, com algumas exceções chegam antes dos 6 meses de idade, geralmente quando a mãe precisa trabalhar e não tem um parentesco com quem deixar.

E as escolas, para se adaptarem as mudanças que vêem ocorrendo nessas últimas décadas, têm renovado seu perfil de trabalho, por exemplo:

- Abrem, a partir das 6 horas da manhã, para receberem as crianças, cujos pais trabalham tem um horário fixo de entrada e saída na empresa, que precisam cumprir. 
Não são todas as escolas que abrem esse horário, mas uma boa parte já está se adaptando à essas novas mudanças. (Um dos principais motivos da criança chegar tão cedo na escola é o caos do trânsito. Pais e filhos se sacrificam nessa jornada, porque muitas das vezes os pais trabalham em locais longe de suas residências, tendo um horário fixo para cumprir e o trânsito não está fácil).

- As escolas (algumas) estão preparadas para receber as crianças ainda de pijama, devido o horário de entrada “delas”, ser muito cedo.
Geralmente as crianças continuam dormindo e depois a professora troca a criança, colocando assim, o uniforme da escola, se usar fraldas troca também, da o leite, enfim, conforme o combinado entre escola e pais.

- Os horários de saída e fechamento da escola também mudaram para atender as necessidades dos pais. Pais que precisam trabalhar até mais tarde ou enfrentam novamente o mesmo caos no trânsito da volta para casa, precisam pegar seus filhos mais tarde do que o normal, também.

- Tem escolas (não sei dizer se todas ou algumas) que aceitam crianças mesmo tomando remédios, por não ter com quem deixar nos casos de doenças.

Eu poderia fazer uma lista das adaptações feitas pelas escolas para atender as necessidades “de pais” e desse cenário que vem mudando a cada dia.

Mas a pergunta é:

- E as necessidades das crianças de brincar?
- Elas têm brincado diariamente, por exemplo, aproveitando o sol da manhã ou do final da tarde?
- Têm brincado nos brinquedos como esses de praças e parques tipo: escorregador, balanças, gira-gira, gangorra?
- Têm brincado com areia, como de praia, para cavar, fazer montinhos, castelinhos?

Toda criança menor de 4 anos fica encantada com areia, gosta de cavar, fazer bonequinhos e bichinhos com moldes na areia, gosta de explorar e se sujar com a brincadeira. (Tem as exceções, mais a grande maioria gosta de areia).

- As crianças têm brincado e aproveitado as suas infâncias?

E voltando a pergunta do tema, porque não levá-las lá para dentro, estou querendo saber:

- Será que as escolas têm adaptado “os parques e praças” dentro delas também, para as crianças se divertirem mais, já que agora a sua carga horária lá dentro é maior?
Eu sei que esse é um assunto complicado, porque nem todas as escolas têm uma estrutura que comporta um espaço amplo, com areia e brinquedos de parques e praças, mas será que não está na hora de começar a pensar nessa adaptação também?

- Creches públicas, por ser da prefeitura e ter um terreno grande, têm exatamente esse espaço que estou falando e depois vem o outro extremo, escolas particulares de alto nível eu sei que tem esse espaço que estou comentando, de brinquedos de praças.
Não posso generalizar, mas a maioria das escolas tem os seus espaços, mas muitas das vezes restritos em brinquedos como os de "praças".

Então voltamos às perguntas:
-Será que as crianças têm aproveitado sua infância para brincar, com os brinquedos de parques e praças, ou apenas são aqueles amontoados de crianças enfiadas dentro de salas de aula, cumprindo regras, horários, etc?

- Ou você acha que porque seu filho (a) é pequeno, tipo maternal e mini maternal elas brincam mais que as outras?
Não se engane, existe “obviamente” um circuito, onde uma turma entra e a outra turma sai, e aquele tempo de brincar é cronometrado em alguns minutos e todo o resto dentro de salas, exercendo atividades diversas e elaboradas por professores e escola.
(Maternal e mini maternal são classificações de escolas para determinar e separar crianças por idade).

- Será que não estamos “injetando” precocemente nas crianças, nossas responsabilidades de adultos?

Regras, limites e horários existem e eu sou super a favor para o bem de todos e controle do universo.

Mas se as crianças menores de 4 anos têm pouca ou quase nada, noção de hora e tempo, então porque colocá-las tão cedo, na incessante corrida pela insatisfação do ser humano, pelas conquistas do sei-la o que?

E não me venha dar exemplo da disciplina e estudos de japonês, porque acredito que estamos “há anos luz” de chegar aos seus pés de ensino, educação e respeito deles.

Bom, na verdade essa guerra por começar bem cedo essa corrida de “ser o melhor em tudo”, vem bem antes da escola.
Posso fazer algumas citações, pulando outras, como:

- E ai, você namora? 
- Vai casar quando?
- E quando terá filhos, hein?
- Seu filho mama no peito ou você foi uma mãe cruel e deu leite em pó para ele?
- E ai mamãe, seu filho vai mamar no peito até o dia do casamento dele?
- Nossa, seu filho já tem 1 ao e 5 meses, super velho, e ainda usa fraldas? Não acredito (risos/gargalhadas)?

Cômico, mas real, você sabia?

Eu respeito todas as mulheres, mães e seus motivos reais em colocar seus filhos nas escolas bem cedo, muitas das vezes com 2 até 3 meses de idade.
Entendo que talvez o ensino e as escolas estejam na hora de uma boa reformulação de um modo geral.

Mas confesso. (Vai se acostumando com o meu: eu confesso). Risos
Que quando eu entro em salas de aula, com crianças tão pequenas, inocentes, mesmo que interagindo umas com as outras, brincando, me dá um aperto no coração.

E já que é essa a realidade atual, esse é o cenário que temos para hoje, então porque não investir no espaço do brincar também?

Fiquem calmos pais, seus filhos vão ser bilíngues, modelos, atletas, presidentes de multinacionais, enfim, mas que tal na hora certa?

A gente estuda tanto, para se dizer a verdade, a vida inteira.
Então porque não preservar esse tempo raro e precioso do brincar?

Pensem nisso escolas e pais, e vamos juntos construir um futuro de crianças felizes.
Talvez eu esteja sonhando alto demais, mas o que é o ser humano se não sonhar?

Até a próxima.

Mas antes, vejam algumas fotos do meu filho se divertindo e brincando no parque durante a semana, mesmo sem crianças.
(Ele sempre me pergunta cadê as crianças? E eu respondo: Estão na escola. Logo você também terá que ir para a escola. Ai ele responde que tudo bem, então.)
Em breve, compartilharei a minha experiência de ter colocado meu filho na escola e depois ter tirado.


Mãe Sem Fronteiras.